quarta-feira, 23 de julho de 2014



                     
                                                  Como viver Sem?


                                                    S.Luís - Ma
             
             Televisão, celular, qual dos dois faria mais falta, se o tempo presente sumisse e retornássemos ao passado? A tecnologia hoje a fazer parte do cotidiano, imprescindível, a nos cercar de conforto, a ponto de nos angustiar, essa a verdade. E não podemos deixar de investir em mais e mais tecnologia que tanto facilita a vida moderna. Sobreviver com ela, ou ficarmos perdido no tempo e no espaço, ligado que estamos, literalmente, aos nossos aparelhos domésticos e de comunicação. O mundo ao alcance dos nossos dedos, digitalizado. Lembro do início, quando aos poucos fomos nos acostumando, até ficarmos tomados pela febre tecnológica. Primeiro veio o rádio, depois o cinema, a televisão, o computador, coisas que não pararam de evoluir. O telefone fixo evoluiu para o celular, aparelho que acompanhamos os avanços, a cada dia maior sua sofisticação. A televisão, antes uma caixa recheado de válvulas e um tubo de imagem, virou tela de Plasma, LCD, LEG. Por último temos o SmartTV, até a próxima invenção. O computador gênero de primeira necessidade.
       
       Lembro do técnico que chamávamos mensalmente para consertar nossa televisão Teleking. Queríamos prestigiar o produto nacional, mas caímos em erro, passamos então para uma Telefunken, tecnologia alemã, ainda em preto e branco. O móvel da nossa Philips colorida era um arraso, mas a tela pequena,  com 28 polegadas, a maior na época. Hoje temos uma GL em LCD, de 42 polegadas, já com 15 anos de uso sem problemas. Mas a ambição é saltar para uma Smart TV, com tela ainda maior. Como então falar mal da tecnologia, quando vemos o mundo através de uma tela, nos conectamos pelo celular em qualquer lugar em que estejamos? No que diz respeito aos bancos é aquela facilidade, sacar dinheiro no caixa eletrônico, onde se faz toda sorte de transação. Postamos mensagens no computador e celular, que seguem céleres ao seu destino, e-mails pela internet, em vez de escrever cartas que demoravam dias para chegar.
          

         
       Em meados do século passado a paciência era uma virtude importante, útil, enquanto de uns tempos parta cá, paradoxalmente, com tantas facilidades, não temos paciência alguma, vivemos estressados. A vantagem que tínhamos: vida para viver, calma para ver e sentir a existência. Havia tempo para tudo: ser criança, jovem, adulto, e envelhecer tranquilamente. A tecnologia fez tudo ficar junto e misturado, fez a vida parecer mais doce, mais fácil, mais feliz, conquanto os problemas fiquem tão mais perto e piores, que quase não suportamos tanta proximidade. Sentiríamos falta de tudo isso, televisão, computador, celular, se toda essa modernidade sumisse de nossas vidas? Voltaríamos a nos acostumar com a simplicidade de um cotidiano, com menos coisas a nos perturbar? O certo é que não poderíamos sobreviver sem tecnologia na cidade grande, onde ela auxilia em tudo, e teria surgido da necessidade de acomodar uma população crescente o mais confortável possível?

            

           
            Quanto ás relações pais e filhos moços e idosos, ao contrário do que publicou uma jovem senhora, uma jornalista, publicou na rede social, que ela gosta dos idosos frágeis, dóceis, humildes, mas que se tornaram petulantes, o caso da idosa que deixou o carrinho do supermercado na passagem, e ainda um idoso que no mesmo dia, a chamou de garota e mandou sair da frente no estacionamento, coisa atípica, a meu ver. O preconceito contra idosos, como qualquer outro, é repulsivo. Mas o que sinto é uma moçada alegre e amigável, pelo menos uma boa parte, que tem o cuidado e respeito pelos idosos, diferente da geração anterior em constante conflito, nesse sentido um mundo melhor, mais justo. Vejo luz no fim do túnel, a sociedade entrar numa boa fase, pelo menos no que diz respeito às relações pais e filhos, moços e idosos, e já é um grande passo para um futuro mais feliz. As pessoas hoje a se relacionarem de forma mais respeitosa, amorosa, na família e com os demais membros da sociedade, com suas diferenças. A paz, o entendimento, impossível viver sem.  Triste são os eternos conflitos entre nações, o caso entre palestinos, diga-se, o Hamas, e israelenses, que vivem num purgatório de rivalidades e desentendimentos. 

