sábado, 21 de maio de 2016

 
 
 
 
PIRÂMIDE  DA MEMÓRIA- S. Luís - Ma
 
 
 
       
         O monumento fez parte das comemorações pela  coroação de D. Pedro II. Erguido no antigo Campo do Ourique, hoje Praça Deodoro, onde fica o Liceu Maranhense e a Biblioteca Benedito Leite.  Transferido para a Avenida Beira Mar, próximo às muralhas do Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado. Na mesma ocasião foi inaugurada a Casa dos Educados Artífices, espécie de orfanato.  

sexta-feira, 20 de maio de 2016






                              CULTURA

               



 

Michel Temer acaba de assumir a presidência da Repúblicas como interino, no lugar de Dilma Rousseff, e, para início de conversa, resolveu enxugar o governo, aglutinando alguns Ministérios. A Cultura passa ao status de Secretaria, subordinada ao Ministério da Educação. A lei Rouanet deixa de existir, o que causou celeuma entre os artistas, os mais atingidos, que se queixam de não haver condições de viver da arte no país. O ato específico pode ser interpretado como uma resposta aos intelectuais que apoiaram a presidente Dilma, contra o impeachment. Muita gente apoia as novas medidas, e tem quem ainda tripudie mandando os artistas plantarem batatas, e deixem de mamar nas tetas do governo. Há manifestações de artistas a favor, o caso de   Regina Duarte: “Sou a favor de manter a cultura internada no hospital da Educação”. Fernanda Montenegro expressou: “Nós artistas ficamos dependentes do dinheiro público.”

           Está escrito em nossa Constituição que Cultura é o que dá testemunho do modo de ser de um povo. Não diz respeito a um estado de coisas, ou determinadas situações, e nesse sentido Olavo de Carvalho comenta o texto constitucional de 1988, quando de sua palestra intitulada “O Que É Cultura”. Para o filósofo, cultura tem a ver com a consciência moral, com o bem pessoal e coletivo, o “supremo bem” de que fala Platão. A cultura visa em princípio o aprimoramento pessoal, e sendo assim, quanto há de cultura no nosso país? Merece ser incentivada com recursos fabulosos a dita cultura que se vê por aí? Os artistas globais os mais enfurecidos com a medida do governo interino, por perderem incentivo econômico, alguns a se beneficiarem além da conta, já bem pagos pela TV na qual atual e se projetam no cenário nacional e até mundial.

         O mercado do entretenimento, requer que se produza como acontece nas indústrias, onde os produtos são testados ao gosto dos consumidores. Mas cultura, na acepção da palavra, não é divertimento, não é negócio, não resulta do nível de desenvolvimento econômico de um povo, é algo anterior. Embora possa ser tudo isso. Como diz Olavo a cultura vem antes, e não acompanha o desenvolvimento, o bem econômico, que vem depois. Engano, pois, pensar que tem de primeiro ficar rico para depois ficar culto. Nem toda pessoa rica é culta. Também não diz respeito à classe alta. Tem uma cultura extraída da consciência de um povo, que vai além das experiências do dia a dia, além do que se vê, com raízes profundas, a consciência moral, em que o Brasil é rico.

          O que a arte representa, o significa para a sociedade em termos de cultura, de aprimoramento? Do clássico de Leon TostoiO Que É Arte – tirei alguns ensinamentos e os transmito aqui. Arte é a capacidade de contagiar, de unir pelos sentimentos, fazer pensar, através da imagem, da palavra. A atividade artística baseia-se na capacidade de fazer o outro sentir algo real ou imaginado de prazer ou dor. Deve ser capaz de impressionar, contagiar  com graça e imaginação criadora. Antes proibida, pelo entendimento de que a arte podia corromper. Na modernidade é o medo de ficar sem esse prazer, o que seria o outro lado da questão, daí a arte pela arte. A arte que é, em sua essência, um meio para o desenvolvimento mental e espiritual, como acontece com a consciência religiosa da arte sacra, quando então eram rejeitadas outras formas de comunicação artística. Modernamente qualquer arte é arte, desde que cumpra uma função mínima, de união de sentimentos. A catarse que a arte provoca, ao impressionar e  afetar  profundamente  as pessoas, a que temos de recorrer para amadurecer em liberdade e humanidade.  
 

