terça-feira, 30 de agosto de 2016





              AMOR EM TEMPO DE CÓLERA

Impeachment: José Eduardo Cardoso X Janaína Pascoal



Acontecimentos não faltam, é só abrir a página na rede social para ver as mais absurdas notícias. Será mesmo que temos de digerir tanta coisa, às vezes, sem nexo? Nós que viemos de outros tempos. E ainda tem gente que sente monotonia, quando deve é dar graças a Deus por manter-se distante, o que é difícil acontecer. Estamos como que no meio de um furacão. Após a Olimpíada, um sucesso a nosso país, graças a Deus, que dizem ser brasileiro. Recolhemos o sorriso de felicidade olímpico – onde tivemos a ilusão de chegar ao primeiro mundo – e passamos a assistir o final do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Chispam ódio as falas dos senadores, e já duram cinco dias. É certo que Dilma perca a presidência, usou e abusou do poder. Democracia não é isso. Há três meses afastada, Dilma Rousseff quer cair de pé e foi pessoalmente ao Senado fazer sua defesa. Corajosa! A pior coisa é a covardia. Hoje a coragem em desuso, o que havia no passado, quando a vida era um desafio, o qual  se enfrentava sem reclamar. Não precisava ser terrorista, como fez Dilma Rousseff. As pessoas mais antigas eram mais corajosas, sim. A maioria combatia o bom combate.  
   
Todo crime é um ato de covardia. Uma família foi morta na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, o que aconteceu no edifício Lagoa Azul, de frente para o mar no condomínio Pedra de Itaúna, situado numa reserva ecológica, no coração da Barra. E foi ali que um chefe de família, inseguro com sua situação profissional, matou a mulher com duas facadas na garganta e jogou os dois filhos do 19º andar, lançando-se em seguida. Os dois filhos pequenos, o maior de apenas 10 anos. Outro caso recente já havia acontecido no Rio, de um pai ter mato a mulher e as duas filhas, por questões financeiras. A que ponto chegamos.  E nos perguntamos: Qual a razão disso, ou a irracionalidade de tais atos? Amamos e odiamos na mesma proporção. Mas nem tudo está perdido, e  eis que lemos no Facebook que um professor desempregado teve a ideia, não de se matar, mas de dar aula no ônibus. Os percursos longos e seria uma boa oportunidade de aproveitar o tempo, pois não? Parece que vai indo bem.

 Quantas vezes um revés na sorte pode ser uma ocasião de crescimento, um teste para nossa capacidade de amar, de receber solidariedade do próximo, solidariedade essa que pode vir da família, dos amigos. Nunca falta quem queira ajudar, gente boa que só espera a oportunidade de ajudar, questão de educação sentimental, fé cristã. E o que mais falta hoje em dia é educação, inclusive das emoções. Sofremos à toa, em vez de tentarmos ser mais felizes com mais amor e menos bens materiais. Um erro capital querermos abarcar o mundo com as pernas. Achar que só valemos pelo que produzimos, pelo saber, pelas coisas que temos,    e não pelo que somos. Ficamos covardes diante da vida, por não fortalecermos nosso ser com os valores essenciais para uma vida plena. A ambição acaba por nos destruir por dentro. Temos que ter mais confiança na vida, nas pessoas — o que a vida e as pessoas certamente retribuirão, até em dobro. Podem acreditar.
       