       

segunda-feira, 21 de julho de 2014




                                    EDUCAR PARA A VIDA 





             

         Como avisei em data anterior, estou de férias. Mas li a postagem de uma internauta em fúria no Facebook contra um casal de idosos que ela chamou de velhos petulantes, mais isso e mais aquilo, por terem se recusado de tirar o carrinho de compras que estava em frente ao seu carro no supermercado. Revoltada, ela falou do costume dos velhos xingarem os moços de vagabundos e irresponsáveis. Comigo aconteceu também de ter experimentado a fúria de uma jovem senhora, e nem éramos tão velhos. Meu marido tinha acabado de fazer 70 anos e eu um um pouco menos, ele conduzia nosso Renaux, e íamos entrar no estacionamento externo do prédio recém-construído onde morava minha filha casada. Havia dificuldade de acesso, hora do almoço, o trânsito daquele jeito numa via movimentada, tivemos cautela para entrar. Essa pessoa apitava trás de nós, e ainda caiu de impropérios, que devíamos ficar em casa e não atrapalhar quem trabalhava. O que me chama atenção em ambos os casos, o do Face e esse último, é que se tratam de mães que tinham ao lado os filhos, penso então no sentimento de poder, ao mesmo tempo insegurança que elas sentem. A grande expectativa das mães para com seus filhos, que podem frustrar suas ambições, principalmente nos tempos atuais, difícil de educar e fazer com que os filhos e a própria pessoa tenha sucesso, nesse mundo atual tão competitivo. Além do mais, aumentou o número de velhos, que passou a merecer cuidados especiais, com lugar reservado para idosos nos estacionamentos e nas filas, além das aposentadorias que melhoram bastante, fazendo com que os idosos possam viver mais e melhor. Esquecem essas jovens mães que elas também envelhecerão, e certamente não vão querer ficar em casa fazendo croché, principalmente as mulheres modernas acostumadas a deliberar e não ceder seus direitos a ninguém.
           
        Antes de tudo levemos em consideração que o fracasso e o sucesso são coisas passageiras. A felicidade e infelicidade também. Todos os pais querem ver os filhos se darem bem na vida, ter um acarreia promissora, em suma, tenham sucesso e sejam felizes.  Para começo de conversa, é importante não se preocupar demais com isso, não se inquietar. Façam os pais a sua parte que é dar boa educação e segurança afetiva, o suficiente para os filhos terem recursos necessários para que se sintam confiantes e tenham determinação no agir. Pessoas felizes, sérias, realizadas, que respeitam os direitos dos outros, para que se sintam em segurança e bem realizados, em que se inclui o respeito aos mais velhos. Afetividade, por exemplo, não significa cobrir os filhos de elogios quanto à inteligência e talento da criança, ou do jovem, dizer que são gênios para elevar sua autoestima, o que pode reverter no contrário. Em vez disso, falar o quanto eles devem se esforçar para obter bons resultados, sem se preocupar com os outro, o sucesso que pode ser frustrante, mesmo que se alcance o intento por puro capricho, pois há tanta gente insatisfeita com o trabalho, com a família, com a vida. Insatisfação que pode ser revertida com mais empenho no que se faz, desde as escolhas.

          
      Passar a acreditar que já ganharam de antemão, pode enfraquecer a vontade, deixando de fortalecer o caráter. Medo do fracasso, da frustação e da dor é experimentar de antemão o que lhe reserva a vida, ou não. Se dar mal em algum momento vai acontecer com todos, ensinar, pois, a superar as adversidades. Aprender os mais moços como superar suas fraquezas, o respeito aos outros, e a terem paciência, sem se deixarem humilhar, nem se submeterem a dores evitáveis. Como disse Shopenhauer a felicidade é ausência de dor, mas ter paciência, o tanto que lhe facilite a vida. Facilitar os pais a vida dos filhos tem limites, assim como nunca dificultar sua evolução, o calvário que é ter pais cruéis, ou bondosos demais, de quem às vezes os jovens têm necessidade de se afastar para preservar a própria identidade como pessoa dona de si, com direitos e deveres. Quantos deixam de desenvolver suas potencialidades, ou não cuidam de preservar a genialidade do açoite do orgulho, consequentemente tornando-se vítima da inveja. Educar inclusive para a felicidade que requer educação, esforço pessoal. Sempre o esforço e a paciência, para aceitar as dores que evitam sofrimentos maiores e se possa gozar as delícias de crescer e amadurecer para a vida. A dor existe, sem que a busquemos, na doença na velhice, que um dia chegam, e não nos preguem uma peça. A felicidade suprema não existe. Resguardar-se de maiores frustrações, ao conhecer as qualidades para fortalecê-las, e lutar para  superar os defeitos. Desconhecer quem somos e o que queremos ser, de verdade, é estar iludido sobre si mesmos, o que se torna um peso difícil de carregar. 


