quinta-feira, 30 de maio de 2013

                 

                                    E S S A S    N O V E L A S!





                As novelas da rede Globo sempre causam grandes expectativas, e duas dela acabam de entrar no ar: “Sangue Bom” e “Amor à Vida”. As anteriores decepcionaram os telespectadores, sempre à espera de grandes histórias que despertem fortes emoções, e ocorre sistematicamente a cada oito meses, ou menos. Sempre há a tentativa de superar o sucesso anterior, ou o fracasso. Excelente tecnologia, boa direção e interpretação merecem histórias à altura, o que nem sempre acontece. Mas é assim mesmo, não há o que lastimar, só relaxar e gozar como disse uma ministra tempos atrás. Conselho que tem pertinência nesse caso, que não é de falência do sistema, só dificuldade que às vezes acontece em prender o telespectador na cadeira da sala. De minha parte, gostei da reprise de “Guerra dos Sexos”, enquanto “Salve Jorge” ficou bem aquém das promessas iniciais, com tantas personagens que pediam melhor atenção, assim como os protagonistas, time de primeira.
     Página virada, e lá vamos nós com toda boa vontade acompanhar a história de Walcyr Carrasco, que estreia no horário das nove, e coloca um gay como vilão, o que é de se estranhar, seria politicamente incorreto. Parece que ele vai ser páreo duro para Carminha da “Avenida Brasil”, novela de sucesso, sua vilã difícil de ser superada, na excelente interpretação de Adriana Esteves. Como contraponto ao gay do mal entra na nova trama um bem comportado casal gay. Acontece no país e no mundo a polêmica sobre o casamento civil de pessoas do mesmo sexo, e nada mais oportuno que mostrar na tela essa questão, típica da nossa condição humana. Além do mais, o personagem Clô, interpretado por Marcelo Cerrado, foi um grande sucesso gay, e isso é que mais importa para a emissora que tem de faturar com os comerciais. Mateus Solano está encarnando o malvado Felix que vai ficar cada vez pior, o que o autor promete, e o público torce. Haja coração.

        

         A novela das sete tem uma história mais leve com personagens jovens em seus encontros e desencontros amorosos, típicos da idade. Sem faltar a vilã, interpretada pela ótima Júlia Gam, que adota crianças para se exibir. Inclusive, vive dizendo para o menino adotado que ele é negro, senão vai ser gay, para provar que a mãe adotiva deles não tem preconceito. Atitude  que não está fora da nossa louca realidade. Tem o orfanato de onde vieram as crianças adotadas, onde convivem outras crianças num ambiente de atenção e carinho. Aprendemos no serviço social que as crianças que vivem em orfanatos podem ser felizes, sim, e as pessoa que cuidam delas geralmente fazem bem o papel de pai e mãe. Ponto para o autor da novela. Só que o amor entre eles na fase adulta é meio problemático, mas as novelas conseguem que as coisas deixem de ter problemas, como por milagre. Agora é só esperar para ver qual o rumo que vão tomar essas duas novelas, que desejamos sucesso para o deleite dos noveleiros.  


                COMPARTILHANDO COM "OFICINA DA ALMA"


quarta-feira, 29 de maio de 2013

terça-feira, 28 de maio de 2013

                       

                                                  SUPER  JOAQUIM

       
             


            Dá status aparecer como bonzinho na internet, jogar para o público, quando não ir para as ruas, os ditos engajados, libertários, que fazem do orgulho gay produto de consumo, como outro qualquer, espécie de mercado popular. Formam-se ondas, quase um arrastão de internautas justiceiros, que chegam a irritar a paciência, no mínimo. No momento ser do bem é defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo, espetáculo para alguns.                         
          Há algum tempo que as uniões homo afetivas foram legitimados por lei, que permite o registro dessas relações. De repente transformadas em casamento, para terem todos os direitos, graças ao gesto de arroubo popularesco de Joaquim Barbosa, presidente do Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça. O CNJ não teria esse poder, mas os cartórios foram intimados na marra a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o que se deve em parte à coluna do seu presidente, que deu seu grito de dor, ao mesmo tempo em que lançou a sociedade num beco sem saídas. A cada pontada uma bordoada. E não tem como contestar o super-herói que todos aplaudem nas ruas, principalmente os contestadores. Grito por grito, pedra por pedra, é ver quem joga mais pesado, e o eminente ministro cumpre bem esse papel, a ponto de dizer que os partidos são de “mentirinha". Um erro da autoridade máxima do poder judiciário, pois daí se pode deduzir que todos os três poderes são de mentirinha, quando a justiça também não faz direito o seu papel.   
                             Concordamos com o que disse na revista “Época” o jornalista Guilherme Fiúza: “Ser gay não é orgulho, nem vergonha, não é ideologia, nem espetáculo, não é chique nem brega. Não é moda. É apenas humano.” De acordo também que a luta contra o preconceito precisa ser tirada das mãos dos “mercadores da bondade”. O que eles fazem, sim, é semear intolerância. Joaquim Barbosa para o jornalista é o bonzinho que sofre de mal humor e, pior, de autoritarismo. 
                Na mesma edição da revista, Ruth de Aquino fala do tornado que é presidente Joaquim Barbosa, mas no bom sentido. Seus redemoinhos serviriam para demolir as mentira e levar para longe os maus políticos, que sobem aos palanques, ou vão para frente das câmeras, tentar arrancar seus mandatos com slogans pífios, discursos carentes de ideias e de programas. Para a articulista, merece aplauso a atuação do presidente do STF e do CNJ no combate contra os políticos e sua conapiraçãoes. 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

