sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Liberdade


Liberdade

 
      Para falar em liberdade, antes, temos que pensar   na obediência, que não significa prisão, mas sabedoria para seguir princípios; os primeiros recebidos dos pais, que norteiam suas vidas por princípios e a vida dos filhos. Depois, a liberdade de pensar e agir por conta própria, sem que deixemos de obedecer a quem, e ao que importa. Leis universais nos são impostas, e regras de conduta, indispensáveis ao bom convívio com os outros, sejam semelhantes, ou diferentes de nós. Daí vem o respeito, que não significa que se deva aderir a tudo e a todos. Ao primeiro chamado lá se vai, achando que se deve fazer algo, ou participar do que não nos diz muito respeito, apenas para não ficar de fora. No entanto, parar para conferir  as coisas, analisar as pessoas, se é bom para mim, ou não, se me convém.
     A clássica doutrina utilitarista defende a liberdade e felicidade, tendo como princípio que uma pessoa só deve explicações à sociedade pelos atos que afetem os demais. Acontece que são quase, senão, todos. Qualquer coisa que se faça estamos interferindo no outro, próximo e até distante, hoje mais que nunca, com a comunicação existente entre as pessoas, as relações cada vez mais próximas, principalmente, devido os modernos veículos de comunicação e a internet. O utilitarista John Stuart Mill prega em seus princípios éticos a liberdade e felicidade tendo como base a moral, na qual se enquadra, inclusive, a liberdade religiosa.  A utilidade, “baseada no interesse permanente do homem como um ser em evolução”.
     Destaco alguns pontos do estudo feito por Michael J. Sandel  no livro “Justiça - O que é fazer a coisa certa”, ao analisar a filosofia de Stuart Mill:
       Que  o respeito à liberdade levariam à felicidade a longo prazo, baseada na moral para o direito dos indivíduos, direitos que não devem ser reféns das contingências.
      A liberdade individual é menos importante pelo prazer que ela proporciona, e mais por aquilo que reflete, ou seja, o caráter e desenvolvimento humano. Os prazeres classificados em mais elevados e duradouros, ou virtudes, que promovem a vida, e os prazeres banais que  não significam felicidade, mesmo sendo intensos.
          O peso que tem as preferências segundo o cálculo  primitivo de prazer e dor para se medir a felicidade. Prazeres que são incapazes de refletir a felicidade, inclusive, prazeres perversos que devem ser evitados em  respeito à vida, à própria felicidade.
        Considerar a liberdade de escolher entre um prazer  e outro, tendo em vista o seu valor qualitativo. A faculdade racional de discernimento é que nos torna verdadeiramente humanos
        O ideal de liberdade e felicidade a atingir é da dignidade humana, o que tem a personalidade realmente independente. O senso de dignidade que livra das tentações, dos prazeres  ocasionais, da ilusão de felicidade.