quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Trailers dos fimes indicados ao Oscar 2014 (categoria: Melhor filme)

A Culpa é das Estrelas - Trailer Legendado HD




                                      JUVENTUDE 2014

        




                 Entramos no século XXI com uma população numerosa, jovens em sua maioria, um enorme bolsão, dizem as estatísticas. Habitantes da periferia das grandes cidades, eles procuram espaço para se divertir, o que mais os jovens gostam de fazer. O número é alto, o gênero meio confuso, mas o grau é que está perto de zero, em educação e cultura. Basta escutar o Funk, gênero musical dessa juventude, o nível musical baixíssimo, com letras ruins o mais que pode ser, com a aspiração de sucesso relâmpago. Foram esses jovens alçados à classe média, não tão média assim, e passaram a consumir, para serem conhecidos e admirados, em suas hostes. Amantes das grifes e do exagero, possuem um palavreado inconfundível.  Do gingado do samba ao rebolado do funk esses jovens se destacam pela ousadia, Falam em superação, mas os grupos musicais que os representam, demonstram em suas letras as péssimas intenções, o caso do funk “Ostentação”. E do mesmo modo que um funk alça as alturas da fama, perde logo para outro mais ousado e doidão. Há o “Pancadão”, comandado por Nego do Borel, nome do morro de origem, que diz querer menos ostentação e mais favela, prima por doses cavalares de letras obscenas. Não é raro o funk fazer referências ao tráfico, simpáticos aos bandidos, o caso do “Proibidão”.
      O Funk  veio dos Estados Unidos, onde os  músicos negros misturaram vários ritmos, dos espirituais, das canções do trabalho, dos gritos de louvor, do gospel, jazz  e blues. De um acorde só, sincopado, em batidas repetidas, o funk aqui adotou o ritmo das batidas do terreiro da Umbanda. Devido a conotação sexual inicial, a palavra funk era considerada indecente, sentido que guarda até hoje. O processo que seria de autoafirmação, na realidade, é uma demonstração da pouca instrução e formação desses novos meninos e meninas de rua, como se declaram, com a intensão de tomarem conta das ruas, onde o funk nasceu. E no afã de sucesso em algumas de suas letras o funk tece elogios à pátria, bajula a fé, de uma forma que é só provocação.  Tendem a um moralismo à moda funk.  De Valesca Popozuda o funk onde ela grita: “Acredito em Deus e faço ele de escudo.” Ao mesmo tempo lança farpas em si mesma: “Tá rachando a cara, tá querendo aparecer”. Seus derivados são o rap e hip hop. 
       Só para terminar, o Brasil está em em oitavo lugar em número de analfabetos adultos e o penúltimo no ranking de qualidade de educação. Esse atraso pode explicar o fenômeno que arregimenta grande parte da juventude brasileira, o funk e os rolezinhos nos shoppings, onde esses jovens costumam frequentar, agora em  protestos por terem sido impedidos de fazerem barulho nas ruas, por questão de sossego da vizinhança. 
         Nota: Texto extraído, em parte, da reportagem especial de VEJA com o título A MARSELHESA DO SUBÚRBIO. 

      

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Nem tudo é fácil - Cecília Meireles.wmv



            O VALOR DA SOLIDÃO     

       

  


        Em momentos decisivos da vida temos que estar sós, decidir por conta própria. Isso se deixarem, pois, tem sempre alguém para querer pensar por nós, que pode ser a nosso favor, ou até contra: parentes, amigos, inimigos... Agora, com a internet, recebemos mensagens e curtida, pessoas que não conhecemos, e incentivam, quase auto ajuda, descontando as mal intencionadas. Tudo vale a pena se a alma não é pequena, já disse o poeta.
Tanta coisa a influenciar nossa vida que a capacidade de refletir pode ficar prejudicada e induzir ao erro. Dizem que “errar é humano”, ou “errando é que se aprende”.  A condição humana não é fácil, pior ainda no mundo contemporâneo, que exige o instinto de sobrevivência, como se ainda estivéssemos nas cavernas. O medo que pode ser da solidão e também de enfrentar a multidão. A vida que melhorou nos últimos tempos, mas o mal se mantém, irredutível, o selvagem que nos espreita, sempre pronto para atacar, condição, a que temos de renunciar, de uma vez por todas. A maldade, que pode resultar, inclusive, do nosso afã de ser bonzinhos, mas nos torna perigosamente alienados, ou anárquicos. Abrandamos nossa inclinação à violência, desenvolvendo uma boa personalidade, através da educação, de referências familiares e culturais, onde se inclui a escola e a religião. Em suma, adquirir consciência de si mesmo como pessoa — nossa humanidade — que nos faz deliberar por uma vida ética. Exercer adequadamente a cidadania, com autoridade e responsabilidade.  

                                 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014




                                      A INTERNET E O PAPA 
        



       O papa já se pronunciou sobre a internet, que ele considera um presente de Deus, e encoraja as pessoas utilizarem este veículo de informação e comunicação, mas que tenham calma, não abusem da tecnologia moderna. Bento XVI deu início ao uso da internet pelo pontífice, para comunicação com os fiéis. Há pouco teve grande repercussão nas redes sociais a recente reunião do papa Francisco com os rabinos, que ele recebeu no Vaticano para o almoço. Extraordinário privilégio contarmos atualmente com tão maravilhoso progresso tecnológico, ter um mundo de informação e conhecimento ao nosso dispor, com acesso disponível a qualquer hora do dia e da noite. Aperta-se uma tecla e tudo nos vem praticamente de graça, é só ter um computador e mais uns poucos aparelhos. O perigo é que se menospreze o mais importante de tudo que é o ser humano, ele próprio criador, ás vezes, sem o devido cuidado para discernir as coisas, como utilizar a tecnologia da melhor maneira possível, o que pode promover a vida para torná-la melhor, com pessoas mais felizes, ou piorar a situação. 

                

Papa João Paulo II: imagens marcantes.