sexta-feira, 24 de maio de 2013

                   O MUNDO COM MAIS FÉ


Com a eleição do papa Francisco o que mais se falou foi em reformas na Igreja católica. Bento XVI havia renunciado e com isso aberto uma brecha para as mudanças, a começar na cúpula do Vaticano, que estaria promovendo orgias dentro dos muros da sede da Igreja. Parecia fatos da Idade Média, no tempo dos Médicis. Não, o papa que saía era da mais alta credibilidade, um teólogo respeitável, um homem santo, mas cansado e doente. O que entrava, mesmo idoso, tinha o perfil franciscano, tendo convivido com a pobreza na Argentina, sua terra natal, uma pessoa risonha e firme em suas convicções, do contrário não seria eleito. Vinha do outro lado do mundo, mas em espírito estava bem perto de Roma, da tradição da Igreja romana. Austero e devoto de Maria, a Mãe divina, como ver nele um radical? Penso em Francisco, como exemplo de austeridade e devoção religiosa.


“Não esperem muito do papa Francisco”, declarou a britânica Karen Armstrong, de 68 anos. Seu histórico é de pessoa que se tornou freira em 1962, abandonou o hábito após sete anos de convento por ter perdido a fé, tornou-se desde então historiadora das religiões, com o que voltou a crer em Deus. Acaba de participar de debates na Fronteira do Pensamento, em Porto Alegre e S. Paulo. Época entrevistou-a, quando então falou dos seus livros"12 Passos para a Compaixão" e "Em Defesa de Deus", entre outros. Foi interrogada sobre os assuntos polêmicos como aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, intolerância religiosa, maior participação das mulheres na Igreja, assuntos que requerem uma reforma radical na Igreja. Mas para Karen Armstrong essas coisas são o reflexo da civilização egoísta, materialista, consumista em que vivemos, no que concordo plenamente. Mas com a ressalva que tudo isso pode ser controlado com a educação, a cultura, e através da fé.
“Como encontrar Deus nos dias de hoje?” pergunta o repórter a Karen. Ela  afirma que Deus está em toda parte, é um símbolo da transcendência, da necessidade humana de alcançar o inexplicável. Para a historiadora, alcançar Deus requer pois disciplina e desprendimento, justamente, o que faz a religião e a arte, atividades parecidas, incompatíveis com a era tecnológica. O consumismo seria o grande vilão da história que forma pessoas com os irmãos Tsernaev, criados nos EUA, responsáveis pelo atentado em Boston. Não foi pelo islamismo que cometeram os crimes, mas por serem pessoas mal formadas, mal informadas. É como costumo dizer, são pessoas atiçadas, ora pelo consumismo desenfreado, ora pelo seu contrário.  E seria o caso de não se pregar o ascetismo, mas fazer com que se tenha mais responsabilidade em consumir, até mesmo a fé em Deus, ou Alá. Sim, as pessoas consomem a religião em vez de praticá-la em seu dia a dia, através de atos de amor e compaixão.  Concordo que a dissidência entre Oriente e Ocidente está justamente nisso, não na religião, que serve apenas como pano de fundo para o conflito.
Reformar a Igreja de modo radical como quer a historiadora seria tão benéfico para a fé católica? No concílio Vaticano II foi abolido o latim, o que não foi uma medida muito sensata, o tal radicalismo, que pode destruir, empobrecer a fé, em vez de melhorá-la. De minha parte acho que os padres deviam casar. Mas a Igreja é por natureza conservadora, e tem lá suas razões. Não se deve culpar a tecnologia dos desequilíbrio do mundo que se tornou materialista. Mas sem a ciência e a técnica não se poderia manter tanta gente com saúde e conforto no mundo. E os conceitos que foram estipulados ao longo dos tempos não podem ser desprezado de uma hora para outra. O consolo é sentir que o papa Francisco está mais perto dos fiéis, tem fé em Maria, que nos conduz ao Filho bem-amado do Pai. O catolicismo se enriquece espiritualmente através da fé em Maria, diferencial diante de outras crenças.                


quinta-feira, 23 de maio de 2013


                           ORGULHO DA CULTURA OCIDENTAL

              




         Temos que manifestar orgulho por nossa cultura. Saber de onde viemos, conhecer o que nos trouxe até aqui, e nos fez ser o que somos. Há um momento em que foi definido como início da Era moderna. Após o contato com outras culturas e a troca de ideias e mercadorias, o mundo feudal, tipicamente ocidental, se transformou, surgindo uma cultura nada igual às existentes, mesmo que se tenha absorvido experiência, ensinamentos anteriores. Avançamos em direção a uma nova civilização, a ocidental, que se define como da ciência e tecnologia. Mas não ficamos só aí, avançamos em tudo, nos modificamos, ampliamos nossa maneira de ser e ver o mundo, criamos conceitos novos, costumes próprios, reformamos a fé, para trilhar um novo caminho, adaptado à nova realidade. O Ocidente universalista, humanista, cristão, nosso grande trunfo no passado e em direção ao futuro. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013


                GESTOS MÍNIMOS QUE SÃO O MÁXIMO 
       
      


