sábado, 28 de setembro de 2013

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Amsterdam - Rembrandt Flashmob - The Night Watch - HD






                                        FELICIDADE




         
     Atingir uma meta na vida, ter nossa cota de felicidade, é o que todos almejam na vida, e há grande possibilidade disso acontecer. Um psicanalista – famoso best seller –  afirma que “o sucesso é ser feliz”. Melhor viver sem se preocupar em ser feliz ou infeliz. Nem medir nossa felicidade em perdas e ganhos, como diz Marta Medeiros. Os ansiosos padecem horrores em busca da felicidade, com dissabores pelo caminho. Os desligados perdem oportunidades importantes. Momentos felizes passam desapercebidos, enquanto se busca a felicidade alhures. É normal ficar triste, ter aborrecimentos, não por muito tempo, senão vira doença. Certo que se é feliz de diferentes modos, pode, inclusive, haver vocação para a felicidade, como para exercer uma atividade, principalmente, a artística. A felicidade seria então uma arte de viver, de se sentir vivo.
       O deslumbrado, também, o sofredor, tem a tendência de fazer acontecer o pior, ao deixar de lado o essencial em prol de coisas que vão causar frustrações futuras. Não costumam colocar as coisas na balança, nem pensam antes de agir. O inesperado que também acontece, e produz bons e maus momentos, indiscriminadamente.  Temos que confiar na vida, adquirir sabedoria para entender que ninguém pode ser feliz numa busca frenética pela satisfação plena, por sensações, que acabam por nos esvaziar a alma. À beira do precipício arrisca dançar quem pode. Nós, simples mortais, temos que guardar distância de locais de perigo, mal iluminados,  andar em linha reta, mesmo tendo que dobrar esquinas, subir e descer ladeiras.  Tropeçar, às vezes, mas seguir em frente, sempre.
       Melhor escolher a santa alegria de fazer o bem e afastar o mal, seu oposto. “Um santo triste é um triste santo”, afirma a igreja católica. É bom escolher o que nos faz feliz de verdade, não buscar a alegria pela alegria. “Alegria, alegria” conclama o velho Capulleto aos convidados em seu castelo, onde festejava tempos de glória. Palavras que mascaram o ódio entre pessoas, entre famílias, entre poderes. Eis que o amor entra de penetra na festa para dançar com a jovem Julieta, depois escala o muro para ir ao encontro dela, debruçada em sua janela, artimanhas do destino. Inoportuno e irracional amor, ou ao contrário, oportuno e racional? Chegou na hora errada, em vez da união provoca a morte! Belo e trágico Shakespeare!
         “Estou muito feliz. Estou em paz. Meu recado foi dado. Não arruinei ninguém. Não maltratei ninguém. Não feri ninguém. Não reclamei de ninguém. Meu recado está dado. Agora estou pegando o bilhete de volta.” Um dos muitos textos postados no Facebook, como sendo de autoria de Chico Xavier. Se fosse assim com todo mundo seria o paraíso na terra, mas não é.  Reconhecer o erro e se arrepender é fundamental. Por oportuno, reproduzo palavras de Marta Medeiros no livro Feliz por Nada, postadas por Mario Zagota para seus amigos do Facebook. Grande Zagota  e uma agradável surpresa conhecê-lo através da Rede. Eis o texto: “O melhor conselho que um amigo pode dar a outro? Pare de fazer fantasias da vida, sentir-se perseguido, neurotizar relações, comprar briga por besteira, alfinetar pessoas, maximizar pequenas chatices, estender discussões, buscar no passado justificativas para ser do jeito que é, fazendo linha ‘sou rebelde porque o mundo quis assim’. Sem essa. O mundo não está prestando atenção em você. Acorde. Salve-se dos seus traumas de infância...Ou permaneça enredado em suas próprias angústias e sendo nada menos que seu pior inimigo.”