                                              O SORRISO DO PAPA
            

          




       Como é gostoso ver o papa Francisco sorrir feliz para dar exemplo a seus filhos, que devem manter a moral elevada, diante de daqueles que se dizem ateus e dedicam seu tempo a vilipendiar a fé cristã. Acontece na internet, onde tudo seria permitido, o que não é verdade. Tem que haver respeito.  “Na internet é fácil dizer absurdos para mobilizar amores e rancores”, diz Reinaldo Azevedo.  Há os que se passam por bonzinhos, defensores das minorias, mas o que eles têm é falta de caráter, denuncia Luiz Felipe Pondé. Fumaça  o que são esses novos ateus, o que restou da guerra fria entre comunistas e capitalistas (EU e URSS). Passageiros do atraso em pouso desastrado nos movimentos de protesto que aconteceram nas ruas do país, e nas redes sociais.      

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Papa Francisco - Audiência Geral 22 de janeiro de 2014




            


                                    O PAPA SORRISO




       Como é gostoso ver o papa Francisco sorrir. Ele mesmo não quer cara de defunto por perto, já avisou, e sorri feliz para dar exemplo. Tantos que pensam ser a religião católica triste por ter criado a noção de inferno e purgatório. Mas a Igreja nos deu o céu que é andar nos caminhos traçados pela providência divina para seus filhos.



              PRISÕES BRASILEIRAS  

         



        Rebelião de presos é comum acontecer no país, onde facções criminosas comandam o crime dentro e fora das prisões. Mas foi estarrecedor o que se viu nas últimas semanas em Pedrinhas, os presos sendo tratados pior que bichos, como acontece em todo o território nacional. Numa estratégia desastrosa espalharam pelo país comandantes do  crime organizado presos no Sul do país, e a prisão maranhense foi contemplada com alguns deles. O local sobrecarregado, tudo junto e misturado, desde os bandidos de alta periculosidade, ao receptador de pneus, que foi decapitado  por não querer fazer parte das facções lá dentro, quem na realidade comandam as prisões brasileiras. Pessoas jogadas nesse inferno por ter cometido delito, sim, mas não para serem torturadas e mortas, ou virarem bandidos de verdade. Quando prisão devia ser para quem comete crime grave cumprir pena, e depois de pagar a dívida para com a sociedade retornar regenerado, ou ficar lá para sempre. Mas é justamente onde se formam os maiores criminosos. Já colocaram mulheres em prisões masculinas para serem estupradas, uma verdadeira calamidade. Desse jeito, com tal incompetência, não há como vencer o atraso, caminhar para frente, formar uma nação onde se possa viver em paz e ser feliz. O Brasil ocupa o 4º lugar com o maior contingente de presos, atrás da China, E. U. e Rússia, índice que subiu assustadoramente nos últimos anos. Basta ser pobre e analfabeto que vira suspeito E porque tem tanta gente sem instrução mínima no país?       

terça-feira, 21 de janeiro de 2014



           

              A FILHA DE DONA CÉLIA
                                                                              miniconto

            




         Naquela época o Campo do Ourique era um extenso chão vazio, o cavalo de seu Matias bebia água da chuva no velho chafariz de bronze, o que restou da antiga praça. Cleonice atravessava o local, a mãe a se queixar da perda de uma boa quantia, mas que não ia se preocupar muito com isso. E concluiu, sem grande desgosto: “Eu nunca serei rica mesmo, foi o que me disse uma cartomante há poucos dias ao ler minha mão!” A filha ficou pasma, principalmente porque a mãe sempre desdenhava das previsões, que eram mentiras e nada mais. Agora via coincidência entre um fato e outro? Aos doze anos Cleonice estranhou, o modo da mãe tratava sua questão financeira, como se dissesse: “Não seremos favorecidos com grande fortuna, melhor que seja assim.”
        Dona Célia também costumava dizer: “Mais vale um amigo na praça que dinheiro na caixa”. Enquanto Nazária lembrava: “Quem dá aos pobres empresta a Deus”. O dinheiro sempre na cabeça das pessoas, de qualquer classe social – da menos a mais favorecida. A avó, que Cleonice achava uma sábia, às vezes derrapava nos conselhos: “O dinheiro é a mola do mundo”. O mesmo dilema para todos: o dinheiro. Tanto assim que o parente ex-seminarista, um dia sobre a questão fez um discurso na casa de Cleonice: “O excesso ou falta de dinheiro torna-se às vezes causa de muitos males, que tanto podem ser materiais quanto morais” E concluía o sermão fora do púlpito: “Uma fatalidade o dinheiro, coisa de quem tem ou não sorte, e que se deve possuir na medida certa, sem amor por ele, que é um sentimento a ser dedicado às causas nobres, às outras pessoas”. 

        O dinheiro seria mesmo a chave mágica, chave-mestra, que dá acesso a todos os tesouros do mundo? Alguém tinha dito isso, outras pessoas rebatiam, que o conceito de civilidade nunca podia estar abaixo do monetário. O bom senso que se deve ter, e nem todos têm. Por conta do prazer material que o dinheiro possa proporcionar se despreza, agride, os semelhantes. Gente que não se importa em gastar, sem consciência do sacrifício que impõem aos outros. As amizades que dependem muitas vezes do quanto as pessoas guardam no banco, o poder financeiro que se impõe sobre tudo, enquanto a miséria assola o mundo. 
       Padre Arruda pregava aos domingos a parcimônia nos gastos e em tudo o mais: “Ao dinheiro, bem como ao sexo – por excesso ou falta – vem atrelada a miséria humana, o mundo que se transforma numa nova Sodoma e Gomorra, em que é preciso fazer cada vez mais sexo, ter mais dinheiro.” E continuava num crescendo de pessimismo: “Às vezes, quanto ao dinheiro, simplesmente para jogá-lo fora com compra de coisas que nem se precisa. E não raro nos tornamos compulsivos, pessoas há que adoecem quando lhes falta dinheiro para comprar besteira.” Citava, então, o caso da paroquiana que sem dinheiro na mão chegava a ter febre. As pessoas riam, mas tais palavras calavam na alma. Cleonice agora compreendia melhor a mãe, que não se preocupou com o dinheiro perdido, mesmo assim sismava com por ela nunca ficar rica, que a riqueza dela eram os filhos. A filha com mais de ambição que a mãe, e menos que a amiga Paula, de quem recebeu conselho para escolher uma carreira que desse muito dinheiro. Ao longo da vida a filha de dona Célia ciente que só se alcança almejada realização com esforço e bom senso em busca de um bem maior, ter um bom trabalho, constituir uma família. E não apenas ganhar muito dinheiro.

