quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015






                                CORAGEM X MEDO

 


       “Coragem é a aceitação corajosa da vida.” Quem disse isso foi Erich Fromm, filósofo e humanista alemão. Difícil é a gente se igualar em coragem com pessoas que enfrentam as maiores dificuldade na vida. Acontece que cada um tem a coragem que precisa, ou merece, e se somos pouco corajosos, ou covardes, na maioria das vezes fomos poupados de enfrentar grandes perigos. Não aprendemos a nos defender do mal e podemos cair em armadilhas por confiar demais. Também não é para sair por aí com medo, desconfiando de todo mundo.

      Existe perigo a começar por se estar vivo, e necessitamos, em princípio, de coragem para viver. Ser corajoso pode significar reconhecer um fracasso para nos tornarmos mais preparados e competentes no que se faz. E não ter ressentimento nem medo, sentimentos que nos tornam covardes, a ponto de tudo aceitar, sem questionar o mal que possa advir dessa ilusão de felicidade que a política brasileira, que tudo promete, sem ter condição de cumprir, descompromissada com a inteligência.   

      O corajoso deve, em princípio, reconhecer seus erros e saber também que há sabotadores, e estar preparado para enfrentá-los, assim como os narcisistas invejosos e vingativos, inclusive os psicopatas. Como diz Arnaldo Jabor os boçais se gabam da sua “boa consciência”. Ao contrário, é a má consciência, morada dos deuses de plantão que governam as nações latino-americanas como se fossem seus donos. Limitam a liberdade, incentivam o controle de uns sobre os outros, que sabemos de onde vêm tais táticas. Os que se deixam envolver pelo comunismo e o fascismo  ignoram os males que eles causam, talvez por serem tão moços.

      A ignorância e maldade de certa esquerda equivocada supera em muito o que ela possa conter de justiça social. E a direita que é direita, mas no sentido de ser correta, equilibrada. A verdade que devemos resgatar desse mar de lama em que a sociedade brasileira mergulhou. Enquanto isso os extremistas, tanto da esquerda quanto da direita, querem tomar conta do mundo, que parece ter perdido a consciência. O instinto da maldade recrudesce, em oposição à bondade, que míngua. Resta-nos reagir, reverter a situação, que a faca dos radicais está afiada, e já podemos sentir o frio dela em nossos pescoços. Temos que agir com urgência, os que acreditam no bem, verdadeiro e justo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Retrato - Poema declamado por Cecília Meireles






                   PARAR DE PENSAR

 





 Em certas ocasiões, um desejo me ocorre: parar de pensar.  Acontece quando algum pensamento desagradável teima em não sair da cabeça. Uma coisa puxa outra e já estou numa conflagração de ideias. O pensamento que vai e volta, numa obsessão. Coisa que pega de jeito, como aquele gripe que deixa o corpo incapaz de fazer qualquer coisa a não ser pensar. Se é um texto que quero escrever tudo bem, pensar para produzir é bom. Geralmente quem escreve tende a pensar demais, analisar tudo muito bem, também imaginar situações, criar. Acabo de sofrer um desses rasgos de criatividade nada agradáveis. Costumo nessas ocasiões ficar no ponto morto, mas dessa vez quis extravasar para o confronto. Dei-me mal, a coisa não era o que parecia e acabei aborrecida e provocando aborrecimento a outrem, sem necessidade. O copo d`água teria transbordado?   

Com a facilidade de comunicação a coisa piorou, é xingamento pra cá, desaforo pra lá, que todo mundo alimenta no íntimo uma guerra particular, seja por qual motivo for. Mágoas todos nós temos, o que ninguém deve é alimentá-las. Haja coração, ou cabeça, que ninguém é de ferro. E como somos castigados pelas decepções, que quase nos tornam santos, senão doidos.  Doido de pedra, pois ainda tem quem jogue em cima da gente toda sorte de coisas, principalmente se houver oportunidade para que façam isso. Podemos ser danados de bons e tem quem ache pouco, discordem da nossa bondade. Querem mais, muito mais. É o que penso.