“Um gesto de honradez pode valer muito e nos enche de otimismo”, palavras de Lya Luft em sua página quinzenal da revista Veja desta semana. A escritora cita no seu texto “Exercício de otimismo” o exemplo de alguém que veio correndo lhe entregar a carteira que acabara de perder. Concordo que atitude como essa, de respeito e honestidade, nos faz ainda acreditar no mundo em que vivemos de graves carências e muita coisa a preocupar. O mais comum é se ficar sem a carteira num assalto, quando não a vida. É só ligar a televisão para sentir os descaminhos a que chegamos. Mas nem tudo está perdido, sempre ­­há uma nesga de esperança por onde olhar a vida.
      Há pouco tive uma experiência  idêntica com o respeito e honestidade de outrem. Tinha escapado de um acidente por estar com o cinto de segurança, do contrário, eu seria lançada para fora do carro, quando aporta se abriu numa curva, e poderia ter sido atingida por outro carro, hora do rush. Meu marido parou logo adiante e saltei aliviada por estar salva, mas cadê a bolsa com meus documentos, que voou longe? Com que rapidez alguém a levara, e com más intenções.  Estávamos atônitos na calçada, quando uma moto se aproxima, dá uma meia volta e seu motoboy nos devolve o precioso objeto.  Partiu rápido como tinha chegado, nem deu tempo de lhe dar a cédula de cinquenta reais que estava ali dentro. .
        Tantos beijinhos, passarinhos, orações, boas e belas intenções, tudo postado nas redes sociais, que dão certo alento à alma, é só acreditar. Serve para nos alertar que mais temos a amar, que odiar. “O coração é para amar” já dizia padre Nivaldo Monte, célebre em Natal, no Rio Grande do Norte, nos anos sessenta. Era o título de um dos seus livros. Parece piegas, mas educava os sentimentos da moçada na época, como acontece hoje com o padre.Marcelo Rossi.  Temos ainda os amigos da internet, o Papa Francisco e muito mais. Aleluia, aleluia!     

segunda-feira, 20 de maio de 2013


                O PRAZER DE VIVER




Diante das vitrines do shopping pessoas com os olhos grudados nos produtos expostos, ao mesmo tempo que falam ao celular, sempre dispostas a consumir, a se comunicar. Os consumidores em doces e suaves emoções, quase no nirvana, a apreciarem a beleza, vendo com simpatia a feiura, em locais artificialmente iluminados, embalados ao som de uma   tecnologia cada vez mais sofisticada, o que é uma benesse. Observa-se uma santa indiferença em cada um que visita  o chamado templo de consumo,  que tentam viver da melhor maneira possível e, se possível, serem felizes. Uma filosofia de vida que mescla epicurismo, estoicismo e também, ceticismo. Se o prazer como dizem os sábios da antiguidade grega é ausência de perturbações da alma, nada melhor que passar uma tarde zanzando pelo shopping.
O homem moderno que conta ainda com a televisão, o computador e o cinema, meios de comunicação, onde gasta preciosas horas, também na leitura de best-sellers, de revistas de fofocas, isso com a inocência de crianças mimadas, mas sempre insatisfeitos em suas buscas incessantes, até mesmo insensatas, como estourar o cartão de crédito. Sem a paixão e respectiva compaixão, que daria nobreza ao homem, valendo mais a pena deixar as coisas acontecerem, a vida fluir. Todos artificialmente ligados, ou desligados de tudo, como nos encontramos, nos encantamos, mas também nos desencantamos e desencontramos.
 Uns que esbanjam nas lojas, outros que esbravejam sem parar pelas redes de relacionamento. E há os que se anulam. Sempre o o sonho humano de se viver melhor e mais confortável, o que se exige do mundo em que vivemos da ciência e tecnologia crescente. Pior é cair nas garras da irracionalidade que pululam por aí como fantasmas, a destruir o pouco de felicidade que se possa ter, até matar prematuramente.  As pessoas atiçadas pela medo e pela dúvida, pois a vida na insegurança leva as pessoas, como as classes sociais, a se digladiarem.
Os ruídos que se escuta deixam de ter conceito, mas vozes de adultos alegres, de jovens sem preconceitos absurdos. Se a sociedade é injusta, as individualidades tornam-se negativamente temerosas, em vez de positivamente atuantes e criativas. Aconteceu no passado e que não se repita na atualidade, os fanatismos delirantes, conquanto falte o principal que é o sentimento de fraternidade que a razão endossa.  O prazer que não se torne fim último, nem a vida se afogue na contingência, sem saída, quando se perderia a capacidade de ser feliz. O que levaria ao fracasso pessoal,  coletivo, por conta da miséria, mas também em meio da riqueza.



                    A MÁXIMA COMPETÊNCIA

      
         Viver é simples, mas exige competência e coragem para agir, o que não é pouca coisa. Não é para qualquer um na juventude sair de casa, abraçar pai e mãe e partir para realizar um sonho. Aquela despedida sofrida, amarga, pois não é fácil deixar o aconchego da família para enfrentar desafios com determinação, disposto a não desistir. Os que fazem isso têm mérito individual, que muito se deve valorizar, principalmente quando resulta em orgulho pelo que foi realizado.
Há os hesitantes, que não dão um passo sem a aprovação desse e daquele, com medo de se darem mal. Ter coragem não é ser desabrido, afoito, e sim ter vontade, principalmente, de viver e vencer, o que não significa acertar na loteria, mas no alvo, que é o amor pela vida e ter uma meta a seguir, sempre. 
        O que move as pessoas em direção ao sucesso? Diferente para cada um. Vencer seria alcançar o topo da carreira, como ultrapassar a barreira do som? Em primeiro lugar pensar em ser gente de verdade.  Estar bem consigo mesmo, o que significa o máximo da competência.    

domingo, 19 de maio de 2013


                         SOBREVIVÊNCIA NA SELVA

         




