terça-feira, 28 de abril de 2020






      

                                                     LONGEVIDADE






           Passar dos oitenta anos já não é novidade no tempo atual, a sonhada longevidade que chegou chegando, indo ao encontro dos anseios humanos de uma vida longa. E que se possa desfrutar mais alguns anos esse bem precioso, que é viver.

          Os anos passam e mudanças ocorrem em cada um de nós e na vida como um todo. Ideal que as pessoas almejam acolher com confiança e alegria para os anos de velhice, que podem ser muito bons de viver.

       É o idoso com preparo mental e emocional adicional, adquirido ao longo do tempo. A maturidade alicerçada nos anos de estudo e trabalho para decidir na velhice com maior confiança e firmeza.

      O paradoxal envelhecimento, que coroa a existência humana com o ápice da sua potência mental, também com a decrepitude física.

     Sofre o corpo com a passagem do tempo, mas o quanto a mente evolui dando ao idoso maior aptidão para enfrentar os desafios, tomar decisões.

    Ser criança, jovem, adulto, o quanto é árduo, a par do prazer experimentado nessas fazes da vida. 

    Envelhecer é um tempo especial, sem comparação,  damos graças a Deus.

domingo, 26 de abril de 2020






                       CONDIÇÃO HUMANA






              Mentes bem formadas na ciência médica, braços fortes para o trabalho pesado, almas caridosas no socorro os necessitados, eis do que realmente precisa o mundo em seus dolorosos desafios, atualmente no afã de acudir a humanidade nessa cruel pandemia. Descobrir um remédio, ou uma vacina contra o covid-19, assim como levar alimento para os famintos, consolar os aflitos, e tudo o mais que for necessário  fazer,  com urgência e sem medida. As questões humanas que devem ser tratadas com honestidade, e não se percam as cabeças, nem as esperanças no amanhã. Que haja mais e mais humanidade.
             
            Ismênia ia estudar e trabalhar fora da cidade natal, quando escutou uma parenta distante dizer com certo desdém: “Lá se vai ela”. A família estaria perdendo a filha, a irmã, a sobrinha, a prima, a amiga. Tempo de realização dos anseios pessoais e de liberdade para a mulher. Uma jovem de 17 anos, às vésperas de completar 18, que deixa a família e o lugar onde vivera até aquele momento. “Nunca mais seria a mesma”, lastimaram. Outra ou a mesma, o que Ismênia não podia era desperdiçar a oportunidade, mesmo com os entraves a superar.
                
             Sempre há o que temer em algumas pessoas e lugares.             

            Não mais a dissipação, em confronto com as exigências familiares e sociais nos moldes existentes. Diante das expectativas futuras, que batiam à porta, as mulheres foram à luta, e o sonho de Ismênia era ser medicina. Sem rasgar a cartilha adotada pelas gerações anteriores e seus valores é que partia , diante de uma nova perspectiva de vida. Não era mais aproveitar as sobras de um passado mesquinho, e, sim, começar a trilhar os próprios caminhos e se deliciar da alegria das escolhas e do prazer das oportunidades.

A ciência ensina que as novas experiências são para o cérebro como uma lapidação, e o tempo, esmeril que lapida o diamante bruto, dando aos neurônios refinado e especial brilho. Dádiva pertencer a uma geração que teve a sorte de enfrentar as mudanças sem perder a fé e com esperança. Médica formada e doutorada, Ismênia voltou da aposentadoria, por ironia do destino, para atender os doentes do covid-19 na sua cidade natal. Compadecida ainda chora, como nos primeiros tempos de exercício da profissão. O consolo que sente por estar salvando vidas — essa a missão do médico.

Ismênia vivera no tempo das epidemias do sarampo, da catapora, da caxumba, menos devastadoras. Tempos difíceis em outras situações, senão as piores, com uma Alemanha nazista e uma Rússia comunista  querendo dominar o mundo, e não parou por aí. Mas pode-se dizer, sem medo de errar, que foram aqueles os melhores jovens, homens e mulheres, heróis por excelência da modernidade. Uma juventude nada banal, que cala na alma de quem passou por tão grave processo de educação dos sentimentos e emoções.

 HOMENAGEM À EXEMPLAR MÉDICA MARIA DE NAZARETH RAMOS NEIVA (já falecida)

GRATIDÃO AOS MÉDICOS (AS), ENFERMEIROS (AS) E DEMAIS AGENTES DE SAÚDE
QUE ATUAM NA PANDEMIA DO COVID-19






sexta-feira, 17 de abril de 2020





MINITEXTO

                                  

                      


                     
                         TEMPO DE FÉ.

 




O mal, às vezes, é imprevisível e parece incontrolável. Uma pandemia ora se abate sobre nosso  planeta,   o população mundial recolhida em casa para evitar contaminação. A rapidez com que ocorre a disseminação da doença de pessoa para pessoa, através do ar. Dúvidas a mais sobre a genética desse novo coronavírus, originário da China, contra o qual os cientistas se debruçam diuturnamente, matando a cabeça para encontrar vacina e remédio eficaz 

É desolador saber que somos tão imensamente passíveis de contaminação por outros organismos, e também nos contaminarmos mutuamente. Mas o quanto é alvissareiro podermos salvar  esse querido e frágil corpo, com nossa imensa capacidade intelectual. Os meios estão ao nosso dispor. 

Cresce a fé na ciência, enquanto aumenta a descrença em outras tantas coisas. Além da consciência, é a ciência que pode nos livrar de um vírus tão letal como  esse. 

E quão  maravilhosa é a tecnologia, que não nos deixa ao desamparo espiritual. Se, no momento, não podemos comparecer à igreja, nós, católicos,  acompanhamos via computador, televisão e até mesmo celular, as missas e demais ritos da nossa fé. 

Com esperança e caridade damos graças a  Deus!