sábado, 28 de julho de 2018





                   RESGATE







Por falta de atenção para com a saúde pública vidas se perdem, o que é um absurdo. Também aquele bom trabalho que é interrompido, não deram continuidade. Imprevistos podem acontecer, às vezes desastres de grandes proporções que ocorrem, possa ou não ser evitados. Acontece um incêndio em S, Paulo, as chamas de repente devorando tudo, e logo a seguir o prédio desabou, tratando-se de moradia improvisada por invasores, que conseguiram fugir a tempo do local, felizmente com poucas vítima fatais. Com poucos dias de diferença deu-se outro grave incidente, na Tailândia,  doze jogadores mirins de futebol, por espírito de aventura, partiram com seu treinador para explorar uma gruta, sendo surpreendidos com a chuva e a lama que tomaram conta do local, e em minuto deixou-os ilhados. 

           Os garotos tailandeses, entre 11 e 17 anos estavam em vias de sucumbirem nas água enlameadas quando foram localizados por peritos mergulhadores, o tempo curto para o salvamento, a chuva que ameaçava desabar com maior intensidade. Houve mobilização mundial, e mergulhadores experientes acorreram ao local, vindos da Inglaterra e outros países. Um plano de ação foi elaborado, e em uma semana os desaparecidos foram localizados e salvos, fruto do empenho humano associado à tecnologia. Resgatar pessoas em perigo deve ser prioridade, os entraves superados, às vezes, choques de vaidades e interesses exclusos.

          Péssimo costume é querer transferir para os outros o que é de sua responsabilidade, protelando o que tem de ser feito, ou jamais realizar o que for preciso. Começa pelo Governo, que não se preocupa em manter seus gastos sob controle, incluindo não deixar que roubem o erário, e  a culpa caia nas aposentadorias pela péssima situação das contas públicas, na verdade fruto da incompetência e roubalheira. Na velhice muitos aposentados do executivo vivem praticamente da ajuda dos filhos, que eles tenham boa vontade, mesmo responsabilidade quando o caso exige. A situação dos idosos, suas despesas pessoais, o que inclui ter  a saúde em boas condições, assim com o sua casa, que não venha a cair, literalmente, por falta de conservação, não basta tapar os buracos, quando não esburacam mais ainda. 

A vida, a casa suporta desgaste, às vezes extremo, a política também se desgasta, como uma estrada, que tem de ser bem pavimentada e conservada, para que continue sendo útil ao seu dono e às pessoas que por ela trafegam. É, no mínimo, inteligente ajudar as pessoas de nossa convivência, cuidar do país, do qual somos todos responsáveis. Nosso Brasil está atravessando um momento difícil, e temos eleições nesse 2018. Os candidatos que se apresentam causam desconfiança, sem que se tenha esperança que eles possam resolver os problemas da Nação, que não são poucos. Infelizmente aos eleitores falta educação formal e cívica.  

Competência, empenho, maturidade para governar, o que se deve exigir dos candidatos. Ainda mais, que sejam uma  boa liderança, e voltem as esperanças, que se foram com a prisão de ex-presidente, considerado um salvador da pátria, na realidade um ignorante que se deixou levar e só fez burrada. Ainda estamos apegados a antigos costumes, manias, vícios, sempre eternos preguiçosos, ou celerados, que fazem tudo errado. Adultos eleitores exerçam seus direitos, ou os políticos eleitos, cumpram os deveres inerentes ao cargo. Somos um país rico, temos uma democracia, e se eduque a população para saber votar. E possam cobrar dos governantes ações efetivas para o progresso do país, a educação e saúde ora em estado calamitoso, e parem de assaltar aos cofres público. Sem isso não vamos em frente, continuamos um país tristemente vilipendiado no atraso.  

sexta-feira, 27 de julho de 2018






                                         O BOM DA PAZ

         




            Infância, período que vai do nascimento até os quatorze anos, mais ou menos, tempo para avalizar as qualidades e corrigir os defeitos de fabricação, sempre há. O caráter em formação, quando se confirma o que é bom e autêntico. E que é mal e falso não receber qualquer guarida.  