terça-feira, 23 de agosto de 2016






                       OLIMPÍADA  RIO 2016











                    Tudo bem que pareça complexo de vira-lata dizer que foi uma extravagância do Brasil realizar a Olimpíada Rio-2016, devido as condições do país que atravessa crise financeira e política. Demanda esforço e dinheiro para sediar um evento grandioso como esse. Acontece que nosso país já provou outras vezes que, pode sim, e já fez história com a Eco-90, que também teve como sede o Rio de Janeiro, um sucesso de repercussão internacional. E outra vez Brasil surpreende o mundo com sua paisagem, e tudo o que há de bom e de belo para se ver, para cá acorrendo os melhores. Do mesmo forma aconteceu a Jornada Mundial da Juventude, também no Rio, com a presença do papa Francisco recém-eleito chefe da Igreja católica. Os brasileiros “não fogem à luta” e cumprem o prometido, da forma que nenhum outro país pode ultrapassar em competência, alegria e beleza. Verdade que o país sede de uma Olimpíada deve ter condições financeiras atléticas, o que muitas nações ricas evitam, mesmo com contingente olímpico excepcional, para não desperdiçarem recursos, preferindo aplicar em coisas que seriam mais vantajosas e duradouras. Parece que o Brasil provou que vale a pena o sacrifício, afinal os Jogos Olímpicos miram a confraternização entre os povos. O ideal pacífico das competições, que não deixa de ter resquícios de violência e selvageria, o que o ser humano guarda em seu íntimo. Mas a vontade de competir acaba por funcionar a favor do ideal olímpico, civilizatório, a merecer relevância. Os atletas polidos para com os rivais, que são competidores, não simples oponentes. Um evento que tem a virtude de incentivar cada um a sentir orgulho de si mesmo por chegar onde chegou e não parar de se esforçar para atingir o seu objetivo na vida. “Não vegetem no sofá”, aconselha o papa Francisco. É como se dissesse: vá andar de bicicleta, praticar algum esporte, ou então servir em algum lugar que necessita de ajuda, o que fizeram os Voluntários na Rio-2016, sendo homenageados no encerramento, pelo excepcional trabalho que realizaram.
    
Os Jogos Olímpicos começaram na antiga Grécia, berço da civilização, o que o francês Pierre de Coubertin fez renascer nos tempos modernos, em 1876.  E foi com a consciência de um dever a cumprir, com alegria redobrada, que os brasileiros receberam neste agosto de 2016 os atletas do mundo todo no nosso Brasil “abençoado por Deus e bonito por natureza”. Uma lenda a cordialidade brasileira, decantada em prosa e verso, o que nos faz acreditar que somos assim mesmo. Cordialidade que o atleta francês Renaud Lavillenie quis por abaixo, acusando os torcedores brasileiros de nazistas ao ser vaiado em sua apresentação em que perdeu para o brasileiro Thiago Braz , e ele comparou ao acontecido com negro Jesse Owens, vencedor na Olimpíada de 1936, em Berlim. Falta informação ao francês,  somos  descendentes de portugueses, que se misturaram aos índios nativos, dando início a nossa miscigenação, que contou ainda com os negros africanos, que os vieram para cá como força de trabalho. Os colonizadores portugueses não tinham prazer de estarem aqui, mas tinham espírito aventureiro, e no afã de explorarem as riquezas do país escravizaram os negros, que para cá vieram à força e não como imigrantes, mas contribuíram para ser quem somos, um povo alegre, festeiro. Nos séculos seguintes levas de imigrantes ocorreram para nossa país: japoneses, italianos, alemães, árabes e de outros países, que muito contribuíram para o progresso do Brasil.
      