sexta-feira, 18 de julho de 2014




                                                        O  FACEBOOK




                As postagens eram de assustar quando iniciei na rede de relacionamento Facebook. Duras e ferinas, estavam ali para incomodar uma cambada de desocupados debruçada no computador, sem ter coisa melhor a fazer, e devia se preocupar mais com a realidade. As redes sociais ficariam mais séria se incomodassem, o que pode descambar para a agressão pura e simples, numa contaminação, coisa passageira. Quase me fez desistir de participar. Cheguei a pensar que os amigos me haviam pegado para Cristo, qualquer deslize seria fatal, por exemplo, a falta de alguma curtida, alguma postagem mal interpretada, além do que se devia manter o silêncio sobre a religião, isso com a imagem de uma jovem com o dedo nos lábios, assustador aquilo. O melhor era  eu não me preocupar com isso, que os outros fariam o mesmo, pensei para dar a volta por cima.  Não só adotei o Facebook, como meio de entretenimento e de informação, como criei o Blog Novo Espaço Maria. Lembro do meu tempo de jardim de infância, quando um dia eu cheguei em casa com as coleguinhas e disse: ”Entrem crianças!” Os familiares acharam a maior graça, e fiquei sem entender nada, que eu era também uma criança. Ver hoje as pessoas curtindo o meu Blog tem o sabor daqueles tempos, de acolhê-las em minha casa.
       
              Houve evolução, e já se pode ter no Face boa informação, através dos excertos da CBN, da revista Superinteressante, do TIME, CBN, Papa Francisco, Nos Passos de Maria, Companhia Dos Livros, Prefeitura de S. Luís, Fox News, da Folha de S. Paulo, O Globo, e muito mais. Grande meio de informação a internet, e no Face temos que selecionar o que presta e descartar o que não presta, e ir em frente, que a vida é cheia de desafios, e temos de conviver com tudo, até mesmo para melhorar o que pode ser melhorado. Muita gente boa participa das redes sociais, sim. Mesmo que a curiosidade seja o que mais motiva as pessoas, e continuará assim, com inutilidades vindas de todos os cantos do mundo. Precisa paciência e boa vontade com tudo que existe e temos que aturar, queiramos ou não, o que não é o caso do Face, que podemos descartar a qualquer tempo. Tiro férias, vou viajar pela Europa, inclusive a Alemanha dos Campeões. Quando retornar, o Brasil estará em plena campanha para presidente, que pretendo acompanhar com atenção. 

My Sweet Lord - Tributo a George Harrison - Excelente qualidade.



RECORDAR É VIVER - OBRIGADA MARIO ZAGOTA

terça-feira, 15 de julho de 2014



                          O QUE É ELITE PARA OS BRASILEIROS?

        



          Sempre que passamos pela Biblioteca Demonstrativa de Brasília, meu marido, o acadêmico Murilo Moreira Veras, lembra da dedicada presidente da instituição por muitos anos, Maria da Conceição Moreira Salles, falecida em 2012. A BDB foi criada para ser modelo para as demais bibliotecas do país, mas que há algum tempo encontra-se abandonada, o que nos faz questionar o quanto as pessoas perdem com a falta deste local tão importante de estudo e leitura, também de encontros literários, palestras e tudo o mais que se refere aos livros, ao saber. E diante da pergunta que ouvi por ocasião da Copa, sobre o que é elite para os brasileiros, fiquei na dúvida. Mas minha resposta vem na ponta da língua, elite é ter educação, cultura, trabalho digno, tudo o que beneficia a pessoa em sua vida. Poetas, escritores, filósofos, através das palavras, são uma elite, que produz refinamentos para a formação dessa mesma elite.

             Sobre o Mundial de Futebol que aconteceu no Brasil neste mês de julho de 2014, foi um sucesso, onde se destacaram as Seleções das várias partes do mundo, com um belo futebol.  Para cá acorrendo multidões de estrangeiros, principalmente nossos hermanos argentinos. A seleção alemã saiu vencedora. Merecidamente, porque foi a melhor em campo, entusiasmando todos os presentes e os bilhões de espectadores pelo mundo afora, que assistiram os jogos pela televisão. A melhor equipe fora dos campos também a alemã, pela educação. A chanceler Ângela Merkel esteve  presente para incentivar os jogadores da Alemanha, um país onde a educação é levada a sério, assim como a saúde e o emprego, o que garante conforto necessário para que as pessoas vivam bem, tenham dignidade. No Brasil foram gastos bilhões de reais na construção do Estádio Mané Garrincha, que vai se tornar um elefante branco após os jogos, enquanto a reforma da Biblioteca de que falei acima, não sai do papel, não há verba. Nos hospitais é a mesma tragédia. Donde se conclui que a surra de 7x1 dada pela Alemanha na seleção brasileira foi merecida, também por esse fato, o desprezo para com a educação no nosso país.  


                           
                                                            DEPOIS DA COPA


REZEMOS PELA PAZ NA SÍRIA!




RECORDAR É VIVER!







QUE ASSIM SEJA!



AMÉM! AMÉM!



PENSAR NO FUTURO, ESTUDAR!
   


 


A MAIS BELA IMAGEM DA COPA!


TER FÉ!
 

REFLETINDO SOBRE O QUE PASSOU!



TER MAIS FÉ!


RIR É O MELHOR REMÉDIO!




AGUARDAR A OLIMPÍADA DE 2016!





PARABÉNS PARA A IGREJA ANGLICANA PELA ORDENAÇÃO DE MULHERES!