         Mocidade, tempo de ter rumo e não perder o prumo, construir bom alicerce. Aproveitar as mudanças de estação, para de tempos em tempos renovar as esperanças. Tempo de avaliar as decisões, ir por aquele caminho, construir aquela casa, fazer aquele concurso,  deixar um bom emprego para casar, outra vez renunciar ao sucesso profissional para cuidar dos filhos, manter o casamento para sempre. 

           Maturidade, mesmo um pouco vergada, continuar na luta por algo mais além da ilusão de felicidade. Tempo da reciclagem, e não lastimar o que fez ou deixou de fazer, e seguir em frente. Não ficar na sombra de ninguém, do mundo não sentir medo, e das falsas expectativas se poupar. Saber ganhar e perder. Não se punir e confiar. Tempo de não insistir em escutar uma música que não é do seu agrado, nem seguir o que não lhe faz bem.

         Como me vejo hoje, na velhice, que aos oitenta se inicia?  O quanto me valeu ter convivido de perto com a cultura europeia dos meus avós, além das outras culturas, que me fizeram ser quem sou. Mesmo que as guerras tenham sido ameaças às esperanças, sou grata pela paz. O bom da paz é ser bendita, a paz que nos dá alegria de viver. Total ausência de conflitos não há, mas que que sejam poucos e fáceis de resolver, ou simplesmente administrar, com sabedoria e boa vontade.

terça-feira, 24 de julho de 2018






                         
                                TER O SUFICIENTE!




             

              Produto muito apreciado pelo tamanho e volume é o sabonete com o nome "Vale quanto pesa". O valor monetário das coisas avaliado pelo peso, também pela quantidade, seguindo as regras do mercado. Rico só quem possui muitos bens materiais e tem boa soma em dinheiro aplicado no banco. E um pobre coitado é aquele que tem pouco a contabilizar em moeda sonante, sem ter luxo para exibir na praça. Vem daí o medo das pessoas serem consideradas baratas, por não possuir isso e aquilo, sentem vergonha de não andar na moda, não ter um carro último modelo, morar num apartamento modesto, a casa não ter dois andares, por aí vai. Vivemos num país populoso e temos uma a sociedade dispersa, que não trata de valorizar a verdadeira riqueza que possui, sua gente, que vive dispersa, querendo simplesmente aparentar o que não é, nem tem. Somos todos vítimas de uma ignorância generalizada.           
             
               Mesmo que nosso peso corporal seja medido em quilos, o cálculo real do valor de cada um de nós, seres humanos, não se mede pelo peso em ouro, nem pelo padrão luxo e vaidade, mas pode ser muito bem  avaliado pelo caráter, pela fortaleza de espírito, pela bondade da alma. Nossa maior riqueza está investida em cultura, universal e local, nos laços afetivos que nos unem, fortalecidos na cooperação, na solidariedade, na confiança, e que se tenha saldo positivo. Do contrário pouco vale ter dinheiro e títulos universitários. Por maior que seja a riqueza amealhada, de nada adianta, se temos um saldo negativo no que é mais importante para ser rico de verdade.     
              
              Há quem tenha vocação para ganhar dinheiro, e o faz honestamente, mas tem muita gente querendo enriquecer da noite para o dia, o que é, no mínimo, desaconselhado. A maioria, todavia, deseja uma vida de crescimento moderado e honesto, possua o suficiente para viver com  tranquilidade e conforto. Quantas pessoas ricas, ou remediadas, com prestigio político para todo o lado, mas sem sossego e paz, tendo a companhia de muita gente por interesse. E estando sozinhos, sejamos uma boa companhia para nós mesmos. Bênção de Deus estar de bem com a vida, tem quem mereça . 