 Os brasileiros costumam, sim, receber bem as pessoas no país, em especial  celebridades, o caso dos atletas que  chegam para a Rio-2016 com suas habilidades esportivas, às vezes, com as exigências dos egos inflamados, afinal não medem esforços para serem os melhores, mesmo que não tenham raça pura, como já pensavam ter no passado nazista europeu. Os   australianos   reclamaram dos alojamentos e tiveram que aturar as brincadeiras do   prefeito do Rio, Eduardo Paes, avisando  que  ia colocar cangurus na entrada do prédio para distrair a moçada descontente. Mas tudo foi resolvido e a paz reinou. O prefeito, aliás, faturou o sucesso da Rio-2016, por reconhecimento da sua boa atuação. Não adianta querer dar um jeitinho aqui e outro ali, os dirigentes do COI chegaram a se queixaram das agruras que passaram. Pontes e ciclovias que desabam, obras inacabadas, e o pior de tudo, a violência dos bandidos e também dos policiais, o pessimismo tomando conta de todos. Mas há muita gente boa, muito profissional competente no Brasil, de reconhecimento no exterior. Os brasileiro podem se orgulhar de serem, sim, honestos e competentes, em sua maioria. Quanto à bandidagem, é uma ferida no tecido de nossa nação, que é sadia e produz antídoto contra essa mazela universal. Mas quatro medalhistas americanos resolveram mentir sobre um assalto que teriam sofrido, de imediato desmentidos pelas câmaras do Parque Olímpico e do posto de gasolina onde ocorreu imbróglio. Os atletas é que havia depredado um posto de gasolina, e foram chamados à responsabilidade pelo malfeito, cordialidade tem limite.

  O suposto assalto, a repercutir na imprensa internacional, que deu ouvidos aos nadadores. Ryan Lochte, o segundo na natação, depois de Michael Phelps,  mentiu sobre o assalto para os parentes nos Estados Unidos, o que foi divulgada pela  a imprensa americana com alarde. Registrada, todavia, a chegada dos atletas na Vila Olímpica pela manhã com seus pertences, que disseram haver entre aos bandidos. O esquema de segurança brasileiro montado para os Jogos Olímpicos foi o maior já realizado no país. Os mentirosos tiveram que prestar depoimento desmentindo o roubo para a polícia. Houve então pedido de desculpa dos nadadores e do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, além das  penalidades, pois quem comente infração no exterior e mente para a polícia, sofre pena rigorosa. A imprensa americana de pronto corrigiu o erro, mas teve quem dissesse por lá que os brasileiros têm mesmo espírito de vira lata ao se importar muito com o que dizem deles lá fora.

      O design na Rio-2016 valoriza o talento brasileiro. A tecnológica essencial para que tudo funcionasse da forma espetacular como funcionou. Mas tivemos que contar com a técnica vinda de fora inclusive para o piso da apresentação equestre. Ainda bem que ninguém se arvorou como dono da verdade. Somos bons em muita coisa mas deve haver humildade de quem aprende e de quem ensina. Ficamos em 19° lugar, com 7 medalhas de ouro, e nos orgulhamos do feito heroico. Os americanos levaram grande parte do ouro olímpico, 46 ouros, seguidos pelos ingleses, com 22 ouros. A China ficou em terceiro lugar com 26 ouros. Incrível a história do casal de ciclista ingleses, Thott e Kenny, com 5 ouros no Rio 2016, e já somam 10 medalhas de ouro em Olimpíadas. Ressalte-se a beleza e sofisticação do Velódromo, para a competição em bicicletas especiais, numa velocidade que é um espanto para os  mortais comuns que se valem de suas modestas máquinas para locomoção pelas cidades brasileiras. A técnica dos concorrentes e a tecnologia aplicada nos jogos de 2016 nos fazem pensar que os atletas são pessoas  do outro mundo, o Mundo Olímpico. Mas nos sentimos confortáveis como anfitriões. Nada de trágico, nem de vexame perante o mundo. Não teve terrorismo, vírus, e sim heróis. Além dos vilões, que, por sinal, não foram nenhum dos nossos.  
              