domingo, 15 de maio de 2016





                                                  HOMENAGEM


 

     “Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar”. Soube há pouco pelo Facebook que a confeitaria Cirandinha, em Copacabana, fechou as portas, sucesso dos anos cinquenta que  passa  para a memória da cidade e dos seus  frequentadores, por último, pessoas idosas que iam cirandar no café da manhã, no lanche da tarde e, por fim, o jantar, após o cinema no Roxi, outra maravilha do tradicional bairro carioca. Quase uma mística degustar meu prato preferido no restaurante que funcionava no interior do estabelecimento. Desejo de Catilina comer a língua do boi, canto do Bumba-meu-boi, tradição da capital maranhense, festa que acontece em junho e julhos.

      No Cirandinha os garçons ainda os mesmo da sua fundação em 1957, que continuavam no batente depois de aposentados pelo INPS, atendendo outros velhinhos aficionado ao local. Soubemos por nosso garçom preferido que ele formou os filhos, inclusive um médico. O comércio não é para qualquer um, tem que ralar, e a nova geração prefere seguir por outros caminhos, menos laborioso. Aposto com meu marido que o local vai abrigar um Banco, como aconteceu com a Colombo, outra confeitaria tradicional de Copacabana, e em seu lugar passou a funcionar o Banco do Brasil. A primeira vez que estivemos na Cirandinha foi em 1976, quando viemos de Brasília para embarcar nossa filha, Vivianne, que ia estudar em Londres. Minha mãe também estava no Rio, e mais dois irmãos, um morando e outro estudando pós-graduação com a mulher. Fomos todos lanchar na Cirandinha que estava repleta, com dificuldade de lugar, até que conseguimos nos acomodar balcão. Cada um pediu uma coisa e o pai de Vivi pediu um chá completo, aquela maravilha de dar inveja aos demais, todos bem servidos nos seus pedidos. No Rio nunca perdíamos o chá da tarde no Cirandinha.  

      Também havia em Copacabana duas casas de confecções de alto padrão, a Celeste e a Hermínia, nome das irmãs que abriram suas lojas no bairro carioca, tradição que não resistiu à mortes e mudanças. Os herdeiros ainda tentaram fundir as lojas numa só, a casa HC. Temos que nos conformar com as mortes, assim como nos adaptar às mudanças. Fica a saudade de mim mesma mais jovem, quando cirandava no Cirandinha, a casa sempre com um atendimento especial, por um preço accessível, as mesas cobertas com toalhas limpíssimas, assim como os guardanapos de pano. Hoje para tais regalias temos que  dispor a gastar mais, e ter um produto inferior assim como o atendimento. Resta a gente se contentar com o que oferecem os Shoppings, onde podemos continuar a dar voltas, meias voltas e voltas e meias. E a vida continua...
 
      

sábado, 7 de maio de 2016

Papa Francisco recebe Prémio Carlos Magno com críticas à Europa



                        
                 O líder da igreja católica foi agraciado no dia 6 de maio com o Prêmio Carlos Magno uma das mais importantes distinções da Europa, instituído em 1950 pela cidade alemã de Aachen. O Papa Francisco sucedeu na distinção ao atual presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz. O prêmio também foi conferido em 2004 ao Papa João Paulo II.  Carlos Magno foi o primeiro imperador do Sacro Império Romano. Convertido ao catolicismo o rei dos francos foi coroado pelo Papa Leão III, e por suas conquistas estabeleceu a Europa Ocidental. Carlos Magno é considerado “pai da Europa”.
        O referido prêmio é retribuição ao discurso proferido pelo Papa no Parlamento Europeu em 2014, ocasião em que aproveitou para destacar os valores  e o potencial da Comunidade Europeia.  Na atual fala o Pontífice criticou o egoísmo, apelando para que houvesse políticas mais centradas nas pessoas. Lembramos do personalismo cristão de Emmanuel  Mounier (1905-1950), defensor da democracia cristã contra o nazismo e fascismo, contra o comunismo.
 