Segovia Plays Danza in G (Granados)




                                QUEREM ACABAR COM NOSSA PAZ

            
                           




                    Todos sabem que brancos negros e índios fazem parte da formação cultural brasileira e sua identidade racial, a miscigenação. Por mais alvo que alguém seja, louro e de olhos azuis, lá estão porções de outros tons no sangue. Ser como somos, nosso jeito de viver, vem de várias fontes. Em nosso país a convivência entre as raças sempre foi no sentido da harmonia entre as partes. No passado aconteceram, sim, injustiças do colonizador para com o índio, depois do escravocrata para como negro, isso por conta de injunções outras que não a racial, mas econômicas, os africanos que para cá vieram deportado para trabalhar como escravo e contribuíram com a riqueza do país, em todos os sentidos. Nos Estados Unidos de forte discriminação racial, o negro discriminado, mas com maior possibilidade de conquistar um bom espaço, uma nação de oportunidades, democrática, que atualmente tem um presidente da República negro, pai angolano. Temos aqui também um presidente negro, Joaquim Barbosa, que preside o Supremo Tribunal Federal. Cedo ou tarde as coisas se acertam e muito bem. Mas há quem queira ressuscitar aqui o preconceito, o ódio racial. São ventos encanados vindos de fora, do radicalismo, estranho aos costumes brasileiros, certos grupos que se articulam para promover conflitos. Justamente agora com as cotas nas universidades e no serviço público para negros, ou que se declarem descendentes, todos nós. Além do mais, tanto brancos quanto negros, houve os que ficaram para trás por “n” motivo. 
           Erro crasso querer transformar os “rolês” nos shoppings  em movimento de protesto, quando o que se vê são jovens em férias, sem ter o que fazer e onde se divertir, o que eles mesmo falaram para à imprensa. Jovens que costumam desfilar pelos corredores dos shoppings em suas produções de grife, para propaganda pessoal e no dia seguinte “bombar” na internet.  Agora vieram em grupos, os tais “rolezinhos”, arregimentados nas redes sociais para se divertir de forma mais radical, zoar dos que são diferentes. “Somos apenas uma praga que o sistema criou”, debocha  um dos organizadores de “rolezinho”, que diz ter milhares de seguidores na internet. Acontece que surgem os aproveitadores da onda, e começam a programar rolês contra o preconceito nos shoppings. Quando se sabe que não existe no preconceito racial, nem qualquer outro, nesse local onde a classe média faz suas compras, se diverte, pobres e ricos, todos em momentos de lazer, sem qualquer resquício de discriminação, o que seria um absurdo, ridículo. Repito que, no mínimo, querem bagunçar o coreto, digo, o passeio no shopping. Os comerciantes estão inconformados com a bagunça que os impedem de trabalhar, de ganhar seu dinheiro honestamente.    



                              DEMOCRACIA E TECNOLOGIA        

            



          As redes sociais provocam um frisson, principalmente no início, os egos que despertam com a possibilidade de tornar pública a imagem, a facilidade da comunicação, quase sem limites. A imensa quantidade de gente que se mantém diante do computador, postando e recebendo e-mail, curtindo as mensagens recebidas e enviadas pelo Facebook, Twitter, e afins. Parece que o céu se abriu e os internautas em gozo infinito, a partilhar ideias, trocar conhecimento, experiências. Há os que perdem noção das coisas, o humor, em raivosas postagens, que nos faz rir para não chorar. O salutar exercício democrático da cidadania nas redes, o que lhe seria negado fora. A futilidade inicial evoluiu para a abordagem de todas as questões, com ou sem conhecimento de causa, o que não importa, vale a boa, ou má, intenção. Mas como é feio é polarização das opiniões, que se radicalizam à medida que o tempo passa. O ser racional e seus excessos. Quanto mais melhor. E não adianta tentar, não há conversão do outro lado da tela. Não adianta gritaria, palavrão, nada vai convencer o oponente. Continuamos na mesma. O máximo são as redes arregimentar pessoas para protestos nas ruas, e quando acaba o movimento, todo mundo vai para casa e tudo continua na mesma. Alguns presos ou feridos, afinal é preciso manter a ordem, dizem as autoridades...
         Estar conectado o tempo todo, ter atividade uma atrás da outra é o que acontece na vida hoje em dia.  Quando paramos caímos em depressão, o mal do século XXI. A antropóloga Françoise Hèritier, na entrevista feita à revista Isto É desta semana, critica as pessoas que vivem o tempo todo diante da tela do computador, ou no trabalho estressante. Ela faz ver que o excesso de tecnologia tira de nós o que a vida tem de mais prazeroso. Esquecemos o fundamental que é a emancipação do espírito, o que só gera ansiedade, e faz sofrer o ser humano prisioneiro do mundo on-line, atado a tantas  coisas sem a menor importância, o que seria o progresso. Como disse a professora substituta de Lévi-Strauss no Collège de France, “querer curar o tédio, as frustrações, com auxílio das tecnologias modernas é um erro. Logo se fica saciado e a frustrado”. Nesta mesma semana, na entrevista da revista Veja, o presidente do Twitter, o americano Dick Costelo, disse que “quando eventos ocorrem em nossa vida off-line, há reflexos na on-line. Somos compelidos a escrever no Twitter e em outras redes sociais sobre o momento que nos fascinas, o caso da visita do papa, do sorteio dos grupos para a Copa...” Também através das redes são arregimentadas grande número de pessoas para os movimentos de protesto nas ruas, e os rolês nos shoppings. O otimismo do profissional da internet faz contraponto ao pessimismo da antropóloga. Ambos os entrevistados falam do futuro da internet e das redes sociais, da tecnologia, em suma.    