Fantástico - Mulheres são vistas como propriedades dos homens no Líbano ...

segunda-feira, 14 de julho de 2014



                                   

                             ZELAR POR NOSSA CASA            




            A casa pode se transformar em vidro transparente ao cruel invasor, violência da qual todos nós podemos ser vítimas, hoje mais do que nunca, quando caem os muros. As invasões vindas inclusive pelos ares, o caso da televisão, e seus péssimos programas, que deseducam e pouco divertem, também da internet. Zelar por nossa casa, para evitar os abusos, se quisermos ter o mínimo de segurança e tranquilidade. À espreita pode estar algum intruso, que ninguém mais parece ser dono de si, tanto que se escancara a própria vida, o que exigem das pessoas. E ainda fazem uma lei que dá oportunidade a toda sorte de ingerência, o caso da Lei da Palmada, com a intenção de coibir a violência contra a criança, mas trata os pais como seus inimigos ao usar tal corretivo, raro nos tempos atuais, de tanta permissividade, por isso mesmo tão violento. As crianças têm todos os direitos, como pessoa, ninguém em sã consciência duvida disso, mas o que querem é tirar a autonomia, consequentemente a responsabilidade dos pais e educadores. Acontece ter sempre alguém com ciúme, inveja, pronto para jogar as crianças contra os pais, coisa que se estende aos professores, educadores, que não podem agir com firmeza, sem que firam a suscetibilidade dos alunos. Educar porque, num país que se preocupa com tudo, menos com a educação? 

            A revolta contra um corretivo a causar comoção geral, assim como qualquer outro, essa a verdade.  O caso da professora que foi processada pelos pais de um aluno, por ter tomado o celular que ele usava em sala de aula, sendo absolvida do “crime”, lógico. Foi abolido o uso da palmatória faz é tempo, sem precisar de lei, bastou o bom senso, assim como a palmada, pouco usada. Medidas coercitivas, da palmada e da palmatória, que não mais fazem parte do cotidiano das famílias, a primeira; das escolas, a segunda. Quem manda mesmo são os filhos, ou os alunos.  Pais e filhos, professores e alunos, a se desentenderem cada vez mais, pois ninguém sabe quem manda em casa, os pais acovardados diante dos filhos. Assim como os professores que têm dificuldade de controlar a sala de aula. A exibição de violência que tomou conta dos jovens, quando não mais existe a palmada, para controlar as crianças pequenas, nem mais se ensina os jovens com a palmatória. 
          
              A violência que merece repúdio, sempre, o espancamento, o abandono, pois violência gera violência, e para isso sempre houve a lei. Não o caso da palmada para coibir malfeitos dos filhos pequenos, expediente que de há muito ninguém tem mais vontade, ou coragem de usar.  Bem verdade que há pais omissos e brutais que, por isso mesmo, perdem a guarda dos filhos, e sempre vai existir casos, haja ou não a Lei da Palmada. Acontece o desinteresse dos pais, que são também capazes de tomar atitudes desleais, ao interferir em demasia na vida dos filhos (ou vice-versa). Medo da palmada, quando não há confiança, justamente naqueles que não cuidaram bem da relação pais e filhos, aluno e professor, primordial para a vida de cada um, em casa, na escola, na sociedade como um todo.  




   
                                              OS PAPAS NA COPA














domingo, 13 de julho de 2014




                             IMAGINA NAS OLIMPÍADAS!
         
         

         O Facebook constatou através de uma pesquisa o fato de que  postagens positivas, ou negativas, durante algum tempo, tornam-se sugestionáveis para quem as recebe e passa a agir de igual modo. Tudo é sugestão, inclusive, quando se quer atingir um alvo nas redes, ou fora dela, o que é no mínimo desagradável, quando não prejudicial ao convívio, a tudo o mais. A Copa, vista não sob a ótica técnica, mas política e eleitoral. Ia haver apagão, os transportes não mereciam confiança e as estradas péssimas. Tudo que está sento elogiado pelos nossos visitantes, que deram de goleada no nosso futebol e no nosso pessimismo.
        
       “Foi um sucesso, as previsões de catástrofe não se realizaram” declarou Maurício de Souza. Os  revoltosos na rua querendo atrapalhar o compromisso com a comunidade mundial, mas não conseguiram, os estrangeiros tomaram o país de assalto e os brasileiros só tiveram que acompanhá-los, deixando que fizessem a festa. Na realidade foi o lado europeu, os alemães em especial, acostumados aos campos de batalhas por eles perdidas e vencidas, que superou nosso derrotismo, alimentado pelas batalhas da vida, cotidianas, cruéis, às vezes desonrosas, como a do nosso atual futebol. A miscigenação que não tem nada a ver com isso. 
       