              É tempo de eleições, e o que se vê são os sorrisos falsos, deslavados, dos políticos, a pedirem votos para se reelegerem. A Nação clama por renovação. Não se iludam com as mentiras, exijam um programa de governo que reflita a realidade do país. A ambição que vá no rumo certo do progresso sustentável para todos.
POLÍTICOS NA BALANÇA

segunda-feira, 23 de julho de 2018






  
             A  PALAVRA CERTA



O feminismo no estágio atual usa a palavra "empoderamento", criada na esteira do movimento,  mas que não soa muito bem. O sentido é de poder, superioridade, dureza, o que remete ao machismo que se quer combater. Uma simples troca de poder, e caímos no outro extremo. A mulher a duras penas conseguiu sua liberdade  de pensar, seu direito de competir no mercado de trabalho, isso há apenas algumas décadas, e que seja bem sucedida em todos os sentidos. Um gênero querer se sobrepor ao outro não é boa coisa, a briga continua.

 Em vez de empoderamento, uma palavra que remete ao poder pelo poder, melhor seria  conscientização, que interioriza e eleva, além de promover a cura de um mal psicológico. Mas a palavra certa, que representa tudo o que as mulheres querem alcançar é  respeito.  A importância do respeito, para  uma vida mais justa, para um mundo  melhor. O respeito de todos para com todos, inclusive nas redes sociais, e não se torne palco de desavenças. No nosso meio social, a violência toma conta do dia a dia. A começar pela família,  os pais hoje proibidos de baterem nos filhos, nenhuma educação  tem amparo na surra, no humilhante tapa na cara, o que só acontece quando mão existe amor, enfim, falta respeito. 

             O contato violento que substitui o amor, a consideração, o respeito, e dessa forma absurda a pessoa violentada, explorada, ainda assim, atendida em suas carências, sente-se até mesmo grata. Melhor que o descaso, o abandono, que se dê por satisfeito. O poder político brasileiro reflete tudo isso, constituído, em sua maioria de homens, que  chegaram a uma pobreza mental, a uma torpeza moral nunca dantes imaginada. Sem respeito, compreensão, cooperação fica difícil a vida em sociedade prosperar. Conviver não é fácil, tem que acostumar com o outro, às vezes, seu oposto, não apenas no sexo, mas que foram feitos um para o outro. Com os temperamentos e a maneira de ser e de pensar, a coisa piora, o que clama por boa vontade e respeito.

Triste essa oscilação entre a indiferença e a maldade, e o quanto se precisa de atenção, de cuidado, de amor. Os pais amem seus filhos, o país se preocupe com o bem estar de todos. Entenda-se que a violência, seja qual for, ou simples descaso, é como um tapa na cara, frustra a esperança, destrói a autoestima. A importância de se sentir amado para uma vida plena, fortalecida moral e psicologicamente, desde a infância, desde sempre. Os brasileiros sofrem com a falta de autoestima, enquanto o desamor, avança sobre todos. E do que mais se precisa é reaprender a respeitar e exigir ser respeitado, e não se deixar afogar num mar de desavenças, como esse em que se vive atualmente. Hoje em dia as pessoas não tendo mais amor, nem  respeito por nada, nem por ninguém.

            Respeito, para o bem de todos e  felicidade geral da Nação!       


domingo, 22 de julho de 2018








       FATOS NOVOS: 
      NOSSO AMANHà
      E ELEIÇÕES 2018 




Certo que nem tudo é como a gente quer que seja, a vida nunca segue apenas nossa vontade. O mundo não é igual sempre, nunca foi, nem vai ser daqui para frente. Hoje diferente do que foi ontem e do que será amanhã. Mas não é bom que tudo continue na mesma, assim como não é certo que as coisas mudem de uma hora para outra. Não vale dizer que nossa vida está completa, nem aos oitenta. Como o tempo não para, mudamos a cada dia que passa, é só olhar no espelho de casa, também nos mirar nesse grande espelho que é o universo. E o quanto podemos ainda fazer, mesmo na idade dita avançada. Quando a barra pesar, ter paciência, mas não deixar o circo pegar fogo, tem que estar atento.

