GALERIA VERMEER

quarta-feira, 4 de outubro de 2017






                 FILHOS, QUE BOM TÊ-LOS



O choro de um menino pequeno na garagem do meu prédio fez-me lembrar com saudade do meu filho na mesma idade, o chorão da família, hoje com mais de cinquenta anos, mas parece que todos os filhos continuam crianças para seus pais. Verifiquei que havia uma mãe atarefada descarregando as compras do carro enquanto lidava com suas duas crianças, o mais velho a chorar por algum desejo não satisfeito. A menina menor ajudava com as compras.

De imediato comecei a elucubrar sobre a condição feminina e masculina, no que têm de diferenças e semelhanças. A mulher seria fisicamente mais frágil que o homem, mas ela teria a seu favor o dom de fazer da fraqueza força. Ela, que se empenha em agir mais ainda com o coração, o que pode ser motivo de controvérsia.

Mesmo que o forte no homem seja a ação, não lhe falta sensibilidade. Meu único filho não chora mais por coisas banais, atento aos dramas humanos, aos problemas mundiais, um filósofo, em especial, um homem sensível, que vejo chorar as mortes na família, contido, agora que já não é mais criança. As duas irmãs dele mais consoladoras. Homem e mulher possuidores de razão e sensibilidade, que têm o sexo com diferenças básicas, fundamentais.



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