sábado, 4 de junho de 2016





                         A GRANDEZA DA VIDA

      




              “Tudo vai bem quando começa bem”, o que dizem, e é a mais pura verdade. Mesmo que a gente sofra adversidades, não deve esmorecer. Pensar sobre a vida, não como sendo uma batalha, ou um jogo, quando temos de derrotar  adversários. Se houver luta que seja contra a ignorância, e os possíveis adversários possam encontrar-nos bem armados, com as armas da educação e cultura. A violência o que mais fragiliza brasileiros e brasileiras. Contra a mulher houve um caso recente de estrupo coletivo de uma menor de idade, o que parece ter virado moda por aqui.

         Decisões devem ser tomadas com urgência, o que temos de fazer por nós mesmos, e também para com os demais e com o nosso país. Sermos fortes em poder de convencimento, nosso e do próximo, para que o bem prevaleça. Cuidar-se, o que não significa se colocar numa redoma; só de vez em quando, para se poupar. Clarice Lispector que o diga, ela que tanto sofreu com isso, em estar isolada, pela cultura e pelo temperamento. Uma guerreira das letras, quase guerrilheira, essa nossa Clarice, ucraniana por nascimento e brasileira de coração, imortal.  Pobres de nós, mortais, que em educação e cultura, o que temos mal dá para as pequenos solicitações do dia a dia, quando muito.

      E o quanto seria bom se a ignorância não se travestisse de inteligência, como vem acontecendo. O costume é ficarmos apegados ao que não têm valor. Infelizmente há falta de valores na sociedade, o que há de mais grave  e se alastra entre nós. Perdemos a visão de alcance para a vida, além desse mundo de ganhadores e perdedores, as ambições sem medida e de pouco significado. Sendo que o dever de cada um é colocar-se à altura de grandeza da vida, que está ao alcance de quem luta por ela.  Não ser insignificante. Sem enlouquecer, conquistar o que há de bom e duradouro, ao acalanto dos sonhos mais nobre.  

         Houve um tempo em que “ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore” era o que todo mundo sonhava realizar para ter uma vida plena. O sentido de preservação da espécie, da inteligência e da natureza em torno de nós humanos. A noção sobre a vida como água de uma nascente, pura e cristalina - água de beber. As fontes preservadas de contaminação. A vida não era fácil, mas havia confiança, se pensava o futuro com otimismo, o saldo positivo.

      O sonho hoje é ter liberdade de poder abortar, deixar de ler e se educar, em suma, ser um predador consumista. Vivemos em um mundo tecnológico, científico, é o que existe em termos de progresso, não havendo dúvida o quanto se ganha com isso. Mas também o muito que se perde, ao destruir todo bem existente, natural e cultural. O saldo já está no negativo. Temos então que repensar esses novos sonhos, pois perigam que se realizem. Sonhos que são mais pesadelos para a humanidade, para o mundo.

    A dita pós-modernidade e o ateísmo em curso, o que propõem é jogar no lixo o que existe de civilização. Mas para começar o que, caras pálidas? Temos que adquirir melhor noção da vida diante desse nosso mundo do “super” e do “mega”, ou dos excessos. No princípio era caos, que foi ordenado. Mas do modo como as coisas acontecem, na velocidade com que marcha essa desordem toda que vemos surgir do nada, ao Nada ela nos pode levar. Sem Deus para nos acudir!

 


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