          Diminui a cada dia a alegria e prazer de viver nesse nosso mundo, tanto que nos sentimos estressados. De onde vem esse desânimo, esse estresse? Principalmente da violência que faz vítimas como se estivéssemos na selva, as pessoas agindo e reagindo aos perigos de ataques das feras. E podemos estar mesmo numa selva, igual aos ancestrais, que   sobreviveram mais pelo instinto que pela razão. Em nós o instinto de preservação atiçado, a racionalidade quase nula. A história humana é de luta pela sobrevivência, para salvar a própria vida e assim preservar a espécie, contando muitas vezes com a sorte.
       Somos como qualquer outro animal, mas bem diferentes, pois, se a natureza nos dotou do instinto, também nos fez possuir a razão. Às alternativas de lutar ou fugir, própria dos animais e mesmo dos nossos ancestrais, foi acrescida a de agir com lógica, refletir sobre tais e quais situações em busca da melhor solução. A nossa psicologia equipada para viver no mundo moderno. Mas até que ponto as coisas vão além das nossas forças? Vence o mais forte — é a lei da natureza, sob a qual viveram os  seres humanos mais primitivos. A mesma lei que rege o mundo, na atualidade, que parece mesmo é não ter lei.
        Agimos, ou reagimos como seres não civilizados, resquícios que carregamos conosco. Se não somos mais selvagens, e sim educados, instruídos, espiritualizados, com o que domamos nossos instintos, significa que devíamos ter uma vida menos estressante que nossos ancestrais, que não tinham esses recursos. Reunidos em comunidades, em cidades, onde a cooperação das pessoas possibilita uma vida mais confortável, mais segura. Mas não é o que acontece, continuamos estressados.
          Onde estamos parece que a selva está junto. Que pior selva que a do trânsito? Um instrumento maravilhoso que é o carro, para dar o maior prazer, e se tornou arma mortífera no trânsito caótico das grandes cidades. Sem ter como fugir, parece que soçobramos. O olhar de fera dos carros, verdadeiros tanques de guerra, dos caminhões, dos ônibus, como dinossauros, que temos de conviver quando saímos de casa. Verdadeiras feras, só que domadas, ou mesmo simplesmente feras quando há um selvagem dirigindo. E acontece as batidas com morte, os atropelamentos, além de outros imprevistos como os assaltos. Estamos ainda na selva, outra selva, mas selva. Ruas e estradas esburacadas e mal sinalizadas, praças abandonadas, que coisa mais selvagem! E a tudo sobrevivemos, mas nos esgotamos a cada dia, perdendo muito do prazer e da afeição pela vida. Não há coisa mais triste! 
     
      

sábado, 18 de maio de 2013


          
O EQUILÍBRIO NESSE DELICADO JOGO DA VIDA

       




       A artista Angelina Jolie acaba de extrair os seios por conta de um exame que constatou presença de alto risco de câncer na sua genética. Ela agiu corretamente, ou foi exagero de sua parte? A doença que sabemos da existência há muito tempo, mata cada ano milhares de pessoas na face da terra, e está mais perto de nós do que se imaginava, segundo pesquisas recentes. Estudos, remédios não faltam para o câncer, cuja semente está no nosso organismo, todos os órgãos sujeitos ao ataque maligno. Constatou-se sua irreversibilidade, praticamente nascemos com ele, nossa genética possuidora de células de genes normais, e imiscuída entre elas as cancerosas, chamadas oncogenes, que podem ser despertadas do seu sono, que não é eterno, presente na nossa herança genética.  
   As mutações das moléculas que deram origem à vida, desenvolveram o nosso organismo, são também causadoras do câncer.  As células do corpo não param de se reproduzir, o que pode de repente despertar um proto-oncogene. Sendo assim jamais nos livraremos do câncer que não é um vírus que se pegue, com o vírus da gripe, da varíola, essa já extinta, contra a qual há vacinas preventivas. Existe a prevenção contra o câncer, até seu tratamento, que consiste, em primeiro lugar, no modo de viver, de cada um se comportar.
   Pesquisadores descobriram que genes normais podem se transformar em oncogenes, por conta de um organismo doentio causado por vários fatores. No caso para combater o câncer se faz necessário reequilibrar o ambiente, por exemplo, dormindo as oito horas necessárias, praticando atividades físicas, tendo uma boa alimentação rica em vegetais e frutas, obedecendo horários para tudo. A herança genética não é tão culpada assim, só 5 a 10%, enquanto há perigos maiores com o fumo, o consumo de álcool e exposição ao sol. Pesticidas inseticidas, alguns cosméticos e produtos de limpeza são um perigo para a saúde. Todo o cuidado para evitar inflamações daí o uso das vacinas e da aspirina, aconselha os especialistas como David Angus na reportagem  da revista Super Interessante de maio desse ano, de onde obtive os dados para este texto de esclarecimento sobe o câncer.