Indo em frente, ou empurrada, jamais permanecemos na mesma, a vida nos reserva surpresas. E o quanto é certo que de tempos em tempos haja mudanças. Dar aquela guinada é para os corajosos, mas ficar só à esperando que os ventos soprem a favor é desaconselhável. Se cheguei aqui foi devido aos avanços que concedi a mim mesma, ajudada, ou agindo por conta e risco. Tem os astros, o lugar, dia e hora em que nascemos, o que vivenciamos, tudo junto e misturado, que nos faz do jeito que somos. Sei muito bem quem sou, o que nem todos têm obrigação de saber, importa que eu mesma  me reconheça. Amo mudanças, dessas que acontecem para que a vida siga seu curso, como um rio. Algumas perdas são necessárias, mas cuidado para não perder o essencial, nem adquirir apenas o supérfluo. 

          Um fato novo cria situações novas, mas fato novo é fato novo; não fato, ou prato, requentado. A política brasileira sempre na mesma, sai eleição entra eleição, os mesmo políticos, que nós outros já sabemos o que eles querem. As caras não mudam, e se mudam, permanece a mesma mentalidade, e o que vemos é um desastre atrás do outro, o país afogado no atraso. Quando tudo parece esclarecido, o processo em vias de ser concluído, o condenado preso após o julgamento em segunda instância, entra em ação um juiz interino para soltar o condenado, alega um fato novo: a candidatura do condenado que quer retornar ao poder, agora, em 2018. Certo? Claro que não. Por mais de uma década Luís Inácio Lula da Silva foi o todo poderoso salvador da pátria. Um fato novo seria o ex-presidente reconhecer o que fez de errado, e não foi pouco, e pedir desculpa à Nação. 

O BRASIL MERECE SEU VOTO CONSCIENTE!
  

quinta-feira, 19 de julho de 2018








                     DIREITO À VIDA





Somos humanos antes de nos tornarmos seres sociais, um ser natural antes do ser social. Abortar é um ato desumano e antissocial, nada menos que isso, sem a desculpa de ser uma concepção indesejada. Como indesejada se foi um ato de livre e espontânea vontade, não foi forçada e não houve um estupro? Tem o forte impulso primal que leva homem e mulher a se unirem no ato sexual. Inocência não há nesse jogo, que entra o prazer, mas pode ter sérias consequências. A carne é fraca, sim, e a irresponsabilidade é forte, no caso em questão. Inocente mesmo é a criança gerada e não deve ser sacrificada.

O querer e não querer tem repercussão social, pois, abortar, é um ato antissocial, antieconômico, ante tudo, vai contra o senso comum.

Não vale a mãe alegar não ter condições de criar aquele filho.  Já o aborto é contra a natureza e desumano,  também atenta contra a sociedade, feitos na clandestinidade quando além da morte do filho, a mãe corre perigo. Se houver internação em hospital, a lei permitir o aborto, o que acontece em alguns países, menos no Brasil, o Estado arca com a despesa para a interrupção da gravidez, entenda-se, um atentado contra uma vida, e, no mínimo, contra o bom senso.

Uma gravidez tem repercussão social, e em vez de defender o aborto sejam defendidas políticas de conscientização das mulheres para seus direitos e deveres, pessoais, e para com a sociedade como um todo. Entra aqui o planejamento familiar. 

As leis sociais da Igreja foram criadas para que ninguém vá para o inferno, no caso específico, a consciência martirizada por um ato traumático, o aborto, não importam as circunstâncias. A vontade não é soberana, o que seria a ditadura do eu, da vontade, ante democrático, em suma. O livre arbítrio exige a responsabilidade que cada um tem por seus atos frente a Deus e à sociedade. O slogan: "mulheres, sejam responsáveis".  O aborto é espécie de eutanásia, que nem com o consentimento próprio é permitido.