       O certo é que foi um sucesso a Copa Mundial de Futebol de 2014, como já havia acontecido na Jornada mundial da Juventude em 2013. A alegria, mesmo essa, veio de fora, e as coisas só andaram bem em ambos os eventos porque havia compromisso do próprio estrangeiro para com os mundiais da Copa e da JMJ. No evento religioso levantaram-se vozes contra qualquer auxílio do governo. O futebol nacional recebeu a melhor dos investimentos, com estádios espetaculares. Mas foi o grande perdedor, nossos jogadores, sem a mínima condição de competir com as seleções estrangeiras, pouco fizeram em campo para merecerem o título.  Logo na abertura da Copa vaiaram a residente Dilma e, por tabela, todos os atletas se sentiram vaiados. Daí foi o fracasso que se viu até o 7x1 dos alemães sobre os brasileiros que, àquela altura, já tinham entregue os pontos. Três dias depois a Holanda vencia o Brasil de 3x0. Ficamos em quarto lugar na competição, e já foi uma grande coisa. 

      Imagina nas Olimpíadas! Vai acontecer o que aconteceu na Copa, preparamos o senário, gastamos o que se tem e não tem, para ver os estrangeiros arrebanharem quase todos as medalhas de ouro e prata, enquanto nós ficamos com um ou outra de ouro e de prata, e algumas de bronze. Estamos longe de poder competir de igual para igual com nações que se empenham em educar sua população. O país é imenso e rico, encanta os visitantes, mas ficamos para trás, não só do futebol, em tudo. Criticamos a Argentina, que está na final com a Alemanha pelo título mundial de futebol de 2014. Mas quantos prêmios Nobel  já ganhamos, enquanto a nação vizinha ganhou cinco?   

        

sexta-feira, 11 de julho de 2014



                                 

                                              CONFLITO SEM FIM

                       


                 Triste o que acontece entre judeus e palestinos, a violência que outra vez se instala na região, após o massacre de quatro adolescentes há algumas semanas, cruéis provocações que acendem a revolta numa região em eterno conflito. O processo de paz naufraga logo que se iniciam as negociações, os dois lados a se enfrentam com foguetes que cortam o céu, matando civil. Os extremistas do Hamas que controlam a Faixa de Gaza certamente os culpados pelo sequestro e morte dos três israelenses, quase crianças, provocando a represália com o massacre de um jovem palestino de 16 anos, queimado vivo. A coisa é complicada, pois há extremistas de ambos os lados, os israelenses com uma associação que inquieta, a Tag Mehir, (“preço a pagar”), que se dedica ao vandalismo e seria o responsável pela morte do palestino.
                   
                O fanatismo, a irracionalidade, o ódio de ambos os lados, segundo o analista Gilles Lapouge, correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, que aponta o horror de volta à região, por conta dos “extremistas judeus e dos insanos palestino”. O analista da situação na Cisjordânia lembra que em 1995 o então primeiro ministro israelense, Yitzhak Rabin, foi assassinado por Ygal Amir contra o acordo de Oslo. Em 1994, palestinos foram mortos  na Tumba dos Patriarcas em Hebron, por Baruch Goldstein, extremista israelense. O partido Otzmal Yisrael tem influência das ideias revolucionárias de um americano-israelense, Mei Kahane, assassinado em 1990, que insistia em que todos os palestinos fossem banidos da região. O extremismo que se vê na voz de alguns rabinos, e acende a chama do ódio dos espíritos fracos, ou violentos, tornando-se difícil a paz na região, para não dizer impossível. Alguns jovens glorificam a voz dos adultos extremistas, que estão vivos ou morreram deixando a semente do mal no coração da juventude.

         
                 Contra o grupo radical Hamas, que lançou foguetes sobre Tel-Aviv,  acaba de ser iniciada a operação “Limite Protetor”, convocando 40 mil reservistas, para que de forma gradual possam atuar no caso da invasão da Faixa de Gaza por terra. Mais de 300 foguetes já foram lançados contra o sul de Israel. Bombardeios israelenses já deixaram mais de 25 palestinos mortos, entre militares e civis, inclusive, cinco crianças. O ministro da defesa de Israel, Michael Holmes, em entrevista para a TV americana CNN declarou que uma operação por terra em Gaza “pode ser necessária”. Após o bombardeio contra Israel, o porta-voz do grupo radical Sam Abu-Zuhri comunicou que “todos os israelenses são alvos legítimos da resistência palestina”. O secretário-geral da Liga Árabe, entidade com 22 países, pediu uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A Casa Branca condenou os ataques com foguetes contra o território israelense pelas organizações terroristas que atuam em Gaza e diz que apoia Israel em se defender, inclusive, já montou uma defesa contra foguetes no território israelense. Seria bom que fizesse do outro lado para equilibrar as coisas.

quarta-feira, 9 de julho de 2014




REPITO, NINGUÉM IMAGINAVA...
                