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014





                               A CIDADANIA NO SHOPPING CENTER

          



       
        Em vez de restringir, acho que o Shopping Center favorece a aproximação entre as classes sociais, que ali convivem muito bem. Conviviam, pois querem acabar com a festa. Os shoppings, grandes e pequenos, espalhados por toda parte. Sempre que lá estou, frequentadora assídua que sou das suas livrarias e cinemas, observo que nunca em tempo algum aconteceu uma aproximação tão efetiva, pobres e ricos felizes da vida por estarem ali. A oportunidade de adquirir os bens que a civilização produz para o consumo. No mínimo olhar, apreciar, se não puder comprar tudo o que vê. Onde a gente aprende, inclusive, a ter limite, ou não, o que depende de cada um, com o seu modo de ser, consumidores ávidos ou moderados, o que nem sempre diz respeito às posses. A riqueza da nação que se mede por sua produção, cada vez maior, o que se almejar. E quanto maior a produção mais baratos os produtos, que todos querem ter direito a consumir. A moderna civilização do consumo, que bem ou mal vai levando o barco. Mas a vida não é fácil; nunca foi, nem nunca será. Pelo menos, que se tenha alegria de viver, esperança, boa vontade, sem medir as pessoas pelo dinheiro que elas têm. Há milênios que a fé move a humanidade por um ideal comum, de salvação da alma, de felicidade eterna. O ideal dos últimos séculos - além da salvação da alma - é a terrena, que pede maior convivência humana, condição para alcançar a paz e prosperidade. No século XVII, eram as feiras, onde rico e pobre se encontravam para vender e comprar. A produção e o comércio astúcia da civilização capitalista, progressista, que culminou com os democráticos shoppings. Que assim seja por muito e muito tempo. Difícil é encontrar saída mais criativa para a convivência e o consumo que essa do Shopping.   



                                      Big Brother  e  Globeleza
 
      


           Todo ano é a mesma coisa, tempo de férias, e lá vem o BBB e o Carnaval. Poucos brincam o carnaval como antigamente, os bailes nos clubes, hoje basta ver na televisão as cansativas escolas de samba, assim como assistir a porcaria do BBB, as diversões que se tem. Tais coisas, em vez da alegria sadia que as féria pedem. Quem tem dinheiro e disposição vai fazer aquela sonhada aventura, que não bem planejada vai ser aquela decepção. Ou então viajar para o exterior, sentir de perto o cheiro de outra civilização. Ou outra barbárie? Aos demais resta ficar diante da TV? A garotada já ressuscitou este ano o rolezinho para preencher o vazio deixado pela escola e trabalho. O vazio, eis uma questão importante. Como preenchê-lo? A formula adequada para todos não há, temos que descobrir o que é melhor para nossa real satisfação, nosso bem estar físico e mental. Às vezes, basta estar com a família, todos reunidos para programas simples de entretenimento, de lazer. Menos ver televisão nesta época.   


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014





           

           "ROLEZINHOS"

          


          A novidade agora são os rolezinhos, jovens que se reúnem numa brincadeira, diversão apenas, ou querem chamar atenção para algo que lhes falta e incomoda. Os recentes que aconteceram em S. Paulo, com a garotada correndo para lá e para cá nos shoppings, com o perigo da infiltração de marginais, prontos para tirarem proveito da situação. Os comerciantes, pegos de surpresa, trataram de fechar as portas dos seus estabelecimentos, para não correrem o risco de ter as mercadorias destruídas, roubadas, vivem desse capital. Rolezinho a gente sempre fez. As procissões religiosas, como lembram no Facebook, sair pelas ruas para manifestar a fé que se tem, em vez da descrença, coisa moderna, do mundo que se transformou e quer enlouquecer de vez.




         


Dar espaço à garotada, mas também limite. Reprimir de forma violenta quando a coisa transborda é erro fatal, piora a situação. Os jovens expressam-se do jeito que sabem, e quando estão agitados é sinal que algo está errado; com eles, com o mundo que os cerca, ou com os dois. Quem não sabe, não vê, não sente que as coisas precisam melhorar? Na família, nas escolas, no trabalho. A sociedade que marginaliza, ofende, afronta. Repensar as atitudes, os comportamentos, as relações, é coisa para já. Antes tarde do que nunca. Na família, que haja mais respeito e colaboração, mais amor.  É comum querer sempre levar vantagem, ter lucro de qualquer jeito, sem pensar no próximo, na sociedade como um todo. Fala-se muito dos políticos brasileiros, capciosos e cleptomaníacos.

           Os exemplos são péssimos para os jovens, que se veem desmotivados, sem esperança. Ninguém lhes aponta um caminho que possam percorrer de forma a se sentirem de bem com eles mesmos e com a sociedade. Pensam em entrar  para o jogo sujo, ou se lascar para toda a vida. Mas é bom que eles saibam que não é bem assim. Se acreditam que vão se lascar de qualquer jeito, se não querem fazer nada, partem para a ignorância, para baderna. Temos que dar esperança aos jovens, que eles acreditem que vale a pena estudar, trabalhar, amar e ser amado.  Uma menininha de quatro anos, de classe média alta, disse ao avô que a vida dela de criança era muito chata, estava profundamente infeliz. Hoje as crianças têm pressa, não querem esperar o tempo certo para fazer as coisas, e os pais prontos para ceder à ansiedade dos filhos, que eles próprios, muitas vezes, são os responsáveis, as crianças cedo metidas em aventuras, impróprias para sua idade. Um desastre!    

3º Ciclo de Conferências - "A poesia de Gonçalves Dias"




CANÇÃO DO EXÍLIO
                       Gonçalves Dias


Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu por cá.
Em cismar – sozinho à noite-
Mais prazer encontro eu lá,
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.  

Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores,
Que não encontro por cá.
Sem que ainda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.
      
  Dois versos estão citados no Hino Nacional: ”Nossos bosques têm mais vida, / Nossa vida, mais amores.” E as inúmeras releituras que o poema de Gonçalves Dias recebeu do movimento Modernista.