A concepção de outro ser humano  tem nossa assinatura, como uma fatura assinada, compromisso que tem de ser cumprido, sem direito a devolução do produto, que não está avariado, e mesmo se estivesse não há como devolver, não há alegação possível. Não está no ventre de uma mãe um “tumor desgraçado”, que tem de ser extirpado, comparação mais doida que foi feita. O corpo é seu, mas não cabe falar assim de um gestação, que não é totalmente sua, nem nunca será. À criança é resguardado pelo Estado o direito de nascer, tendo direito à saúde desde a concepção. Os demais direitos que terá assegurado para ela por toda a vida. A mulher abortista alega que é dona do seu corpo, mas não do corpo que está abrigado em seu ventre, sem direito de escolha de estar ali, nem dali ser removido. Respeitemos os direitos da mulher -  menos o direito, que ninguém tem, de matar.

sexta-feira, 13 de julho de 2018




                                                        FOGO CRUZADO







         — Tia, você está sob fogo cruzado!

      Palavras impactantes, que na hora não receberam a devida atenção, criança não era para se envolver com os problemas dos adultos. Mas tinha todo cabimento aquele comentário, pensou depois a tia da menina. 
          
        Mas, quem entra na água é pra se molhar, quem entra no fogo...!
       
       Cuidado, hoje é sexta-feira 13!    








           CONSTRUIR SEMPRE


   
       Movimentos radicais surgem na esteira do ateísmo, descartam a reconstrução desse nosso mundo em crise, prega a desconstrução, simples, simples. São a favor de uma total liberdade, e tudo o mais que acham necessário para a "salvação" do mundo. Como uma nova religião, a da descrença, enquanto a religião tradicional não mais salvaria, ou nunca teria salvo ninguém. Na verdade, não há quem seja totalmente livre, e todos nós o que queremos é estar em boas mãos, do contrário, nos sentimos desamparados, e a vida torna-se, no mínimo, um desprazer. O amparo que existe nas relações humanas, e das pessoas para com Deus, que haja fé, para que a vida seja mais confiável e saudável. O direito fundamental das pessoas serem livres de todo mal. Amém!.
  
Termos o domínio próprio, e os melhores propósitos, além da consciência sobre o mal da dominação de fora, que desequilibra, o que é crucial no nosso tempo. Nações maiores e mais ricas ainda hoje querem dominar as menores e mais pobres, assim como os mais poderosos para com os que têm pouco ou nenhum poder. Indivíduos querendo se sobrepor uns aos outros, o quanto isto é desconfortável, duro de aceitar. Aqui e ali, longe e perto, é o que se  percebe na relação  homem e mulher, noivos, namorados, sempre tem aquela pessoa que se acha dona do outro, superior. Falta amor, afeto, nobreza dos sentimentos, lealdade nos interesses. Absurdos ditos da boca para fora, mas tem quem queira mesmo  acabar com tudo, quando fala em desconstruir. A tão falada e já quase esquecida desconstrução, demonstração de soberba. 

Devíamos nos sentir soberanos através do número de virtudes que se possui, e em vez de querer uma vida extraordinária, que nos coloque além do bem e do mal, o que revela o vazio de quem não tem coisa melhor na cabeça para reivindicar. Pedimos mais e mais liberdade, mas tudo que é demais sobra, inclusive a liberdade. Esquecemos do poder que tem a renúncia, o não querer por querer. Por falta das virtudes essenciais, da bondade, justiça, compaixão, abraçamos a corrupção, uma praga atual. Escapar do assédio das pessoas com tendência para dominar, e geralmente dominam, pela força do mal que se desenvolve de forma avassaladora. 

           O  bem não é fraqueza, e sim fortaleza, senhores e senhoras, adeptos da desconstrução, enquanto o mal não passa de covardia e medo. Mas parece que chegamos ao tempo de pós-desconstrução, isso se a desconstrução de alguma forma vingou, ou ainda quer vingar. Aventuras ideológicas, que surgem para escravizar, com a desculpa da promessa de uma liberdade total e irrestrita, que ninguém vai saber o que fazer com ela. E tudo começa  dentro da pessoa, na vida de cada um, não como um filme qualquer, mas uma trama real, para ser bem construída, reconstruída, o que requer seriedade, caráter. Levar a sério a construção e a condução da sua história, não improvisar, não usar qualquer material, sem precipitação, nem se retarde a ação, e torcer para que o romance tenha um final feliz. Tem razão quem diz que no tempo certo surpresas são certas. As bem-vindas surpresas, ao lado das fundamentais certezas.