Pensando mais, cheguei à conclusão que toda mulher é meio, ou totalmente doida, faz parte de sua natureza. Era mais doida, de tanto amar. Ou piorou a doidice? Mas também, convenhamos, qual homem sente o que a mulher sente, essa necessidade de amar e ser amada? Sendo assim a necessidade primordial da mulher é, ou era, encontrar um homem que caia na sua sedução, e juntos realizem o sonho feminino de felicidade que é ter uma família e filhos. E quase sempre o que eles querem mesmo é  sexo, nem todos, lógico, tem até homens mais afeitos ao lar que suas mulheres.
Coisa do passado a mulher 24 horas dentro do lar, ela virou quase um homem, e não quer mais ter marido e filhos. Quer ser dona do pedaço sozinha. O homem, nem se fala. Mas o vazio que ambos os sexos sentem hoje, e a necessidade de um acordo para realização de seus eternos anseios de felicidade juntos, ajustadas as diferenças, como devem ser. Juntos, mas nem tão misturados, cada um livre para ser uma pessoa de pensamento e verdade. Se estamos numa encruzilhada vamos sair dela, a natureza fala mais alto.  

  


domingo, 22 de fevereiro de 2015

 
 
 
ANTIGA S. LUÍS QUE ACABO DE VISITAR
 
 
 

















            SEGREDOS

 




              Segredos são segredos, doces ou amargos, nosso íntimo, amplo ou estreito, como uma moradia povoado de afetos, com coisas que podem revelar quem somos de verdade. Fatos e feitos que acumulamos na vida, frutos da nossos hábitos e também da nossa possível esquizofrenia, que os psiquiatras dizem que temos de pôr para fora. Às vezes é bom, sim, analisar, desabafar, esclarecer certas dúvidas. Noutras calar, esquecer no porão o que já não nos toca mais, não interessa, é melhor deixar pra lá. E expor nossas ideias, nossos questionamentos,  pode ser como se equilibrar num abismo.

             Aos sete anos escutei pela primeira vez falar nos segredos de Fátima, revelados à Lúcia, Francisco e Jacinta em um encontro que essas crianças portuguesas tiveram com Nossa Senhora, em 1917.  A Europa em guerra, e os católicos recebiam mensagens consoladoras vindas do alto, metáforas para serem decifradas. A Igreja católica dava sua sábia versão. A “visão do inferno” seria daquela guerra, que logo findaria, mas viria uma outra. Imagino o medo dessas crianças diante da catástrofe da guerra e do ateísmo dos comunistas, até que os soviéticos se convertessem, promessa da Mãe divina. Francisco e Jacinto logo faleceram, como previsto nas visões, e passaram a ser venerados como santos pelos católicos. Finda as duas conflagrações mundiais, consolidada a paz e a fé em Nossa Senhora de Fátima, tivemos no Brasil a visita da imagem sagrada vinda de Portugal. Foi um momento extraordinário de fé. 

       Segredos, doces segredos, guardados no íntimo do ser, eles têm muito a ver com nossa vida espiritual. Muita gente hoje em dia perdeu a fé, coisa rara no passado não acreditar em Deus. Perde-se, todavia, o contato com o divino, a chave da vida, isso devido às solicitações matérias que sufoca o homem, e o concomitante despreparo para se viver em um mundo contemporâneo, tão conturbado, e mais ainda no outro, o mundo espiritual. Acreditar no amor, na bondade, no trabalho honesto pode salvar-nos da carência material e afetiva. Mas vou além, acredito em Nossa Senhora e no seu Filho bem amado, possuidores dos mistérios da vida, que nos pode conduz a uma vida mais rica.

sábado, 21 de fevereiro de 2015





                          
                      SIMPLESMENTE O BEM 
 
 
 



            Ser feliz não é tão difícil, mesmo que a vida às vezes se apresente como um bicho de sete cabeças a enfrentar. Importa mais que tudo o discernimento para fazer a coisa certa, como um bolo, cujo resultado depende da atenção na escolha dos ingredientes e de tudo o mais necessário para ter diante de si um bom produto para saborear. Pode ser duro o caminho a percorrer, e requerer esforço  para realizar esse ou aquele sonho, vale a pena. Um plano se bem traçado e se a escolha do projeto for cuidadoso não há o que temer, levando-se em conta as boas surpresas e também as adversidades no meio do caminho. Estar preparado para o sucesso, mas aceitar o fracasso, nada em definitivo até o último suspiro.