A vida de Manuel Bandeira e uma de suas obras - 3º C Tarde






CARTAS DE MEU AVÔ
                        Manuel Bandeira

A tarde cai, por demais
Erma, úmida e silente...
A chuva, em gotas glaciais,
Chora monotonamente.

E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia à minha avó.

Enternecido sorrio
De fervor desses carinhos:
É que os conheci velhinhos,
Quando o fogo era já frio.

Cartas antes do noivado...
Cartas de amor que começa,
Inquieto, maravilhado,
E sem saber o que peça.

Temendo a cada momento
Ofendê-la, desgostá-la,
Quer ler em seu pensamento
E balbucia, não fala...

A mão tremia
Contando o seu grande bem.
Mas, como o dele, batia
Dela o coração também.


      Diante do lindo poema postado no Facebook, lembrei das cartas que escrevi ao meu noivo. Nosso noivado quase todo à distância. Logo que nos casamos ele me mostrou as cartas colecionadas com todo carinho. Fiquei admirada do que li, crônicas de um ano, em que parecia nada ter acontecido de importante, no entanto, quantas coisas ali registradas. Não será possível aos nossos netos lerem as cartas, simplesmente, sumiram. Assim como as cartas do noivo, registros de uma história de amor, em tão belas e sensíveis páginas, podem acreditar!    








quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Cabalgata de las Walkirias. R. Wagner. (Apocalypse Now)



           Richard Wagner nasce em Leibniz   (1813 a 1883). Gênio alemão, obsessivo, imaginativo. De início, em sua carreira de maestro e excepcional compositor, opta por Beethoven, e rege a Nona Sinfonia em Dresden com tal entusiasmo que é aplaudido por nada menos que o revolucionário anarquista Mikhail Bakunin.  Romantismo extremado. Utopia saxônica. Adepto do drama grego e amante da mitologia nórdica, torna possível essa associação na sua música. Envereda pela política e pública “Saudações Saxãs aos Vienenses", por terem forçado o imperador a fugir. Conclama  uma cruzada contra a Rússia reacionária no manifesto 'A Velha Luta Continua". As donzelas guerreiras em As Valquírias, adoradas pelo público de Munique em clima de guerra: "Quando poderes audaciosos se enfrentam, eu aconselho a guerra”. Wagner escreveu alguns ensaios antissemitas  e também pelo aspecto nacionalista de sua obra, foi associado ao nazismo no século XX, que teria tomado o compositor e revolucionário como exemplo de superioridade alemã, imagem que se  contrapõe a Mendelssonhn que era judeu.    

Concierto para violín en Mi menor Opus 64 (Part I)



                Mendelssonhn  nasce em Hamburg (1809-1847). De família judaica, convertida ao cristianismo, era filho de um banqueiro e neto de um filósofo judaico-alemão. Desde cedo dedica-se à música. Escolhe a música de Bach, que ele ressuscita, com apresentações de surpreendente sucesso. Em sua criação musical dá colorido romântico à ortodoxia clássica, não sendo nem clássico nem romântico. Início do período romântico. Por um tempo sua música é depreciada como “kitsch religioso”, o que reflete o desprezo da estética musical por parte de Richard Wagner e seus seguidores.




             

        
          
        

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Exposição Yayoi Kusama. Obsessão Infinita. Centro Cultural Banco do Bras...





             DE PIO XII A FRANCISCO - parte I

  




São sete papas de 1939 a 2013: Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Um período de setenta e quatro anos, não tão longo para a história da Igreja Católica, mas tempo suficiente para a fé cristã percorrer um caminho nada fácil, e estaria em maus lençóis sem esses papas extraordinários, que ocuparam na hora certa o trono de Pedro.
          
         O venerável Pio XII, em seu longo papado, enfrentou o nazi fascismo, depois o comunismo. Assíduo em suas mensagens pelo rádio, novidade em transmissão de notícias, o papa  da paz declarava que havia chegado a “hora das trevas” e que todos orassem para que fosse “banido o espírito da discórdia que se abatera sobre a humanidade”. No Natal de 1942 condena a perseguição aos judeus, o mesmo ano em que consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria. Em 1943 reafirma sua condenação à política nazista. Visitou os bairros de Roma para levar alento aos feridos de guerra, vítimas dos bombardeios anglo-americanos.  Quando os nazistas invadiram Roma, abriu a Santa Sé aos judeus que ali se refugiaram, também os mosteiros, só em Castel Gandolfo foram três mil.  Hitler ameaçou sequestrar o papa e se apossar do Vaticano.  Em 1943 publicou a encíclica Mytici Corporis Cristi  base para a Doutrina Social da Igreja, juntamente com a Rerum Novarum (Das Coisas Novas) do papa Leão XIII (1878-1913) que condena o marxismo como heresia. Com os católicos perseguidos na denominada “cortina de ferro” o papa Pio XII declara que “soara a hora capital da consciência cristã”. Em 1952 lança o Decreto Contra o Comunismo e promove a Consagração da Rússia ao Coração de Maria. Após a guerra, em 1948, foram convocadas as eleições na Itália, saindo vitoriosa a Democracia Cristã, com a derrota do PCI, uma coligação de socialistas e comunistas. 
        






         Italiano, como seu antecessor, João XXIII foi eleito papa em outubro de 1958, pontificado que durou apenas cinco anos. Pertencia à Ordem Franciscana Secular. Capelão militar do Exército italiano durante a Primeira Guerra Mundial, foi eleito para ser o papa da transição, devido à idade, mas surpreendeu ao convocar de imediato o Vaticano II com a finalidade da renovação da Igreja, concílio que só foi concluído no pontificado seguinte, por Paulo VI. Depois de duas guerras mundiais e as mudanças que ocorriam no mundo, a Igreja precisava estar preparada para lidar com a modernidade que batia à porta. Na encíclica Mater et Magister (Mãe e Mestra) as palavras chaves Comunidade e Socialização, o que não significa comunismo, embora tratasse das questões sociais, em defesa dos pobres e da justiça para o trabalho. Em 1963 publica Pacem In Terris (Paz na terra) onde cita a razão do progresso para promover a dignidade do Homem. Propõe o desarmamento num período em que proliferaram as armas nucleares, e o auge da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética. O Mais importante documento do Vaticano II foi a Constituição dogmática Lumen Gentium (Luz dos Povos) que trata da Igreja como instituição e corpo místico de Cristo, com forte influência da encíclica de Pio XII, Mytici Corporis Christi.
          