quinta-feira, 16 de maio de 2013


                Compartilhando com BCU Maranhão




          Fiquem todos sabendo o quanto hoje em dia é importante armazenar o sangue extraídas do cordão umbilical do recém-nascido, rico em células - tronco, que poderá ser utilizada no futuro. Na capital maranhense já se faz a coleta do sague necessário para o armazenamento em São Paulo. As chamadas células-tronco são como matrizes do corpo e podem regenerar qualquer órgão. Seria a cura da diabetes, por exemplo, que maravilha! O caminho ainda é longo, mas já foram alcançados resultados que merecem aplausos. Afinal trata-se da saúde e qualidade de vida.
        Os extraordinários avanços da ciência fez com que Hannah Warren, de 2 anos, recebesse uma nova traqueia a partir da célula-tronco obtida da medula óssea do quadril da menina. Ela nasceu na Coreia do Sul sem o órgão, o que a fazia prisioneira do hospital, sendo submetida ao tratamento experimental no Hospital de Illinois nos EUA. Para formar o novo órgão foi utilizado um tubo de plástico especial banhado de células-tronco.  Anteriormente feito em adultos quando foram utilizadas traqueias de cadáveres. Pela primeira vez a operação foi numa criança e com suporte artificial. A notícia foi dada pela Associated Press no dia 30 de abril.
        Da placenta ao fígado - outro sucesso das células-tronco adultas, transformadas em células do fígado para sua regeneração, trabalho que foi realizado no Hospital 12 de Outubro de Madri. As células cultivadas in vitro em meio a proteínas formaram uma estrutura parecida com a do fígado, de apenas meio centímetro de espessura, que produz, inclusive, albumina como um fígado funcional. Já foi demonstrado pela mesma equipe, que as células mesenquimais da placenta (que dão origem a diversos tipos de tecidos) podem retardar o crescimento de um tumor e o surgimento de metástases, e vão poder ajudar no tratamento de outras doenças, conforme a revista Cancer Gene Therapy.


         O MAIOR DESAFIO - VIVER SEM ESTRESSE

      
       Como vencer o cansaço, nos livrar das preocupações, superar as perda, as frustrações, até o medo? Em suma, como viver sem estresse? A tensão que a vida nos impõe, a pressão que temos de administrar para que não se transforme em sofrimento contínuo, em dor física e psicológica, comprometendo a qualidade de vida e até causar graves doenças. Cobranças sempre vão existir, até de nós mesmos, que queremos fazer mais e melhor. Mas não é bom deixar que nos acossem, que nos inflijam sacrifícios além da conta, que nos cobrem além do que podemos fazer, achando que temos que ser os melhores, o cinismo com que a ignorância age para minar a inteligência. A humildade vai ajudar que os outros entendam nossas limitações.
      


      
      Não temos obrigação de provar nada, a não ser a nossa condição humana, que deve ser respeitada, seja por quem for. Estimular é bem diferente de atiçar, e há pessoas de más intenções  que desprezam a inteligência, mestres em destruir vontades, fazer soçobrar os ânimos. Para o psicanalista e jornalista científico, Ulrich Kranft, cuidado com a lenda que com esforço e perseverança tudo se alcança. A gente chega onde quer, ou onde querem os outros? O que pode deflagrar a chamada síndrome de burnout, enfermidade assim nomeada devido a expressão em inglês to burn out (queimar por dentro, consumir-se). Quem a diagnosticou e nomeou no início dos anos 70 foi o psicanalista nova-iorquino Herbert J. Freudenberger. Ele constatou em si mesmo e em seus colegas um estado doentio de cansaço  e  frustração, acontecendo uma estranha mutação: pessoa interessadas, atentas, que se transformaram em cínicas, insensíveis, até chegarem ao estados de depressão aguda.  Em outras palavras, trata-se da síndrome do esgotamento, que atua negativamente em todos os órgãos. Não adianta o recolhimento nem buscar paliativos com atividades e mais atividades que acabam por frustrar cada vez mais o paciente. Pense no bem que você pode fazer por si mesmo, sendo apenas você, pois a insatisfação consigo mesmo é o que há de pior para o psiquismo, o que nos diz o bom senso e a ciência confirma.
        Um conselho carinhoso de uma mãe para sua filha no Facebook: “Contemple a beleza da natureza, sinta o perfume das flores e o carinho que eu tenho por você.” Pode ser o começo da cura de quem está em estado de depressão, até mesmo a cura total: sentir-se amado por alguém em especial, e não cobrado, com o que reaprendemos a amar. E a importância que temos de dar a nossa saúde, ao bem estar psíquico, mais do que ao sucesso profissional, ou social, é o que recomendo a vocês, minhas netas Larissa e Verônyca, que no dia das mães se queixavam das cobranças e de tudo o mais, notando-se que estavam acometidas, pelo menos uma delas, da síndrome de esgotamento, e não é de hoje. Tomem cuidado!
       Tenho diante de mim a imagem de Nossa Senhora, seu rosto doce e sereno. Ter um rosto assim como vemos na imagem, não é de todo impossível. Divino e humano ao mesmo tempo, é o rosto de uma Mãe, que nos serve de exemplo, por estar em paz consigo mesmo, pelo compromisso com o bem, com o seu Deus. O que lhe preencheu a vida e certamente lhe deu o semblante que admiramos em suas reveladoras imagens. Eis a oração no reverso da impressão com a face divina, para consagração a N. Senhora:
           “Ó minha Mãe, eu me ofereço todo (a) Vós. E em prova da minha devoção para convosco eu vos consagro neste dia (nesta noite) meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração, todo o meu ser.  E porque assim sou vosso (a), ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como propriedade vossa. Amém.”     

sexta-feira, 10 de maio de 2013


                                        