O imprevisto que acontece para nos favorecer é a sorte. Mas se o glacê desandar, azar nosso. Desatar os nós que damos em nossa vida por burrice não é fácil, melhor agir com lisura, sem complicações desnecessárias. Afastar as coisas ruins, e atrair as boas. Lógico que temos mais resistência à dor quando provocada por nossa própria escolha, um triste consolo. Mesmo errando, pois aprendemos com o erro, é melhor escutar a voz do coração, sempre!  A verdade é boa estratégia para a harmonia e felicidade na vida. Dar crédito a si mesmo, em vez de creditar na conta dos outros nosso sonho de felicidade.

      Cuidar-se bem, cultivar o sentimento de fé, de amor, de solidariedade, dons que libertam a alma da prisão dos afetos - subterrâneos afetos - que podem evoluir para um sentimento dominante, que escraviza a alma, e rouba a capacidade de sermos fiéis a nós mesmos. E nos faz trair a quem deposita em nós confiança, traição nunca esquecida, mesmo que perdoada. O bom pastor conduz suas ovelhas com amor que não significa sexo. E ninguém quer ser vítima das experiências conscientes ou inconscientes de quem quer que seja. Perniciosas sugestões emotivas, a igreja católica de há muito as proibiu, pelo mal que podem causar ao praticante e quem mais possa ser vítima dessas práticas abusivas.  

     

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015







         
     FIM DOS TEMPOS OU DAS ILUSÕES

 
                                                 Fim do carnaval 2015

      Nada como o carnaval para nos fazer refletir sobre a loucura da vida. Enquanto uns sambam outros sofrem as dores de um mundo convulsionado por guerras e toda sorte de desentendimentos e misérias. Festejamos a folia de Momo mesmo inseguros, que ninguém está seguro nesse mundo, a bandidagem no Rio, como sempre, a fazer vítimas, tendo um turista alemão recebido, em vez de confete e serpentina, duas facada no abdome por não entregar sua máquina  fotográfica ao bandido.

         A realidade da vida é osso duro de roer, com ou sem carnaval. Problemas e mais problemas para resolver, além dos insolúveis. Aqui e ali sempre uma catástrofe ameaça o mundo, e a cada um de nós em particular, o caso do câncer. Mas é bom viver, apesar dos pesares, e já que estamos aqui, a nossa revelia, ou escolha (para quem acredita em reencarnação).

        De uns tempos para cá o ideal é o conforto, esse motor que faz girar a engrenagem do mundo moderno, quando se passou a acreditar que se pode viver melhor o dia a dia, consumindo coisas e loisas. E mesmo com todo o avanço científico e tecnológico, há um imenso desgaste das ilusões, em especial para as mulheres, que abandonaram a religião e a maternidade para seguirem uma vida secular e profissional pouco satisfatória, quando  excludente.

       Cada tempo tem sua virtude, hoje é estar bem informado, ter emprego e cuidar da saúde, e por aí vai, coisas que nos colocam num patamar elevado de progresso físico e material. Nossa humanidade ajustada, todavia, a um modelo narcisista e individualista, que nos coloca quase num beco sem saída, o que seria prenúncio de um fim nada honroso para nossa civilização.

       Quem dera houvessem mais dessas famílias especiais, quase sumidas da sociedade, hoje constituída de falsos profetas, de predadores. Raras as famílias exemplares no convívio com as demais pessoas, beneficiadas com o que há de melhor, tanto no campo profissional, quanto espiritual. Um privilégio, que o poder dominante da ignorância não dá mais valor. Se o mundo  desmoronar de vez, o jeito é recomeçar a jornada fumando cachimbo e tocando tambor, primitivas expressões culturais...             