Não se profane a religião com a desilusão de que Deus e a religião não servem para mais nada. Se fechada a porta da fé, diante de  uma vontade dominadora, seriam abertas outras tantas portas, que ninguém sabe aonde irão dar. Crenças do prazer mundano, da diversão, da desilusão, para ocupar todas as horas e todos os espaços. É certo dar um copo d´água a quem tem sede, abraçar o outro, sentar no sofá para escutar, ou desabafar as dores, mas tem que ir mais fundo, atingir a alma. Escutar na igreja as palavras do padre, mesmo que já não causem tanta empolgação, mas fazem refletir. Disse Malala Youçafzai que acaba de visitar o Brasil: "Amo Deus. Ele me dá alturas para alcançar as pessoas." E temos a missa, que serve para superar os mesquinhos conflitos do dia a dia, de modo  que haja esperança, pois temos um Pai e uma Mãe no céu, o que não é pouca coisa — vale a adoção.
             
        Sementes do bem plantadas na alma dão frutos, com certeza. Fontes  de generosidade,  amorosidade, calcadas na fé e na verdade, para adquirir superação, e que não se perca energia vital, mas obtenha-se a fortaleza necessária, que não se encontra fora, em qualquer parte. Ter um bom convívio, para que não aconteçam os maus encontros. Certo que o bem fortalece, e se possa resistir às ilusões do mal, que só enfraquece. A graça santificante dos fortes, dos libertos do egoísmo, da escravidão, que destrói vidas, tanta coisa ruim que pregam mundo afora. Tem gente a perder seu precioso tempo com quixotismos, ou modismos de um passado recente, que surgem e passam na maior rapidez, sem deixar saudade. Deus seja louvado! Amém!    

terça-feira, 10 de julho de 2018





                   VITÓRIA  ALÉM DA COPA 



Time de futebol Javalis Selvagens


As melhores seleções do mundo estão reunidas para a Copa na Rússia, chegaram as quartas de final, sem o Brasil, já eliminado nas oitavas de final. Foi quando o noticiário se voltou para um anônimo time de futebol tailandês, os Javalis Selvagens. Doze meninos entre onze e dezessete anos estavam presos na caverna Tham Luang na Tailândia, junto com seu treinador, que após o treino dirigiram-se em passeio à caverna, quando foram surpreendidos por fortes chuvas, comuns nesse tempo, e eles não mais puderam sai do local inundado. Por nove dias ficaram isolados sem comer nem beber, até que foram encontrados por um experiente mergulhador de caverna, num feliz acaso, ao subir para respirar deu de cara com o grupo amontoado na escuridão em um banco de lama. Mostrados pela câmara, o mundo todo passou a acompanhar o drama que se seguiu, para resgate daquelas frágeis criaturas que ainda esboçavam um leve sorriso, uma situação desoladora.

A pergunta que surgiu na cabeça da quase totalidade dos habitantes do planeta era como tirá-los dali o mais rápido possível, as chuvas não paravam, e a inundação aumentava podendo engolir a todos.  Outra grande torcida formou-se fora dos estádios de futebol para o resgate daqueles jovens, que eles saíssem vitoriosos desse jogo contra a natureza selvagem e contra o tempo. Calma e  confiança era com o os meninos se mantinham, contando com a ajuda do seu treinador, monge budista, que teve a imprudência de entra naquela arapuca, mas tratou de manter a turma tranquila através da meditação. Montado o esquema de salvamento com a ajuda vinda dos quatro cantos do planeta, sendo fundamental a competência dos mergulhadores de caverna, para em tempo recorde resolverem caso tão complexo, com risco extremo. Até que o mundo suspirou aliviado e os quatro primeiros garotos puderam ver a luz do dia, e foi assim a cada dia até o resgate de todos. As orações não paravam, para a vitória final desse outro jogo, o que a vida às vezes impõe, além do que se pode prever, ou não houve atenção em detectar o perigo.  