                 Não, ninguém podia jamais imaginar derrota tão acachapante da seleção brasileira para a Alemanha, o que aconteceu no espetacular estádio Mineirão, por 7x1. Um gol para cada estádio superfaturado, o povo que agora  tem mais razão ainda para reclamação do tanto de dinheiro gasto, quando tinham outras prioridades. Erguemos sete super estádios para exibir nossas fraquezas e a superioridade dos estrangeiros. O país endividado e decepcionado com o futebol tetracampeão, que fez feio, muito feio, um papelão, típico dos canastrões, que a crítica não perdoa, nem o público. Aliás, sentimentos não faltaram, principalmente de revolta. O público do futebol tentava se iludir com esses meninos, que desde o início da Copa, choravam e se abraçavam desavergonhadamente, como a pedir socorro uns aos outros, justamente quando deviam ter controle da situação. Perdidos diante da seleção alemã, que veio preparada para o embate, com jogadores que vivem em um país onde a saúde e educação são prioridades, onde há trabalho e estudo, por tudo isso os alemães gozam de elevado padrão de vida, e podem sentir orgulho da sua presidente, que compareceu aos jogos para aplaudir a seleção, tranquila desde que aqui chegou, ergueu uma espécie de resort em frente à praia, instalaram-se com suas famílias, onde treinam e se divertem. Exemplares o comportamento dos alemães dentro e fora dos campos, que vieram para jogar e ganhar, isso com a maior elegância, quando então derrotaram a seleção dos seus anfitriões. Nossos adversários encantados com o povo brasileiro, alegre e hospitaleiro, não se cansam de elogiar.

             
              Os jogadores da nossa seleção prantearam a derrota antes do tempo, conscientes da falta de preparo técnico e em descontrole psicológico. Infelizmente temos a dizer que nunca uma vitória foi tão merecida como a dos alemães, assim como nossa derrota. Uma Copa do Mundo inesquecível, dentro e fora dos campos. Vivemos um momento excepcional apesar dos pesares. Não basta sofrer esse momento de dor, nem ser feliz com as vitórias passageiras, sem entender o que acontece. Como somos um povo de vocação para o alternativo, todo cuidado é pouco, sempre “dá um branco” quando a coisa pede mais profissionalismo, ou decisão firme, e as eleições estão à frente. Quando podemos continuar na mesma, ou em pior condição de insegurança financeira e institucional, inclusive, com dívidas a pagar pela extravagância de fazer uma Copa, enquanto países mais ricos desistiram. Mas o palco foi montado e o povo torceu e cantou feliz com as vitórias  de pouca monta, sem saber que estávamos à beira do abismo,  a derrota de 7x1 na semifinal. Foi melhor assim, e  que se saiba desde já o que vem por aí, um governo reeleito, que gasta mal, opta pelas más companhias, etc, etc. Dilma em 2014 e Lula de volta em 2018. A sorte que nos acompanhe, e continuemos felizes, até o próximo choque de realidade, quando, então, pode ser tarde demais. Um simples consolo o que disse o craque alemão Lukas Podolski, em postagem na internet: “Respeito a AMARELINHA, o mundo do futebol deve muito ao futebol do Brasil que sempre será o país do futebol”. 


                   

                 




terça-feira, 8 de julho de 2014



                                             "MEU CORAÇÃO DE CARNE E SANGUE"
            

               



        Todos nós temos alguma coisa, ou várias, que deveríamos ter feito na vida e não fizemos. Uma, em especial, me deixa triste, não ter dado condições à minha avó voltar para sua casa na Rua das Hortas. A filha mais velha, minha mãe, casara muito cedo e morava no interior, o que fez com que a certa altura eu fosse morar com essa avó, junto com meu irmão mais velho. Íamos em busca de melhor estudo na capital, e como não lembrar da alegria que tive ao encontrar tantas coleguinhas do jardim de infância no Grupo Escolar Alberto Pinheiro?  Do curso primário até o segundo grau fiz no Colégio Santa Teresa, onde recebi a melhor formação que alguém possa ter, minha eterna gratidão. Foram anos tranquilos, com pais substitutos, meus tios antes de se casarem, e nem senti o tempo passar, tanta coisa que acontecia, o caso da Segunda Guerra, presente em nossas vidas, embora não diretamente, mas junto com a Grande Guerra de 1914, mudaria radical e definitivamente a face da civilização. Do primeiro conflito surgiu o comunismo para infernizar o capitalismo norte-americano, URSS e EUA, as duas grandes potências do século XX, inimigas, cercados de anarquistas e outros bichos.
               
              O período que antecedeu às duas guerras mundiais era de progresso nunca visto e de paz, o que as pessoas pensavam duraria para sempre, e de repente tudo mudou. Havia o interesse de cada nação, e quanto eles são conflitantes, nem sempre entra em jogo a conversa, a diplomacia, boa vontade,  ao término das contendas tudo está bem diferente, para o bem e para o mal. Nas famílias, acontece quase o mesmo, o orgulho, o egoísmo, mesmo guerra declarada. Os filhos se tornam adultos e vão ter sua própria vida, defender seus interesses. Todos partem e os pais se veem só, às vezes sem recursos. Minha avó perdeu parte de suas rendas e teve que viver longe de sua casa, que ficou abandonada até ser vendida pelos herdeiros. Teria pensado em retornar? Como disse, tenho mágoa de mim mesma, por não ter feito algo para que minha avó permanecesse na casa, que herdara dos pais, para onde se mudou assim que ficou viúva, uma casa menor que a anterior, onde ela mantinha o seu jardim sempre florido. Uma pessoa dedicada às coisas do lar, caprichosa em tudo que fazia, inclusive, na educação dos netos, que bateram um dia à sua porta. A gente pensa que não pode fazer nada, mas pode, sim, o que vai depender de que se faça o que deve ser feito.
               