O amor à Mãe divina se perpetua e se renova a cada dia nos corações, principalmente, das mães. Nos primeiros séculos os Padres da Igreja viram em Maria como uma nova Eva, assim como Cristo um novo Adão. Em vez do fruto proibido, o fruto abençoado, gerado por obra e graça do Espírito Santo. Consta da Bíblia a maternidade divina de uma descendente da casa de David, a mãe do Messias. Segundo os Evangelhos a escolhida foi Maria, humilde diante da vontade de Deus: Faça-se em mim segundo a Tua vontade.” Em seguida Maria recebe a saudação de Isabel ao ver sua prima grávida: Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre. Palavras que formam a “Ave Maria”, oração que os católicos adotam no culto a Maria, que se difunde por todo o mundo cristão. Maria a intercessora no processo de redenção da humanidade, a mãe Redentora.
Com Cristo e sua mãe Maria, inicia-se um novo tempo para a fé.  
O culto à Maria é especial, uma ritualística que santifica a vida, a família, em especial. Fé que representa uma modalidade universal de ver o sagrado na vida humana, seu destino ligado a valores que possibilitam uma vida espiritual mais rica, mais completa. A fé na maternidade divina triunfou após a proclamação dessa verdade no concílio de Éfeso (431). As prerrogativas divinas que a fé cristã reconhece em Maria, filha de Ana (da tradição mesopotâmica, Inana?), celebrada, antes mesmo da definição do dogma da Imaculada Conceição. No Oriente o culto acontece desde o sétimo século. No Ocidente, desde o nono. Só proclamado dogma de fé pelo papa Pio IX na bula Ineffabilis Deus, em 8 de Dezembro de 1854.  


terça-feira, 7 de maio de 2013


Compartilhando dicas BCU Maranhão
Banco de Célula Umbilical 

 


O gengibre um ótimo aliado na melhoria do sistema digestivo, respiratório e circular. Age nos resultados de emagrecimento, sendo necessário aliá-lo à dieta regrada e exercício físicos. O ideal é que se coma uma fatia média ou uma colher de café da forma em pó diariamente.





Segundo um estudo publicado no Daily Mail pessoas com alta ingestão de potássio, presente na banana, tem 24% menos riscos de sofrer acidente vascular cerebral, o AVC. A banana quando está verde possui um amido que proporciona sensação de saciedade. Experimente receitas com banana verde.






Um estudo recente sobre a pipoca mostrou que possuir mais antioxidante que uma porção de fruta ou verdura. Mas deve ser preparada numa panela com um fiozinho de óleo. É mais saudável. 
  





O coco em suas diferentes formas é um ótimo aliado na perda de peso. A saborosa água de coco é diurética, mas não deve substituir a água potável pura.





                                      

                                  A VIDA MERECE BRINDE!

      








        Alguém pode achar que a vida não é bela diante das coisa ruins que acontecem. O ser humano, no entanto, está capacitado física e espiritual para viver com certa tranquilidade. Há pessoas que nasceram com a vocação para a felicidade, e podemos encontrar desses encantados e encantadores eleitos dos deuses. Outras, ao contrário, só pensam em desgraça, a se queixarem de tudo e de todos, vivendo um inferno aqui mesmo na terra. Verdade seja dita, não é tão fácil viver, superar os obstáculos para alcançar bem estar e ser feliz. Certo que a felicidade é mais uma ilusão que outra coisa. Ajuda não pensar muito nela. Melhor seguir sem se preocupar se a felicidade vai ou não bater à porta. E se ela estiver dentro de nós? É provável que esteja naquele horizonte que se descortina à frente, e temos de chegar lá com fé e determinação. Catando pedras pelo caminho, colher flores, para erguer nosso castelo e enchê-lo de beleza, que será mais seguro de pedras, que de areia. E mais encantador.  Se não somos obrigado a deixar o mundo melhor do que encontramos, pelo menos não devíamos fazê-lo pior com nossa passagem inútil, egoísta, tentando uma felicidade imbecil. A vida é surpreendente, dependemos do que existe para sobreviver, e de rígidas leis, em especial as do amor, que visa a perpetuação, e não apenas o bel prazer da espécie humana.

segunda-feira, 6 de maio de 2013


               UMA NOVA RAINHA PARA A HOLANDA: MÁXIMA





A monarquia constitucional holandesa acaba de coroar o rei Willem-Alexander dos Países Baixos, o que acontece tradicionalmente na Nieuwe Kerk, em Amsterdam. Sua consorte nasceu longe da monarquia, do outro lado do mundo, na Argentina, sob regime nada democrático e com parentes envolvidos nas ditaduras de seu país, o que foi relegado. Máxima é economista, exercia um cargo importante quando conquistou o coração do príncipe que, além da inteligência e personalidade, foi seduzido por sua figura feminina de rara beleza. Não resta dúvida que ele tinha ambição quanto ao casamento, levar para sua pátria uma mulher à altura daquelas que o precederam no trono por mais de cem anos, as rainhas Guilhermina, Juliana, e sua mãe, Beatrix, que abdicou em favor do filho. A rainha mãe mereceu elogios pelo  reinado e posição que assumiu ao sair do palco em tempo de poder assistir a coroação do filho e ver sua eleita ser aclamada com entusiasmo pelos súditos, orgulhosos do casal real. O novo rei tem por herança a coroa, mas a vocação de reinar parece ser de Máxima, acreditam seus ardorosos fãs, que aplaudem essa figura feminina capacitada para ajudar o rei na função de reinar.
A Holanda é um país radicalmente liberal, democrática, que mantém a realeza, justamente para equilibrar tradição e progresso. Lembramos a figura do famoso artista flamengo, Vermeer, extraordinário gênio do Século de Ouro da pintura holandesa. Refiro-me ao quadro “A Mulher da Balança”, bela e serena figura feminina, que parece ter saído da tela para a vida real.  O azul das vestes da rainha Máxima na coroação, certamente teria agradado Vermeer, os vários tons de azul sempre presente em suas pinturas. O rei Willem-Alexander parecia pouca à vontade com o tradicional manto da coroação, enquanto a rainha confiante e confortável deslumbrava o mundo. Nada foi por acaso o casamento, nem o cenário armado para a peça de propaganda do reino holandês, papel que Máxima mostrou saber representar muito bem, o que importa para a monarquia. A imagem que a família real holandesa exibe para o resto do mundo é de uma nação que chega ao século XXI esbanjando riqueza e segurança.
Vermeer, em suas pinturas do barroco alegórico, armou cenários para propaganda da excepcional Republica protestante holandesa, onde  exibe mulheres para os novos tempos, e fossem aquilatados os reais valores por elas representados. Deu destaque ao empreendedorismo comercial, e ao potencial feminino, tanto das princesas e damas da nobreza e burguesia, quanto das mulheres do povo, todas dedicadas aos seus ofícios, no sentido de progresso individual e social . O futuro veio confirmar a profecia do mestre da pintura, quanto ao poder feminino na Holanda, cuja monarquia, menos excepcional e mais universal, foi instaurada no século XIX, como agente de reunificação nacional após a ocupação napoleônica, contando com rainhas de excepcionais qualidades. A Rainha Guilhermina enfrentou o exílio durante a Segunda Guerra, lutando contra Hitler, o ditador nazista , que ela considerou “arqui-inimigo da humanidade”, declaração dada a Winston Churchill.            