O curioso é que em nenhum momento os meninos demonstraram desespero, não os vimos chorar. Diferente do que aconteceu com nosso maior craque, que esteve aos prantos de um desvalido nos gramados russos, palco da derrota brasileira, o já apelidado de cai-cai, por jogar-se no chão a qualquer esbarrão, antes da seleção ser eliminada pelos belgas. Para as quartas de final ficaram as a Inglaterra, França, Bélgica e Croácia, que além de grandes jogadores em seus times, contavam com um projeto para ser cumprido com dedicação e competência, o que faltou ao time do Brasil. Temos grandes craques, um bom treinador, e o que nos falta? Atualmente falta aquele espírito de competição, aquela garra de vencer, coisa que tivemos tempos atrás até o Brasil chegar a pentacampeão. Quando não vencia, era finalistas. Atualmente nos falta muito para sermos campeões não apenas no futebol, mas em tudo a mais, que requer competência, planejamento, maturidade, bem distantes de outros países que chegaram galhardamente como finalistas na Copa. Qualquer dos quatro estão habilitados ao título, acompanho a impressão de todos os que assistem encantados este final da Copa da Rússia.

Alegria das crianças após o feliz resgate 

domingo, 8 de julho de 2018






  


                  IRLANDA – REFERENDO






A Igreja Católica desde sempre defensora dos direitos da mulher, mas atualmente é acusada de todos os desacertos no mundo, inclusive da opressão contra o gênero feminino. Na realidade a pregação católica é para que todos sejam tratados em igualdade de condição, como filhos de Deus. Pioneira na defesa dos direitos humanos, consta dos Evangelhos que Jesus “ia de cidade em cidade para pregar às mulheres.” Lucas 12;1-8 dá especial relevo ao papel do feminino, e Mateus 8:38-42 narra o que aconteceu na casa de Marta e Maria, a conversa que o Mestre de Nazaré teve com as duas irmãs, não aceitando a queixa de uma por trabalhar enquanto a outra rezava, e recebe a reprimenda, que seus valores são iguais, sem distinção. Discriminação e rivalidade como uma tendência entre os seres humanos, a ser corrigida, uns querendo por força se sobrepor ao outro, nem os irmãos de sangue escapam.

Na católica Irlanda, foi marcado um referendo para alterar a Constituição de 1937. Deve haver mudança nas cláusulas que discriminam as mulheres, e os constituintes falam erroneamente que as citadas cláusulas estão ali por influência da ética cristã. Na realidade a discriminação teria saído da vontade de uma sociedade machista, em sentido oposto aos dogmas católicos, que elevam as pessoas a um patamar digno da condição humana, tanto no que diz respeito ao feminino, quanto ao masculino, em igualdade de condições. Diz a Constituição irlandesa que: ”a mulher dá ao Estado um suporte sem o qual o bem comum não pode ser atingido ao reconhecer sua vida dentro do lar.”  Palavras que nada têm de religiosas, ao encorajarem as mulheres a não saírem de casa para trabalhar, e que cumpram seus deveres domésticos com exclusividade, e tem ainda outra cláusula: ”assegurar que as mães não serão obrigadas pela necessidade econômica a trabalhar de forma a negligenciar seus deveres no lar”.

No atual texto constitucional irlandês as mulheres são prejudicadas ao restringirem o direito das mulheres, e mais ainda as mães, para que elas não trabalhem fora de casa em nenhuma hipótese, isso sem que lhes sejam ofertado respaldo financeiro para exercerem a função social apontada como de “suporte do Estado”. Uma incongruência, tirar das mulheres o direito ao trabalho, sem que haja compensação, o que as inferioriza, até com perigo de miséria familiar. Em 2015 foi introduzido na constituição irlandesa o casamento gay e não tarda a ser liberado o aborto, coisas que a fé católica rejeita, mas não condena ao inferno as pessoas em suas escolhas pessoais, pois faz parte da doutrina católica o amor, a piedade, a compaixão.