PARABENS A NOSSA MÃE ESPIRITUAL,
A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA!

terça-feira, 3 de maio de 2016





         
                                  CORAGEM BRASILEIRA

        





SÉRIE DA TV GLOBO - GLÓRIA PIRES NO PAPEL DE MARIA MOURA


        Duas famosas nordestinas, ambas com o nome Maria, o mais comum dos nomes femininos brasileiro ficaram famosas por sua coragem, Maria Bonita e Maria Moura, mulheres do cangaço, e se pode dizer de cada uma que era “bela, ousada e fora do lar”, parodiando outra frase que causou celeuma durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff: "bela recatada e do lar". Não se refere à presidente, lógico. As batalhas travadas pelas filhas do cangaço têm semelhança com a lutas feministas por direitos iguais aos homens, por melhores dias. A presidente Dilma também uma mulher corajosa, que lutou contra a ditadura militar, mas era a favor de outra ditadura, a comunista, chegou à presidência da República, e foi um desastre. Tanta coragem têm as brasileiras, mas desperdiçada com péssimas escolhas. De Maria Bonita o que se sabe é que abandonou a casa em que vivia com o marido para  seguir o cangaceiro Lampião, uma paixão avassaladora, por um homem e por seu ideal de luta contra injustiças sofridas.

              Sobre a personagem Maria Moura, idealizada por Raquel de Queiroz, temos uma história, contada em detalhes escabrosos. A escritora cearense narra as aventuras de Maria Moura pelo Brasil afora, após ter sofrido toda sorte de violência, uma mulher que arregimenta os homens para a ferro e fogo fazer sua vontade, e que ninguém ousasse solapar seus interesses. A inspiração literária viria da sanguinária rainha Elizabeth I, que nunca se casou e tinha o sexo oposto ao seu lado com o intuito maior de contar com eles para resguardar seu poder e a supremacia da Inglaterra protestante. Mas em se tratando de rainha, o que nos coube foi uma rainha portuguesa e católica, dona Maria I, “a Louca”, que podia ser chamada de Maria I, “a Moura”, por suas origens. Atualmente temos em terras brasileiras a presidente Dilma Rousseff, alguns a imaginar que ela podia ser para os brasileiros como foi Margareth Thatcher para os ingleses. Ao contrário, Dilma, a Louca, como dizem, colocou o Brasil numa enrascada. Parece que o passado nos condena.

             Antiga colônia de  Portugal, nossa cultura, até certo ponto, é refém da herança moura. Mouro vem de “mari”, assim chamados os não romanos, e significava também escravo. Antes da fundação de Portugal e Espanha um povo nômade dominou a península ibérica onde fizeram florescer uma civilização esplendorosa, a mulçumana, que durou sete séculos. O solo europeu posteriormente conquistado pelos cristãos, que em 1492 expulsaram os invasores. Mouros passaram a ser chamados os mulçumanos convertidos ao cristianismo, uma minoria religiosa e não uma etnia. Os mouros direta ou indiretamente ajudaram a construir a nação brasileira. Não é pequeno o legado cultural árabe na música, culinária, arquitetura, decoração, técnica agrícola, farmacologia e etc.
             
             Devemos é entender de uma vez por todos que o Ocidente evoluiu a partir do feudalismo para os tempos modernos, burguês e capitalista. Temos hoje um desenvolvimento científico e tecnológico, que proporcionada mais saúde e conforto às pessoas. Ao mesmo tempo constrange e apavora a miséria de grande parte da população mundial, também, quanto à moral, que desce ladeira abaixo. E nos perguntamos: o que o futuro nos reserva? O cangaço é coisa do passado, temos que acreditar na boa vontade e paciência, na coragem e determinação dos brasileiros e brasileiras para tirar o Brasil do buraco em que caiu. 

 
RETRATO DE MARIA BONITA