        Com o nome de Paulo VI, o cardeal Giovanni Maria Montini iniciou seu pontificado após a morte de João XXIII.  Coube a ele implementar as reformas do Vaticano II. Foi considerado o mais próximo colaborador de Pio XII, que o designou bispo de Milão em 1954. João XXIII o elevou a cardeal em 1958, a quem substitui como papa Paulo VI. Seu lema, renovação e propagação de Cristo. Conclui os trabalhos do Vaticano II interrompido com a morte de João XXIII, enfrentando frequentemente as expectativas conflitantes de grupos da Igreja católica. Devoto mariano publicou três encíclicas marianas. Procurou entender o que acontecia no mundo à luz da fé, defensor do fidei depositum. Publicou a encíclica Humanae Vitae que trata de assuntos da família, da ética e bioética, como aborto, contracepção. Suas referências sexuais, inspiradas na moralidade sexual cristã, considerada por alguns um retrocesso em relação ao Concílio Vaticano II. No entanto, o Papa seguia a linha da Mater et Magister do próprio João XXIII. O papa visitou os cinco continentes e promulga a Carta Apostólica Africae Terrarum, reconhecendo os valores tradicionais da cultura africana: “A Nova África  que surge pela mediação redentora de Cristo e a intercessão  da Maria Santíssima e S. José”. Hoje o catolicismo está em grande expansão no continente africano.  

domingo, 12 de janeiro de 2014




                              O MILAGRE DA VIDA







       



       Tempo de viver e amar. Uma energia vital nos impulsiona a vida, nos mantém vivos, em tempo que se estende, e pode ir além do previsto. Milagres da ciência possibilitam a  sobrevida, e não partamos antes do tempo. O certo é que quanto mais amamos mais vivemos. Mas quanta gente se fecha no seu mundo, afinal não está fácil a convivência. Falar em amor parece coisa ultrapassada, mas essencial. Amar o próximo e se amar, em primeiro lugar. Penso que devia haver uma escola, até mesmo uma faculdade, para ensinar sobre o amor e a esperança. Bem verdade que temos a fé cristã, as crenças, tão diversas hoje em dia, mas que muito auxiliam nesse sentido, mesmo desacreditadas, injuriadas. A possibilidade de se vivenciar o amor dentro da família, melhor que em qualquer outro lugar, também ela desacreditada. O que fazer diante disso?
        Mesmo o amor resignado tem seu poder, superado pelo amor compartilhado, que nos ajuda a crescer. A necessidade de ser livre para viver e amar. As vitórias podem ser contadas pelo tanto que compartilhamos o dom divino do amor. A fraternidade e a solidariedade que temos de aprender a vivenciar, amando e sendo amados, de verdade. Reconhecemos que o amor às vezes pesa, o amor egoísta, e há quem se lança nos braços do inimigo. Sofremos, sim, por amar quem não nos ama, ou vice-versa. O bobo morre de amor, pois é aquele que não aprendeu a amar. Mesmo assim o amor errado é melhor do que não amar, e ter o coração angustiado. Deus é amor, e se amamos e somos amados, não há bem maior, Deus conosco.
       Ter amor pela vida, continuar acreditando que vale a pena lutar por nosso futuro, construí-lo passo a passo: estudar, trabalhar, constituir família. Antes de qualquer coisa formar o caráter. As mazelas que se mostram desavergonhadamente diante de nós podem nos trazer desesperança, mas temos que resistir, para ter direito à alegria de viver. Não nos deixemos roubar, que tirem de nós o direito de ter uma existência com mais tranquilidade e paz de espírito.  Temos que nos afastar do negativismo, do que é destrutivo, para que nossos dias não se transformem em tragédia.     Ter fé em Deus nos dá esperança e nos ensina a amar. O arrependimento, a oração, a caridade, nos redime de qualquer coisa que tenha peso sobre nós. Acreditar que com maior responsabilidade de todos podemos escapar das afrontas do mal e de tantos desastres que acontecem dia após dia. 


   

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014




    AMOSTRA DA PRODUÇÃO DE CUPCAKES
    DA MINHA HABILIDOSA NETA LARISSA BARROZO
   - BIÓLOGA DE PROFISSÃO; DOCEIRA DE TRADIÇÃO -

         

Descoberta a rede clandestina de ajuda aos judeus de Pio XII





                                           PAPA PIO XII

           
Eugênio Pacelli foi eleito papa em 2 de março de 1939, filho primogênito de uma família italiana, eminentemente católica, com serviços prestados à Igreja, inclusive durante o processo de reconhecimento do Vaticano como Estado independente, o que ocorreu com o tratado de Latrão de 1929. O primeiro papa italiano em dois séculos, tendo crescido olhando a cúpula da Santa Sé. Desde o início do seu pontificado Pio XII alertava pelo rádio sobre a ameaça que se abatia sobre a civilização, a Alemanha nazista de Hitler, que avançava sobre os países vizinhos na tentativa de dominar a Europa, e acabou por perpetrar o holocausto dos judeus, o pior dos horrores provocado pela tirania em todos os tempos. A ameaça do nazismo demorou para ser detectada, até quando não deu mais para ignorar o que esse mal podia causar à humanidade.
       Após a morte de Pio XII correu o boato que o papa era amigo de Hitler, tudo por conta do presidente russo Nikita Krurschev que ordenou a KGB montar uma farsa para incriminar o papa. Vários documentos foram forjados, com a finalidade de vincular o papa ao ditador nazista, como se colhidos dos arquivos secretos do Vaticano, e constou da peça “O vigário”, o que só foi desmascarada após a queda do muro de Berlim e do comunismo na Rússia quando foram abertos os arquivos secretos da extinta União Soviética que revelou o quanto Hitler odiava Pio XII, eram inimigos.  O livro “O Papa De Hitler” de John Cornwell de 1999 versava sobre essa mentira. Para dirimir qualquer dúvida o padre Pierre Blet fez uma pesquisa nos arquivos do Vaticano e escreveu o livro “Pio XII e a Segunda Guerra Mundial”, com provas documentais verdadeiras sobre o assunto.  