quarta-feira, 4 de julho de 2018








          PÁTRIA AMADA, BRASIL





Perder um tempo precioso em pé na fila do banco, ou no consultório médico, se for preciso, melhor que não ter dinheiro para sacar, nem para pagar a conta, e pior, não contar com um plano de saúde. Com a idade temos atendimento preferencial, mas haja paciência diante das reclamações contra os privilégios dados aos idosos. As pessoas precisam adaptar-se ás leis, ter paciência. Quando estou à espera por minha vez, seja aonde for, aproveito para rezar, ou então passo é elucubrar sobre meus escritos, e acontecem boas inspirações de momento. 

            Paciência, palavra mágica, não é fácil aturar certas coisas, e quem suporta tudo sem reclamar, um ditado popular diz que a pessoa tem sangue de barata. A explicação é que a barata tem uma substância esbranquiçada em seu corpo, e não vai até o coração, não transmite sentimento, o que acontece com o sangue que corre nas veias dos humanos, Nosso sangue pode esquentar, normal brigar, contestar, e os mais esquentados partirem para cima do ofensor com quatro pedras na mão. Olhando para trás vejo o quanto aguentei sem reclamar, ou revidei intempestivamente, um dilema de consciência da barata cascuda, que poderia ser, e em alguns casos teria voado para cima ao primeiro sinal de provocação. Barata tem asa e pode voar.  

            Vivi a juventude e mocidade numa época em que a expectativa de futuro para a mulher era casar e ficar cuidando do lar. No primeiro emprego, como concursada, meu sangue de barata serviu para eu fazer ouvidos moucos às indiretas, aturar os olhares desconfiados por ser uma mãe que resolveu trabalhar, mas teria abandonado o lar e os filhos, já crescidos, por sinal. As mulheres estavam deixando de ser a dona baratinha que quer atrair um marido com a fita no cabelo e dinheiro na caixinha. A inocente paciência do inseto, que pode dar em grave erro, em certas ocasiões sendo providencial ter sangue de barata, ter calma, ter caráter, para não entrar em confusão, nem sair em defesa de algo que não valha a pena. E tem a plateia que aguarda para aplaudir ou condenar, quando é melhor acautelar-se, que os provocadores geralmente  estão bem armado.

           Nossa pátria amada Brasil, quente pela própria natureza, tem vocação para a felicidade, também para a transgressão, parece que suporta tudo, uma anarquia, que se confunde com desrespeito, com o ilícito. As mulheres que no passado suportavam os atrevimentos e saliências dos homens, com o avanço do feminismo esses homens com más tendência viraram misóginos, perversos, daí o aumento exponencial dos casos de estupros. Moralizar o país, que começa pelo respeito ao próximo, às leis, e que possamos nos libertar dos desmandos da corrupção, o que só atrapalha o futuro dos nossos filhos e netos. Esse nosso sangue de barata interpretado como conivência com o crime, com a corrupção, que vêm atrelados a toda essa liberdade, que não passa de libertinagem.  

              Na verdade, formiguinhas é o que somos, um povo laborioso, que às vezes carrega às costas um peso maior do que pode suportar. Mas que lindas as gaivotas, dessas que eu vi voando às margens do mar Báltico, em Estocolmo, numa daquelas feiras apreciadas pelos turistas, hora do almoço, e os pássaros, com uma rapidez incrível aproveitavam para tirar as deliciosas sardinhas dentre os dedos do descuidado. Afinal é o alimento da gaivota, não há o que reclamar, um cartaz avisava logo na entrada: “Cuidado com as gaivotas”. As gaivotas são irracionais, não roubam, enquanto nós racionais roubamos e nos deixamos roubar, e hoje o de que mais precisamos é acabar com esse triste costume da corrupção, que testa o meu, o teu, o nosso sangue de barata. Até quando? Temos nossos pais, possuímos uma pátria amada, salve, salve, mas nem sempre eles nos amam, nem nós os amamos como deveríamos. Pensemos nisso.


VIVA A SELEÇÃO!