            Uma reflexão que faço há algum tempo, e agora me reforça o sentimento ao assistir no Telecine o filme de ontem à noite, “Volta Para Casa”. A protagonista aceita uma oferta de emprego na cidade grande, deixando para trás pessoas que resistem em se mudar, a mãe dona de um pequeno negócio, e o noivo construindo uma pousada para turistas. Pouco tempo depois, em visita à cidade, um acidente e perde a memória, o que faz com repense a vida que leva longe do seu lugar de origem, e acaba por lhe dar oportunidade de solucionar o problema da cidade, juntamente com o da sua família, que iam perder a tranquilidade e o meio de vida para a expansão imobiliária, justamente da firma onde é grande executiva. Entende que o sucesso não significa relegar o passado, a consciência que se deve ter quanto ao progresso, às vezes, duvidosos, mas que pode dar melhores condições na solução dos problemas, sem destruir o que existe, principalmente em se tratando da verdadeira felicidade, que é a família. Acontece também no filme, “Um Homem de Família”, com Nicolas Cage, onde um certo dia um alto executivo retorna em sonho para refazer o passado, quando então se vê já casado e feliz na cidade pequena, de onde partira  para uma vida solitária, esquecido do real sentido da vida.  

     

segunda-feira, 7 de julho de 2014



                 

             A BLOGUEIRA E O ESCRITOR EM PORTUGAL

                                          ABRIL DE 2014

Fernanda Montenegro recitando Simone Beauvoir - Globo News




                          NINGUÉM IMAGINAVA...





            O que aconteceu infelizmente deixou a seleção em choque, aliás em choque ela já vinha, bem antes, a tendência que tem o brasileiro de ser alternativo. É um complexo que existe, e a presidente Dilma diz que é complexo de vira-lata. Acho que é complexo de alternativo. O caso da seleção brasileira de futebol, constituída de jovens talentos, que atuam fora do país a peso de ouro, tratados aqui, não como profissionais, mas como bons moços. Alardeado pela TV o passado dos jogadores, que superaram as adversidades, venceram, são bons para os familiares, etc, etc. O que tem mérito, não a intenção de que sejam dignos de piedade. Na convocação de Luís Felipe Scolari parecia que tinha pesado menos a qualidade do futebol desses profissionais, mesmo sabendo que iam para uma competição com estrangeiros, alguns decididos, inclusive, a derrubar os adversários, o que fizeram covardemente com os brasileiros e a conivência do juiz. Já era de se prever a tragédia quando a seleção de Felipão,  em prantos convulsos, cantaram o hino nacional, não com devoção, mas comoção. Aliás os hinos merecem, sim, choro e vela, do tanto que falam de inimigos para esmagar,  que todos estejam prontos para morrer e não se tema a própria morte. A Fifa fez por bem diminuir o tempo a eles dedicados, só um pedaço bastou. O inglês fez breve homenagem à rainha.
             
           Parece que começou no hino a tragédia do nosso craque Neymar, que sofreu falta violenta, covarde, ele  que parecia levar a seleção canarinho nas costas. Canarinhos contra os leões holandeses? Isso se chegarmos à final, vamos ver se chegamos lá. Mas continuando com as tragédias, logo na abertura da Copa, Brasil e Croácia, houve o gol contra do lateral Marcelo, que havia chegado por último na granja Comary, vindo de vitórias lá fora, mas fez aquele papelão diante do seu país e do mundo que assistia em peso o jogo na Arena Itaquerão, em São Paulo. Outro dos nossos craques, o capitão do time,  Thiago Silva,  tirou a bola dos pés do goleiro adversário em arremesso, foi suspenso, depois não teve coragem de bater um penalt e sentou na grama para chorar.  Coisas que não deviam acontecer, mas aconteceram, e a pior de todas,  Neymar fora da Copa, o que ninguém imaginou, nem Felipão, que não pensou numa possível substituição. Principalmente ninguém imaginou a falta de maturidade da família Scolari, que apesar das aparências não é tão jovem assim, quando a média é de 28 anos enquanto a seleção de 1970 era de 24 anos.
         