         Em 1958 entrei para a Escola de Serviço Social das Irmãs Redentoristas, em S. Luís do Maranhão, e fui designada oradora na aula inaugural, quando então discorri sobre Pio XII que viria a falecer no fim do mesmo ano. Fui informada da atuação corajosa do papa na Segunda Guerra, dando assistência aos refugiados e nos hospitais, sua batina manchada de sangue dos feridos, coisa que nunca saiu da minha cabeça, e me fez admirar Pio XII, um papa de tão imponente figura. Ainda como cardeal, Eugênio Pacelli esteve no Brasil de passagem para Buenos Ayres, onde foi participar do Congresso Eucarístico ali sediado.       
         "Viva o papa Deus o proteja/O pastor da Santa Igreja."Cantavam as alunas do Santa Teresa para Pio XII
E em incentivo aos aliados: "Marchai, marchai soldados/Marchai, marchai valentes/Com fé e amor ardente em júbilo marchai."

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014




       
       
               
        
                          OPTEMOS PELA EDUCAÇÃO
           


           

          Educado não é o mesmo que medíocre como pensam alguns. Para evitar a síndrome do gênio, que costuma acometer os medíocres, optemos pela educação.Nem a genialidade é essa que se apregoa atualmente, mas diz respeito à competência de agir, de criar meios de excelência pessoal e social, o que não acontece por acaso, e sim por fatores deveras importantes. Reconheçamos que o gênio não surge do nada, vem do esforço e humildade em aprender e se fazer competente. A incompetência, ao contrário, está satisfeita com sua ignorância, sem enxergar valor além de si mesmo, e sofre da inveja que o condena à mediocridade eterna.
      Li no texto da Superinteressante de 2011, circulando no Facebook, que estamos condenados à mediocridade pela seleção cultural e organização social humana, destruidoras da inteligências, sendo necessário que se introduza areia, ou seja, os gênios no mecanismo degradado. Pergunto: Esses “gênios” viriam para fazer funcionar a sociedade, ou para destruir tudo de vez? Como nosso organismo não pode se comparar ao da ostra, nem a sociedade, não seria o caso, em vez de areia, colocar óleo (educação) para lubrificar a engrenagem e fazê-la funcionar? No mínimo neutralizaria o  poder de destruição dessa mediocridade reinante. Na Finlândia não existiriam medíocres, só gênios, é o que dizem. Penso nesse país minúsculo, rico, fácil de administrar, onde as inteligências florescem de verdade, pois têm meios e vontade para isso.
        No imenso Brasil, com grande contingente de pessoas, difícil eliminar o mal da imbecilidade que reina soberana sobre nós. A população sem a devida assistência educacional para que se deixe de ter tantos imbecis, que se julgam “gênios”, a estabilidade social, coisa medíocre para eles.  Bem verdade que gênios de verdade se perdem entre nós por força das péssimas condições sociais em que se vive.  Sim, a sociedade humana necessita de inteligências, também da colaboração dos medíocres, tantos que andam por aí, e que não se façam de gênios destrutivos, ou areias movediças. Importa reconhecer a competência e o trabalho de cada um, para em conjunto fazer florescer a sociedade humana, com todo sua excelência, como deve ser.
         LINDA S. LUÍS, CAPITAL DO MARANHÃO, SEU POVO FELIZ, HOSPITALEIRO, QUE TEM TUDO PARA SUPERAR, COM DIGNIDADE, OS HORRORES QUE ACONTECEM NOS PRESÍDIOS DA CIDADE!  
  
                            Compartilhando a foto de Fernando Sah fotografias

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Documentário sobre Carlos Drummond de Andrade.





AUSÊNCIA
             
              Carlos Drumond de Andrade

Por muito tempo achei que a ausência é falta
E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo
Não há falta na ausência
A ausência é um estar em mim
E sinto-a branda, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
Porque a ausência, essa ausência assimilada,

Ninguém a rouba mais de mim.



              O PÃO DE CADA DIA
          





         De uma leitora do blog recebi o e-mail que diz o seguinte: ”Gosto muito de Cecília Meirelles, já usei alguns de seus poemas junto com as fotos de minha primeira neta Cecília que fez um aninho em 2013. Não sei como cheguei até a senhora. Estava sem fazer nada numa tarde chuvosa, sentada em minha poltrona vendo de vez em quando as copas das palmeiras do 8º andar da minha sala com meu iPad no colo e um título me chamou a atenção Tia Impressionista comecei a ler e um texto puxou outro, quando vi estava escuro. Gostei muito de conhecê-la, procurarei sempre que puder ler seu blog. Obrigada!” Isso é muito gratificante, é experimentar uma pitada de sucesso, o máximo para quem não tem ambição nesse sentido. Mensagens que nos chegam, como pão de cada dia, e faz a coisa parecer tranquila, mas o inferno que é o excesso de informação, a loucura de participar das redes sociais. O pão doce, macio, cheira à falsidade, outras vezes seco, embolorado. Requer que se tenha também uma dose diária de paciência, de caridade. Principalmente não se deixar de estar em paz com a consciência.        

domingo, 5 de janeiro de 2014

Haydn Violin Concerto No 1 C major Joshua Bell




       
        
       PARA SEMPRE
        
        Parodiando Vinícius de Morais, a vida é eterna enquanto dura. A medida da felicidade é saber que nem todas as oportunidades devem ser abraçadas, as que nos faz encolher. Com coragem e determinação crescer e ocupar nosso espaço, o que se faz dia após dia. Competidores não vão faltar - e por tudo competimos - aprender a dar espaço ao outro, não atropelar aqueles que lutam ao nosso lado, mesmo o oponente. Uma vitória só é digna desse nome se as regras forem obedecidas. O caminho que nos foi aberto, tanto mais belo se fará quanto for nossa capacidade para preenchê-lo da consciência do bem, ou de Deus, que nos faz acreditar e ter esperança. 
      “Onde há Deus, há futuro.” (Bento XVI) 