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015





    OS TONS CINZAS DO RESSENTIMENTO
    Reflexão para quarta-feira de cinza
 





         Por incrível que pareça, mas é verdade, vivemos ressentidos, e geralmente temos motivo para isso.  Acontece, todavia, certas pessoas terem uma contabilidade afetiva feita de forma a creditar na conta dos outros suas expectativas. Multiplicam as cobranças, enquanto diminuem suas ofertas.  Pessoas há que possuem aquela eterne sensação de que perderam algo para alguém, sempre insatisfeitas. Almejam o suprassumo da felicidade, mesmo já tendo alcançado um patamar de satisfação para qualquer ser normal. Mas parece que na pós-modernidade não há satisfação possível, e que o inferno é o limite. E o sentimento que nos aflige é de pertencer a uma civilização prestes a desaparecer, em que a perseguição aos cristãos dá o tom mais escuro da catástrofe iminente.

         Existe ainda tanta coisa a fazer no nosso mundo superpovoado, carente, onde a fome e a ignorância são um flagelo em muitos rincões do planeta, de que toda a humanidade se ressente.  No que diz respeito ao crescimento demográfico a coisa se reverteu, não dependemos mais da sobrevivência da espécie, há excedente, a tal ponto que o papa Francisco aconselhar os próprios católicos a reduzirem o número de filhos a limites razoáveis. Entendamos melhor as palavras do chefe da igreja católica, quando ele alerta que o homem não tenha como missão apenas fecundar a mulher e trabalhar para sustentar a prole. Nem a mulher deve viver em função da fecundação. Serem os cristãos especialmente fecundos nos bens ofertados ao mundo, que vão além da procriação.

          Que homens e mulheres se disponham a doar seu tempo ao próximo, por exemplo, cuidar dos que mais necessitam de atenção, de amparo. E nada melhor que a infância e a velhice amparadas, e nenhuma civilização pode ser digna desse nome enquanto houver velhos e crianças abandonadas. Tem que haver compromisso de quem recebe toda sorte de benefícios. Os pais, e quem mais for, não se obriguem a satisfazer os capricho de uma geração, parte dela, acostumada a ter o que quer nas mãos.  Estejamos todos compromissados, sim, com o bem, para transmitir esse sentimento aos filhos, pois do bem cultivado vai depender o equilíbrio pessoal, também do mundo. A pessoa humana não é esse ser ressentido, ou sádico, que prenuncia o fim dos tempos, visto em escândalos na mídia, ou no livro best-seller “Cinquenta Tons de Cinza”, com um filme baseado na obra,  figuras midiáticas que não nos representam.


   

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015



 



                    
                                                    FÉRIAS!!!!!!!!
  

          
S. Luís-Ma
 

sábado, 7 de fevereiro de 2015






                                                              
 
                                              ALARGAR OS HORIZONTES
 
                                                          
                Desde criança ouço falar que devemos alargar nossos horizontes, em outras palavras, conhecer o mundo em que se vive, ver de perto a vida para compreender a si mesmo e sentir as diferenças. No jargão popular sair do “cafofo”, deixar o “moquifo”. Diz uma canção conhecida: “Vou andar por aí, procurar por aí, pra ver se encontro a paz que eu perdi.” Neste caso específico alguém perdeu a paz, e pensa encontrá-la em algum lugar. Quando as experiências não são boas e as relações estão deterioradas, ir em busca de novos ares ou ficar para consertar as coisas. Mundo, mundo, vasto mundo, se eu me tornar um “viramundo”? Não seria uma solução, mas outro problema. Necessário que haja noção de quem se é de verdade, o que se quer da vida e ter confiança. Eu sou, eu sei. Sei quem sou, e o mundo me espera fora para eu aprender mais e também dar a minha contribuição.  