                                                       

quarta-feira, 25 de setembro de 2013










                         INTERNET NOITE E DIA




              
         Quem hoje não está conectado à internet? Basta um computador, um tablete, ou mesmo um celular, para se ter acesso ao conhecimento, ao que acontece no mundo.  Que maravilha tudo isso diante dos nossos olhos, desde uma simples mensagem à informação, em qualquer hora do dia e da noite. Nas Redes sociais as pessoas fazem amizades, e podem até formar uma galera de fãs. Não resta dúvida que há um lado perigoso da falsa informação e do assédio. Estar na vitrine tem seus perigos, principalmente pela forma como as coisas acontecem nesse meio, tanto que a revista Época, na edição dessa semana, tem como a matéria de capa o que chama de “facebullying”. O desejo inicial de quem entra no Facebook é dialogar com outras pessoas, e surpresas agradáveis acontecem. Mas não se conte muito com isso. O comprometimento pode se transformar em dilema cotidiano, a que milhões, mesmo bilhões, de pessoas se dispõem a participar, haja paciência, principalmente, prudência.
        A internet tem coisas boas a oferecer, que não seja apenas essa virtualidade que alimenta a vida moderna, sem limite, de acordo com a mentalidade de cada um.  Fácil o assédio virtual, o que causa grande estresse físico e mental. As relações sociais imediatistas, artifícios da mente que ajudam a seduzir o amigo, ou então detonar o suposto inimigo, isso desde as cavernas. Fala-se de bondade, de paz, mas os ataques são quase uma declaração de guerra. KKKKK... Assim mesmo! O preconceito que a gente não sabia que tinha, nem que era vítima dele, acirrado nas redes. Faz parte da natureza humana ter preconceito, que se pode administrar com a educação. Cada um com liberdade para defender seus direitos, exigir respeito. A maldade que permeia as relações, mas no Face parece que todo mundo gosta de ajudar os outros, não tem preconceito, adora crianças, animais, é o melhor amigo do mundo, e por aí vai. Tudo gente sem culpa alguma na consciência, só os outros. Se não estou enganada o Facebook começou numa brincadeira do seu inventor para chamar a atenção das colegas de faculdade, com quem havia se desentendido, e através dessa rede podia falar mal delas, jogar umas contra as outras.
         Hoje estamos conectados com pessoas que participam da nossa vida, sem estarem presentes. Uma terapia a que muitos se dedicam diuturnamente. Passam a sentir  impulsionados por estranhos, a pensar pela cabeça dos outros. O perigo de ser levado por esse e aquele. Procura-se pessoas para contatos imediatos, sabe-se lá de qual grau pode acontecer. As pessoas na vida real cada vez mais distantes umas das outras.  Conectadas no virtual e desligadas do real, isso é bom? Sobre o fato, disse um psiquiatra, que “nos foi aberto espaço a outras possibilidades e vamos ver no que vai dar”. O perigo é confiar cada vez mais no estranho, e menos em nós mesmos, nos nossos sentimentos, na nossa vivência. No Face as pessoas querem nos completar a toda força, longe da nossa realidade, o que pode nos causar mal, mesmo sem querer, ou querendo.  Somos um animal social, dizem alguns entendidos, outros pensam ao contrário. Segundo Rollo May, um dos maiores psicanalistas do século XX, a tendência da pessoa adquirir um novo senso de realidade através do que outros pensam e dizem, acaba tornando-se vítima dessa artimanha. E acrescenta que, se for longe demais, acontece de se perder o sentido da própria existência, ante tal dependência. Isso dito antes do advento da internet. 