VER NOVIDADE NA PÁGINA "CONTOS"

sábado, 4 de janeiro de 2014

Cecília Meireles - O Amor

Olavo de Carvalho - A educação brasileira





    







          “ANO DA COPA”

     
       Dizem os entendidos em economia que o crescimento do país em 2014 não vai passar dos 2%. O melhor já passou, sem o devido proveito, em baixa as exportações, os investimentos vindos do exterior. O ano de 2013 foi realmente extraordinário, deixou saudade, aproveitou, aproveitou, o que se perdeu foi para sempre. Já é uma boa coisa que o Brasil cresça um pouquinho que seja neste “ano da Copa”. Mas que deveria ser ano das escolas, dos hospitais, dos presídios e por aí vai. Muita promessa e pouca realização naquilo que dá sinal de real progresso. Os gastos imensos com os estádios, e pouco avanço na infraestrutura, nos transportes, o que diz respeito a essa mesma Copa, para que tudo ocorra bem e não se dê vexame.

    Vitória no gramado para o país ninguém parece duvidar, mas o certo mesmo vai ser o espetáculo do povo na rua protestando. Enquanto lá dentro dos estádios privilegiados desfrutam o espetáculo do futebol, sedentos de vitórias, que pouco valem para a maioria dos brasileiros. O Brasil conhecido como o país do futebol. Também do carnaval, que está às portas, todo ano a mesma coisa, o povo festejando a carne. A triste fama que se tem, para aqui acorrem os turistas de pouca grana, como se vê em Copacabana, sedentos por sexo, a baixo custo, quase de graça, que os ricaços vão se divertir em outros locais. Depois do samba a bola dos bambas. Os políticos, os mesmos, prontos para aproveitar as efemérides para faturar na eleição presidencial, que também ocorre neste ano. O que se há de fazer? Os debates de mentirinha na TV que as grandes questões eles resolvem nos gabinetes em acordos que satisfaçam os interesses de uns poucos. Para o povo vai continuar as esmolas das bolsas e cestas básicas.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

"Ou Isto ou Aquilo", de Cecília Meirelles



         



              

         "OU ISTO OU AQUILO"


          
         Partir ou ficar, nem sempre estamos seguros das decisões que podem modificar nossas vidas. Tantas vezes são as circunstancias que nos movem, por alguma razão, ou “desrazão”.  Se partimos, resta a saudade, sentimento mais doído, ou doido mesmo! Gonçalves Dias fez o mais belo poema sobre a saudade da terra natal. Grandes poetas foram abençoados dessa dor da alma, chamada saudade. Partidas doloridas deixam um vazio na alma, que pode ser preenchida pela esperança. O alento que é ter esperança, ter fé, em vez do desespero da descrença.  
         Decidir ou esperar, a dúvida que acomete qualquer pessoa que não esteja bem segura do que fazer no momento. Os mais decididos agem rápido, arriscam. Outros preferem esperar. Esperar é ter esperança. As coisas tendem se resolver de uma maneira ou de outra. Mas esperar para ver no que vai dar não é boa coisa. Periga ter de aceitar o que vier. Sem se precipitar, mas decidir com coragem e determinação. Se achar que é o melhor, não hesitar em agir. O que nos move para frente são as decisões certas. E quais são elas? Como as encontramos? Basta refletir e muito.
     Sorrir ou chorar, o que mais se faz na vida. Sorrir por algo que nos faz feliz. E chorar de dor. Entre risos e choros vamos vivendo. A dor da perda a pior de todas. E como é bom o riso frouxo! Também é bom chorar quando acontece uma coisa que nos emociona! São os sentimentos que nos fazem seres humanos. O choro ameniza as afrontas do mal. O riso é transbordamento do que nos faz bem.  
        Crer ou não crer, um dos graves problema dos tempos pós-modernos. Acreditar em Deus ou não acreditar. E por acreditar em tudo, se deixa de crer em Deus, que é o Bem, uma contradição que a modernidade criou junto com tanta coisa que o homem tem de acreditar. As mentes deslumbradas que preferem crer ou descrer ao seu bel prazer. Eis aí a questão: o prazer direcionado para as sensações, abandonada a percepção do bem, que é o amor, a caridade.     
         

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014





              RELAÇÕES FAMILIARES

          



          Como quaisquer outras relações, as familiares tem seus altos e baixos. O aprendizado que a vida nos dá é não ficarmos em demasia atrelados aos outros, sejam quais forem os níveis de parentesco, ou de amizade. Amar não quer dizer entrega total, nem ser dependente do outro. Quem faz isso se dá mal. O espiritismo tenta explicar as relações humanas, principalmente as familiares, onde os conflitos são mais frequentes, pais e filhos que não se entendem, irmãos que se odeiam (?). Viria de encarnações passadas, dívidas a pagar, resgates de créditos parar serem feitos. Nosso retorno, pelo simples motivo de desentendimentos em outra vida. A meu ver conflitos normais para os seres racionais que pensam por si mesmo, e assim passam agir, à medida que crescem, e adquirem independência. Coisas que unem as pessoas, ou nos separam, acontecem. Às vezes melhor manter prudente distância, pois crescer é preciso, em liberdade de pensamento e ação. O respeito que devemos para conosco e aos outros. Bem verdade que um fio condutor nos une todos, no presente, como no passado, e para o futuro. Mas isso não significa que a gente esteja nesse mundo por motivos que fogem aos desígnios divinos, à preservação da espécie. Mesmo da nossa mãe a íntima dependência se desfaz a partir do corte do cordão umbilical, embora continuemos ligados pelo afeto, em primeiro lugar. “Todos nós devemos pedir esta graça: Senhor dai-me senso de humor.” Concordo com o papa Francisco, senso de humor sinônimo de paciência.