quinta-feira, 2 de maio de 2013


                          
   HUMILDADE E     RACIONALIDADE        

              

          Confrontar-se com o mal já aconteceu com todo mundo. Difícil evitá-lo, pois nunca anuncia sua chegada, e pouco podemos fazer para que deixe de acontecer, só restando enfrentá-lo no momento mesmo que acontece, ou minimizar suas consequências. O medo difuso do mal, que estaria em toda parte, pode vir de qualquer lado, ou momento, em maior ou menor intensidade. Importante é saber que o mal existe. Um dito popular na minha infância é "gato escaldado da água fria tem medo". Hoje sei bem o significado. Imagina quem tem motivos para ter inimigos! Mesmo sem inimigos declarados, o cuidado que se deve ter, de não pensar que todos são pessoas do bem, nem ficar apavorado. Não se deve é relaxar diante da vida, mas ter precaução. Pessoas que não conhecemos de verdade. Assim como as coisas.
               Sim, todos nós temos inimigos, declarados ou não. Afetos que viram desafetos, e pode ser por um “dá cá aquela palha”. Há pessoas que só pensam em derrubar os que são, ou se acham poderosos. Os americanos, por exemplo, que tantos almejam fazê-los amargar, que sintam a desgraça bem de perto. Daí os atentados. Mas qualquer um que sai de casa para trabalhar, passear, ou fazer qualquer atividade, como ir ao banco, pode ser uma possível vítima de algum assaltante, quando não, de balas perdidas nos confrontos dos policiais com bandidos nos grandes centros urbanos e também nas cidades pequenas, onde há carros para roubar e bancos para assaltar.
       Os “inimigos gratuitos” de que falava minha tia-avó são pessoas que podem nos fazer algum mal, principalmente ter preconceito, que não é só racial, social, mas temperamental, neural, e por aí vai. O mal solto em campo aberto na internet, por exemplo. Defender causas nobres ajuda, mas não bandeiras levantadas por quem tem pouca noção da vida, do mundo.  Pessoas sem noção, pelo modo como se tornam defensores disso ou daquilo, que gostam de causar constrangimento, tristeza, o que vemos no olhar de quem está exposto ao vexame. Seriam mais felizes se amassem de verdade.
         Ter educação, cultura, vale muito no nosso mundo, e devemos ver por esse lado. Educar, instruir, dar trabalho e espaço para que todos possam progredir e ser feliz do jeito que são, de qualquer raça, de qualquer tribo. Amar as pessoas, mesmo as fúteis que dizem bobagem, puxam saco, coitados. Seriam tão inocentes assim? O certo é que atiçam ainda mais os orgulhos, os vaidosos. Os baixinhos, por exemplo, podem sentir revolta por sua condição, mesmo sabendo quão grandes foram muitas dessas pessoas de pouca estatura física. Todos conhecem a frase: “Quem não é o maior tem que ser o melhor.” Tem que ser é humilde, racional: baixinhos, altinhos, pobres, ricos, brancos, negros, amarelos, cristãos, muçulmanos, e por aí vai.  
                            
                     









  