         Os jogadores brasileiros agora que chegaram às semifinais devem estar cientes de que pela frente podem ter a Holanda de Robben que eliminou a Espanha e quem mais esteve à sua frente, também do bonitão Van Persie, candidato ao mais bonito da Copa, e nem por isso deixa de jogar, como é seu dever, como fez Thiago Silva.  Se  vamos  enfrentar a Alemanha de Miller, todo empenho é pouco. Ou será a Argentina de Messie, outro jogador que não vem fazendo o esperado, coisas da vida e dos esportes. O certo é que quem vai ganhar a Copa estiver melhor, inclusive, psicologicamente. O astral de cada um e da equipe toda, que deve estar alto. Quanta saudade de 1970, quanto tínhamos uma seleção também de jovens, vistos como combatentes nos campos de futebol, e não com meninos saídos da pobreza para a glória. E a glória veio para aquela seleção de alegres canarinhos, de inigualável futebol. A vitória que poderá vir, mas sem o mesmo brilho anterior. Falta raça e sobra violência e auto complacência. Só resta esperar que os craques brasileiros tenham aprendido a lição, engulam o choro, e voltem a jogar com honestidade e disposição de vencer, ou perder, com dignidade.


sábado, 5 de julho de 2014



                                          MULHERZINHAS








  Ter treze anos não é o mesmo que ter onze, doze, a vida ainda uma quase miragem. Aos treze começam a se manifestar as aspirações, o amor chegando ao coração. Deusdete de olho em Leila desde o domingo no cinema. O amigo Vicente dedicando-se com afinco aos estudos, lendo em inglês e francês, o que muito me impressionava. Mas longe ainda os namoros de verdade.  Da rua vinha aquele cheiro de chão molhado, tardes de chuva, quando então eu ficava a cismar olhando a água cair das telhas. Lia e relia Louise May Allcott, autora preferida da minha juventude, após o encantamento da infância com Monteiro Lobato ora me identificando com a boneca de pano Emília, ora com  Narizinho. Da autora americana meu avô trouxe de Portugal os dois primorosos volumes de capa vermelha, para minha mãe  se habituar a ler, o que ela me disse ao me passar o presente: As Quatro Raparigas e Alguns Anos Depois, atualmente conhecidos como Mulherzinhas.
Encantadora história das quatro jovens em seus anseios: Jô, a menina intelectualmente  talentosa, quer ser um menino, por conta do desprezo ao talento feminino na época, e  se torna escritora premiada; a doce Guida, desde cedo com o dom de ensinar, até se casar com um homem de caráter, por ela mesma escolhido para fazê-la esposa e mãe, ideal abraçado de coração; May, uma criança voluntariosa, com sua ambição de ser artista, mas que se transforma numa adorável mulher, se casa com o amigo de infância, Lourenço, capaz de lhe satisfazer a ambição, menos  de sucesso artístico, por lhe faltar talento, o que ela tinha de sobra para brilhar em sociedade. No meio da narrativa a fatalidade da morte prematura de Beth, o anjo da família, quando então chega ao fim, silenciosamente, a inocência, representada por essa irmã, contraponto ao desejo de realização pessoal e liberdade das outras. Mostra a dor com a morte desse belo sentimento feminino de devoção e caridade presentes na irmã Beth em confronto com suas irmãs que seguem lépidas e fagueiras, desejosas de progredirem. Uma heroína cristã e católica (a decantada pobreza de espírito). E quem mais admira Beth é a irmã Jô – o seu oposto – espírito inquieto, que recusa Lourenço, um par perfeito, não para ela,   que se casa mais tarde com o professor alemão Baher, filho do prático e resoluto país do protestantismo, ou do ideal racionalista.
Na história das irmãs March, parte autobiográfico, o sofrimento vem seguido da superação, diferente do que acontecia de verdade com a autora, oprimida pela insegurança, num mundo complexo para a mulher. A personagem Josefina devotada à criação literária, à imaginação, numa família altruísta, o pai de Louise seguidor de uma filosofia de vida numa comunidade utopista, onde se compartilhava até as esposas, mas era incapaz de dar a mínima segurança à família. As coisas colocadas no livro como deveriam ser e não como eram de verdade, e teria sido a autora abusada por um membro da família onde ela se hospedou em Nova York, quando ao contrário do que acontece no livro ela encontra ali sua alma gêmea. Há o episódio em que as quatro irmãs montam uma farta mesa de Natal para se deliciarem, mas resolvem dá-la aos vizinhos pobres, por sinal, alemãs. A prática filosófico-religiosa do altruísmo, para fortalecer o caráter, o que no pitagorismo constituía em montar uma mesa de iguarias para em seguida distribuí-las aos necessitados. No século XIX, John Stuart Mill, economista inglês, afirma que, na hora da decisão do que deve ser feito, o altruísmo era tão importante quanto o próprio interesse. O famoso utilitarista via prazer qualitativo na ajuda às pessoas, sendo um defensor da emancipação da mulher, por um ideal de direito para todos, não o altruísmo que significa vida de segregação social, mas ter o que compartilhar através do trabalho, da vida honesta.
 Nota: O livro de Louise May Alcott teve três versões cinematográficas em 1933, 1949 e 1994. Nos papéis de Josefina March representaram,  respectivamente, Katherine Hapburn, June Allyson e Winona Ryder