Preservar o espírito olímpico é questão fundamental, o que nem sempre acontece, o caso dos atletas estrangeiros do boxe, uns brutos, que estupraram as camareiras por duas vezes e têm ainda uma história de vassouradas. Os criminosos punidos com a prisão, pois o esforço foi grande para deixar que alguns mal-intencionados abusassem da nossa hospitalidade, gente que pouco nos conhece. O mesmo boxe teve como vencedor o brasileiro Robson da Conceição, um fenômeno, que saiu das brigas nas ruas para ganhar a medalha de ouro. Ele quis acompanhar o exemplo do tio lutador, de quem recebeu apoio e muita vontade de ser vencedor. Eis a questão, tem que haver incentivo, apoio, para formar bons atletas, gente do bem. E nesse sentido as Forças Armadas foram exemplares, o que levou ao pódio os sargentos medalhistas, Rafaela Silva, ouro no judô e Mayra Aguiar com o bronze na mesma modalidade, derrotada na semifinal por uma francesa. Também na modalidade Salto com Vara o militar, Thiago Braz, arrebatou, na última hora o ouro de Renaud Lavillenie. O francês não se conformou e culpou sua derrota à torcida, assim como às “forças místicas do candomblé”. Mas a religião católica é que foi várias vezes citada pelos vencedores agradecidos, assim como houve continência militar no pódio. Teve quem achasse ruim, em um país laico. Outro medalhista militar foi Arthur Zanetti. Ressalte-se a maneira incomum como alguns atletas ganhadores de medalha, o caso de Isaquias Queiroz, exultando com seu ouro, um garoto pobre, que na infância perdeu um rim numa queda de árvore,  tornou-se condutor de canoas para transporte nos rios do nordeste e, descoberto, passou a treinar para a competição. Levou a prata olímpica. Diego Hipólito, prata da ginástica artística, vinha de duas derrotas olímpicas, e declarou: “Cai de boca em Pequim e de cara no chão em Londres, mas agora caí de pé”. Ter força de vontade e não desistir nunca é a lição, quando se sabe o valor que tem. Vale para todo mundo.   
       
 A americana Simone Biles um fenômeno, com cinco ouros na ginástica artística, a nos recordar, no físico e na atuação, nossa medalhista  olímpica Daiane Santos em Londres, que mudou de profissão, e ao lado de Galvão Bueno comentou, com conhecimento e simpatia, a atuação das atletas na modalidade em que ela arrebatou o ouro olímpico. Quanto às vaias nas arquibancadas dos estádios, incomodaram e muito os atletas adversários, tornando ficção nossa cordialidade, enquanto reforça a falta de educação dos brasileiros. Como explicar aos estrangeiros e a nós mesmos nosso ímpeto de vaiar? Ganhar trapaceando não vale, é a regra esportiva, o que deve ser seguido vida afora. A lealdade que faz parte do espírito esportivo, essencial ao bom andamento de uma competição. O empreendedor que é esportista e investe na profissão se dá bem, o caso dos técnicos do vôlei. Zé Roberto ganhou a prata e consolou o filho pequeno, agradecido por tudo que estava vivendo. O ouro praticamente ganho, pois a equipe vinha sem perder nenhum set. Poderia ser das brasileiras o ouro, mas perderam para as chinesas, a China só ficou atrás dos Estados Unidos em ouros. Meritocracia teu nome, é o que dizem de do técnico Ricardinho, exemplo na profissão e na vida pessoal, o vôlei masculino levou o ouro. Ao lado do filho Bruno o pai declarou: “Foi duro, foi difícil.” Vitoriosos, “com muito orgulho com muito amor.”  
        