quarta-feira, 1 de maio de 2013


                         A NOBREZA DAS BOAS INTENÇÕES

 
        O processo evolutivo começa com a linguagem, a comunicação é oral nas culturas caçadoras e coletoras.  Com palavra escrita avança a comunicação e a transmissão de conhecimento, que se amplia e perfeiçoa com a impressão, salto que a sociedade deu para a civilização moderna. A humanidade evolui por sua inteligência, até o domínio da razão que passa a impor regras, conceitos, a criar suas leis. Vermeer tem a sorte de poder registar o momento importante de início dos tempos modernos, dos avanços da ciência e técnica, da liberdade, principalmente para as mulheres, que nesse quadros do pintor aparecem dedicadas à leitura, à escrita.  A habilidade da expressão, estágio posterior ao ato da leitura que depende apenas do olho e da mente amadurecida para a impressão do que está escrito. Jovem Escrevendo mostra a atividade feminina de escrever, que tem apoio no tripé: mão, olho e cérebro, treinados para a escrita Mas parece que o intuito da moça ao empunhar sua pena é fazer propaganda pessoal, seu olhar firme dirigido para quem a vê do outro lado da cena. Foge essa mulher da simples vaidade, quer ser uma personalidade, dedicada a uma atividade mais útil, menos fútil.  
      Na recém-criada República holandesa, da paz e da prosperidade, o desejo específico dessa mulher da nobreza holandesa é reconhecimento por sua inteligência.  Na mitologia, a deusa grega Atena, protetora dos sábios e dos artistas e inventora da escrita, castiga Meduza ao fazer com que seus belos cabelos se transformem em cobras, seu olhar vire pedra. A jovem no quadro, ao contrário da górgona,  em vez de cobra, tem laços de fita nos cabelos; tem as mãos firmes de escritoras em vez mãos de ferro; o manto de seda dourada em vez do corpo coberto de escamas. O espírito reformista do artista inspirado no saber antigo, na tradição, para subvertê-los. O colar de pérolas, que a mesma jovem exibe no quadro anterior, repousa sobre a mesa, uma vez que essa mulher tem outro tipo de vaidade, a intelectual, e suas pérolas são do saber, o que a elite moderna almeja alcançar. Sem relegar a história, Vermeer mostra a modernidade de uma época, em que se postula um futuro promissor para a mulher, cuja conduta não visa encantar deuses, ou homens, mas ser uma pessoa importante, culta. Postula uma nova história.
     A mulher condicionada, no sentido de cooperação e respeito, por ser ela a intercessora no mundo, capaz de insuflar a humanidade em direção ao bom comportamento, à civilidade, o que constitui o conteúdo didático da pintura barroca tridentina. Arte para fazer brotar mais vida num mundo, que oscila entre o céu da transcendência e o inferno da contingência e soberba humana, perigoso para a mulher, que sofre mais que os homens com tudo isso. Mas nunca deixa de lutar pela vida, pelo que acredita, pelos seus objetivos. Mulheres aguçadas pela modernidade do conhecimento e, para tanto, levam nas mãos os instrumentos desse progresso, ou seja, o papel e a pena, em especial. No mundo contemporâneo, da interatividade,  as mulheres, como os homens,  atuando no mundo virtual  nem sempre de modo racional. Tantas pessoas no trabalho diante do computador, ou mesmo em casa em frente da televisão, perdendo o interesse pela vida na sua essência. No medievo, a iniciação e interação, através da leitura, da escrita, e também da música, e mais precariamente através do vinho.

     É evidente no quadro de Vermeer que essa mulher tem atitude de acordo com a classe da aristocracia. Séria candidata séria ao sucesso, e não como as moças de hoje, no BBB e na Internet, às vezes tendo como única meta matar o tempo, mas que se expõem, quase sempre, indevidamente. “Ironia, ironia, ironia, tudo é ironia” retruca o iluminismo no século XVIII. A moderna virtualidade, por exemplo, que pode ser perigosa, como uma forma medieval e infernal de não socialização, de se ficar conectado com pessoas que não mereçam atenção, muitas vezes alienadas e alienantes, até mesmo criminosas. 
     A eletrônica de admirável utilidade no mundo contemporâneo,  técnica extraordinária posta à disposição da humanidade, auxiliar importante no trabalho dos que buscam o aprendizado e mesmo o sucesso e reconhecimento pelo que são capazes de realizar. As novas atividades, os instrumentos modernos de comunicação e mídia, que devem ser usados e não abusados, por exemplo, ao se criar uma personalidade falsa, diferente da pessoa real, uma vez que sem inteligência nada prospera no sentido pessoal, muito menos social.  Importante que todos que navegam em mar de e-mail não fujam das responsabilidades, já que a tendência atual é a irresponsabilidade tomar conta de tudo, a exemplo dos invasores de privacidade para cometerem crimes, ou dos sabotadores que podem levar ao caos a comunicação via internet. A trajetória humana de excessos cometidos, desde a multiplicação da espécie à proliferação das mazelas. 

                                       COROAÇÃO DE GUILHERME 
                           ALEXANDRE DA HOLANDA




O reinado da Casa de Orange-Nassau começou com Guilherme I, sucessor de Luis I da Holanda, o país sob o domínio da França de Napoleão, que pôs fim à República Batava, sucessora da República fundada pela União de Utrecht, que existiu de 1579 até 1808. Em 1813 o príncipe Guilherme I de Orange-Nassau tomou o poder de Luis Bonaparte, soberano do Reino Unido dos Países Baixo. Hoje, apenas Reino dos Países Baixos, apartado da Bélgica e Luxemburgo, uma democracia parlamentar e monarquia constitucional, que acaba de coroar o rei Guilherme Alexandre, após sucessivas rainhas em mais de cem anos. A última foi a rainha Beatriz que recentemente abdicou do trono em favor do seu filho Guilherme Alexandre, coroado em 30 de abril de 2013.
Que o novo rei faça justiça à fama das rainhas que o antecederam, principalmente, a rainha Guilhermina que reinou com sucesso por mais de cinquenta anos, no período que incluiu as duas guerras mundiais. E foi por acreditar nas mulheres que Vermeer de Delft pintou seus quadros focado no feminino, com damas da aristocracia holandesa, da burguesia e também mulheres do povo. A arte barroca surgia com o intuito de instruir a sociedade que então se formava, onde as mulheres teriam papel importante. Delft residência de Guilherme, o Taciturno, que está enterrado na Igreja Nova, onde também estão os corpos de Vermeer e três dos seus filhos, cuja torre   aparece no quadro Vista de Delft.