                                       

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Lang Lang - Hungarian Rhapsody No. 2 in C# minor




  
     LANG LANG  nasceu no subúrbio industrial da China no província de Shenyang em 1982. Seus pais tiveram de abandonar suas carreiras de músicos, forçados pela chamada Revolução Cultural, vocação transferida para o filho, que passou a infância debruçado sobre as teclas do piano. Difícil para ele pensar fazer outra coisa, ter outro tipo de vida, herança genética, além da questão de honra.  Diz que quando menino queria apenas imitar Tom e Jerry tocando piano e acabou encantando auditórios pelo mundo afora (menino esperto, puxa saco do tio Sam). Em Nova York  tocou no Central Park, num dos dois únicos pianos Steinway de cor vermelha existentes, sugestão da marca para mostrar o que ela tem de especial, como Lang Lang, dono de uma destreza espantosa com as teclas, desempenho que extasia plateias pelo mundo afora.   Teve, inclusive , de enfrentar a decepção de seu pai quando um professor disse que o filho não tinha talento, desafio que assumiu sozinho daí por diante.  E venceu, considerado um dos melhores intérpretes de Frans Listz, entre outros grandes da música. Nos Jogos Olímpicos de Pequim  tocou para bilhões de pessoas, ocasião em que foi colocado um filme na internet com grande número de jovens tocando piano, o título “O Efeito Lang Lang”. A China comunista hoje é um outro país diferente do de Mao Tse Tung. Milhões de estudantes hoje estudam piano na China, onde o pianista tem uma fundação para o incentivo à educação através da música. Talento que pode se transformar em profissão, além de grande paixão, afirma por sua experiência. A China aplaude e dá honras de estado a seu gênio musical. Quando falam que ele é histriônico, diz que apenas vivencia a emoção que a música lhe proporciona. O modo de se apresentar faz parte do espetáculo, proveito que ele tira de sua nacionalidade. Vê-lo no Teatro Municipal no Rio de Janeiro foi uma grande oportunidade e um privilégio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013




                                   HÁ MUITO BEM A SER FEITO

           



            A perplexidade toma conta da população a cada crime hediondo, o vazio que sentimos, e vamos em busca de consolo e explicações para tais fatos. Qual a origem ou causa do mal que parece aflorar no mundo como se fosse castigo? O caso horrendo do filho que matou os pais, a avó e tia e se matou, agindo de forma atípica para casos de crime contra a família e à própria vida, fora de qualquer explicação, até psiquiátrica. Fora de qualquer classificação, mesmo animal, mulheres mantidas prisioneiras, anos e anos por seus algozes. Pode se dizer que sejam loucos, doentes mentais, mas não demostram tais transtornos, e, sim, evidência de que são pessoas más.  O mal habita em nós? É nossa fração irracional? Segundo o psicólogo americano Philip Zimbarbo todos nós, como seres humanos, somos vulneráveis ao mal, e “sem exceção, carregamos um componente que incita a maldade”. Há aqueles em que o mal aflora de uma forma avassaladora, mas teriam sofrido degeneração moral a partir de algum momento da vida, quando se tornaram mais predispostos a cometer delitos, crimes. Passam a achar que a vida não vale a pena, perdem a fé. Tornam-se propensos a se deixarem enredar pelo mal.                             
           Acontece ter gente, muito boa gente, que parece imune ao mal, que nos piores revezes, ou em situações de grande risco, mesmo assim,  permanece no bem. Tem fé. Certo que o bem dentro dessas pessoas vai ser mais forte que o mal. Seria o componente do bem que também habita em cada um e se tem de perseverar nele, reforçar esse lado, em detrimento do outro, que pode nos prejudicar, nos tornar infelizes, pois ninguém é feliz no mal. É importante sermos inflexíveis em relação ao mal, nunca nos submeter ao que é errado. Sempre procurar agir certo, e nunca tentar justificar decisões equivocadas. Perdoar, inclusive, a si mesmo, depois de reconhecer o erro. Manter-se no exercício do bem. Há muito bem a ser feito. No caso do nazismo a humanidade tem que sempre fazer uma autocrítica. Não foi um único homem, por sinal medíocre, que fez sozinho o que foi feito em termos de equívoco, de maldade. O modelo da maldade levada ás últimas consequências, com o aval de boa parte da população mundial, que se rendeu ao mal, tido como valor. Hitler representa o mal, derrotado,  enquanto Winston Churchill, incitou a reação contra, prova ter o bem força para sair vitorioso.