      Manter o equilíbrio onde quer que se esteja requer que se tenha um estilo de vida compatível com nossa condição de criaturas de Deus, ou seja, do bem e responsável. Nosso  mundo contemporâneo de consumismo compulsivo, inclusive de crenças relacionadas ao narcisismo. Enquanto isso a sociedade se ressente da infertilidade humana, não apenas quanto à procriação, mas ao que diz respeito ao feminino no sentido de profundidade, do que também se ressente o masculino.  Todos nós, que nos ressentimos da cruel realidade de conviver com o que existe de pior, conquanto o melhor existe e dele devemos nos beneficiar. Aprendendo a tirar proveito do que  nos faz bem e desprezar o que causa males.


          A má-fé impregnada na política e em toda a vida pública, o que causa desesperança quanto à civilização.  Surgem daí os “novos puros” cheios de ideias para mudar o mundo, ou sem ideia alguma de como levar adiante a vida contemporânea, pleno de mazelas na pós-moderno. Pensam alguns em recorrer a nossos ancestrais pré-históricos, para aprender com os primitivos habitantes do mundo suas técnicas naturais, sua ética. Ledo engano, quando saímos das cavernas nos deparamos com as feras, aprendendo com elas a sermos violentos, até nos encontramos com um mundo de infinitas possibilidade de redenção, para nos tornarmos melhores. Aprender a domar a fera que existe fora de nós e em nós mesmos, quando então podemos encontrar o caminho da paz. Ou então nos perderemos de vez nessa selva em que o mundo se transformou.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015





       VERSO E PROSA NA INTERNET





      

         A internet surgiu no nosso país ainda sob o regime militar, quando então era mal vista pela censura que controlava até os pensamentos das pessoas. Que maravilha, num simples toque na tecla do computador termos a informação que se quer! Também a comunicação pessoal facilitada, até demais, através das redes sociais. Todo mundo querendo se comunicar com todo mundo, num febre de comunicação que pode se revelar conflituosa.  Alguns internautas preocupados em serem reconhecidos pelo público como belos e bons, ou ao contrário, feios e maus, conforme se expõem. O otimismo que vem acompanhado de um moralismo deslavado, o que não seria tão ruim, se não houvesse os exageros, a vulgarização da mensagem, a ponto de irritar os mais aficionados em postar coisas e loisas.
          Fernando Pessoa e Clarice Lispector são os preferidos para transmitirem mensagem de amor e de paz, afinal são os mestres do disfarce, como eles próprios se declararam em verso e prosa, citados na internet pelos bonzinhos de plantão, dando a entender que os outros não prestam. Podem, inclusive, causar aborrecimento pela má interpretação da mensagem dita na hora errada, em lugar errado, para a pessoa errada. Teríamos chegado não ao Nirvana, mas ao inferno da comunicação, pois tem ainda os que se fazem de justiceiros. Uma moçada sem noção que descarrega pela internet sua adrenalina. A maldade não é para amadores, mas coisa de profissionais treinados pelo Al-Qaeda, para onde alguns rebeldes das redes sociais querem ir, ao que parece. Gente boa existe, sim, mas fica difícil detectar a bondade entre tanta falsidade. O bom vira mau, e o mau vira bom, coisa da comunicação via internet. As redes sociais são mestras em fazer confusão.    

 


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015


 
 
 
                   
  
                    NÃO PERCA O EQUILÍBRIO

         



          O ser humano nasce com total dependência dos cuidados de outras pessoas, quase sempre os pais, até o desenvolvimento que o capacitará a se virar sozinho.  Os cuidados com as crianças, que eu prefiro chamar de interferências. Não interferir demais, não agredir, nem uma simples palmadinha. Também a superproteção pode ser incapacitante, até para toda a vida. Não criar filhos incapazes, quando nada se oferece de melhor para eles a não ser lhes dar tudo nas mãos.