Aturar críticas faz parte do jogo, quando até os biscoitos Globo, vendidos na praia foram criticado, e nada menos que pelo jornal americano New York Times. Estamos na crista da onda, surfando em águas, às vezes, turvas. Como explicar que a piscina dos saltos ornamentais do estádio Maria Lenk tenha ficado verde da noite para o dia? Culparam as algas, mas foi erro na aplicação do remédio. Haja coração!!! Houve pedrada em ônibus dos jornalistas estrangeiros, e um desastre de táxi em que morreu o técnico alemão Sthefen Henze, o taxista fugindo sem prestar socorro, com certeza fazia  bico, não era um profissional. Como corremos perigo nos táxis do Rio! Fora um incidente ou outro, tudo correu às mil maravilhas, mas o Comitê Rio-2016 reclamou o tempo todo das vaias dos brasileiros nas arquibancadas, o que atrapalha as apresentações. “Gente raivosa, que não sabe se comportar”, espantaram-se os estrangeiros. Como explicar nosso ímpeto por vaiar?  Fazer o que? Proibir manifestações nos estádios? Impossível. Os brasileiros, às vezes malcriados nas arquibancadas, não perdoavam os atleta que competiam com seus conterrâneos. O Brasil esperava mais medalhas mas as sete medalhas de ouro foram inéditas. Ouro também para Gisele Bundchem, a deusa  brasileira, que fez do Maracanã sua mais longa passarela, na festa de abertura dos Jogos. Sem medo de ser feliz, a plateia vibrou com a pernas teutônicas da modelo, assim como as negras e espetaculares pernas do jamaicano Usain Bolt, o fenomenal ganhador de medalhas de ouro das competições.  

Eduardo Giannetti, autor de Trópicos Utópicos, fez a seguinte comentário, certamente depois de ver a cerimônia de abertura: “A Olimpíada mostra que o Brasil não precisa imitar ninguém. A maturidade de um país ocorre quando ele encontra seu modo de ser e passa a viver à altura dele.” O estilo próprio de viver da cada povo, com que as pessoas se sentem mais confortáveis no mundo, a exemplo do estilo americano do the way of american life. Na abertura dos Jogos acompanhamos embasbacados os índios construirem suas ocas com cipós feitos de elásticos, de um efeito magnífico, com a dança e as vozes que nos remetem aos antepassados habitantes do Brasil, que apareceram também no encerramento, quando então enveredamos país a dentro, e tivemos a presença da arte nordestina, com a apresentação dos bonecos de barro, que dançaram ao som do baião na voz de Luís Gonzaga, o rei do baião. Tudo de muito bom gosto e propriedade, que temos de agradecer aos realizadores. Por fim o samba, que fez os atletas presentes dançarem com gosto. A voz geral é que todos saíram grandes vencedores. Não houve protesto político, apenas um discreta vaia ao interino Michel Temer na abertura dos Jogos. Já o etíope Feyisa Lilesa, prata na Maratona, protestou contra o governo de seu país cruzando os braços sobre o peito, explicando seu gesto: “O governo  etíope está matando muita gente...Talvez me matem quando eu voltar." Tudo o mais que aconteceu marcou a vida dos brasileiros, em especial, a nossa vontade de praticar atividade física, essencial para a saúde física e mental. 

Importante a boa impressão que o nosso país deixou na memória dos que nos visitaram. Mas sabemos que ainda temos muito que fazer por nós pessoalmente e por nosso Brasil brasileiro, que não é só terra de samba e pandeiro, mas tem batalhas urgentes a vencer. Lutar contra a ignorância, a corrupção, e tudo o mais que atrasa o crescimento do país, e possamos continuar a merecer um lugar de destaque entre as demais nações. O Comitê Olímpico Internacional expressou gratidão pelo sucesso da Rio-2016, quando então a cidade maravilhosa mostrou sua face verdadeira, sem deixar de ser autêntica, sem abafar seus problemas, um exemplo para o mundo. Um passo importante foi dado, ganhamos o ouro, e já tem japonês buscando aprender conosco para aproxima Olimpíada em Tóquio. Mesmo com o incidente diplomático, em que o primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe veio ao Brasil para receber simbolicamente os próximos Jogos Olímpicos, e esperava ser recebido por Michel Temer no Maracanã, mas o presidente interino não apareceu, com medo das vaias. Bye, bye, Brasil, disse o presidente do COI, Thomas Bach, ao final do seu discurso de despedida, logo após o presidente do COB, Carlos Nuzman, proferir sua palavras de despedidas, o que fez com veemência, tomado de emoção pelo sucesso estrondoso da 31ºOlimpíada realizada no Brasil.