      O cérebro mais desenvolvido no ser humano que nos outros animais, além de comandar o corpo, ou o biológico, é responsável por nossos pensamentos e vai determinar nossa maneira de ser. Pouco podemos fazer para mudar a genética da qual somos compulsoriamente herdeiros e caracteriza nosso biotipo. Mas através do conhecimento, da cultura adquirida, das experiências, a mente se expande, quando então nos tornamos mais capazes como indivíduo.

     A boa nova é a cultura do respeito e da gratidão, desde cedo ensinado  aos filhos, que eles agradeçam os bens recebidos, não só materiais, principalmente os dons do espírito. A gratidão e o respeito não se resumem a simples gestos de educação. Pais e filhos engrandecidos pelo entendimento de seguirem os reais valores da vida. Diminuídos tornam-se os desrespeitosos e ingratos. Não percam o equilíbrio!


 

domingo, 1 de fevereiro de 2015





                  
               NÃO ALCANÇAMOS O NIRVANA

 
 



         No mundo contemporâneo o que mais se vê de inusitado são pessoas obcecadas, numa busca insensata por qualquer coisa, ou “causa”, certamente para suprir o vazio existencial em que as vidas se transformaram.  Não chegamos ao nirvana mas num estágio de tédio, com o materialismo arrogante sugando as energias, em troca de nada, ou de grande insatisfação. Esse ser, dito homem moderno, ambicioso e ansioso que ultrapassou seus limites para chegar a níveis de progresso, mas também de frustação, nunca antes atingido. Por exemplo, os jovens tomando Viagra para aumentar seu desempenho sexual e fazer bonito, o que pode causar até morte. 

     A religião nos aponta um sentido para a vida, mas o mundo deixou de existir nos moldes do passado, mães que buscavam alento na profundidade religiosa, o que acabaram trocando pela superficialidade e intensidade contemporânea. As famílias hoje reduzidas a quase nada, num mundo superpovoado, com pessoas dedicadas ao consumo de coisas materiais. A espiritualidade consumida como um produto qualquer, comercializado com má-fé. 

       Bem verdade que hoje as mulheres são mais valorizadas como profissionais competentes e também mães. Mas olhando ao redor vemos pessoas frustradas pelo desejo de terem ao menos um filho que seja. Os homens que não podem ou não querem fecundar as mulheres para não se comprometerem, nem tirá-las do mercado de trabalho. A que ponto chegou a ambição no nosso mundo que se tornou estéril, além de continuar machista. A culpa  vem lá de trás, quando a mulher era mantida em casa procriando sem parar.

         A humanidade fértil na medida certa e não como coelhos, é o que proclama o papa Francisco. O momento de libertação para a mulher, o tanto que ela se virou para povoar o mundo, tendo hoje que reduzir a prole a níveis compatíveis com a oferta de bens disponíveis na natureza para serem explorados. A visão real diferente da visão ideológica, inclusive no sentido da procriação, os futuros pais convictos dos filhos que querem ter, ao dizerem sim à  excelência, em vez da simples sobrevivência da espécie. 

        Aceitar a realidade requer maturidade. Observo rapazes de tão boa compleição física, adquirida à custa de muita vitamina e também nas academias, de onde sinto partir uma ponta de desconfiança, mesmo preconceito, para com os mais velhos. Foi nos anos 60 que surgiu a ideia de que os jovens iam inventar um mundo melhor, mas o que vemos é uma geração de retardados mentais em termos de moral. Um grande contingente que veio das camadas mais medíocres da população, estimulados em seus arroubos consumistas, desde crianças.

          As pessoas hoje, excessivas em tudo, principalmente na crença em si mesmo. Mimados e andrógenos, em vez de homens e mulheres dispostos ao trabalho e a contribuírem de verdade para um mundo melhor. A formação que nos define, não nascemos pleno. A boa formação, pois cada um tem o dever de preencher com sabedoria o que lhes falta, e não se tornem retardados mentais, seres improdutivos, masturbadores inférteis. E sejam cumpridos os desígnios da natureza, para que se possa viver em harmonia e equilíbrio pessoal e social. Com respeito e sem preconceito.