LABOR
E ORAÇÃO
Sábios da antiguidade, os estoicos Epíteto, Sêneca
e Marco Aurélio, aconselham a reflexão
sobre si mesmo e o dedicar-se com afinco ao trabalho, e se evite perder tempo
com coisas que não tragam bom retorno. Na aurora dos novos tempos ocorre uma
espécie de irrupção da razão, quando então a cristandade do rude pescador, que
lança suas redes perto da costa sabendo o que vai encontrar, parte para uma
navegação em mar aberto com toda vontade. Entenda-se que a abertura cristã está
ao lado, e não contra a razão.
A formidável empreitada do espírito a
cargo do Cristianismo, afeiçoado à racionalidade dos gregos, também eles sensíveis
às coisas do espírito. E nos dias de hoje, todo tempo e atenção estão voltados para
o que seduz materialmente, por conta dos avanços da tecnologia. Os contatos via
internet pelas redes sociais, onde o que mais falta é sinceridade. E sobra audácia
nas investidas contra a natureza e sua moral nesse nosso mundo permissivo.
Diz o filósofo cristão, criador do personalismo, Emmanuel Mounier, “a
natureza é conservadora”. Os segredos da natureza refletidos nos corações, e a
regra é jamais ultrapassar seus limites. E sabe-se que a evoluída consciência
cristã não entra em confronto com o conservadorismo do instinto. O homem em equilibrio de forças afirma sua humanidade, confirma sua religiosidade, sobre um materialismo que se pensava riunfante. Afasta os impulsos negativos de uma mediocridade satisfeita, forma moderna do vazio, que leva com facilidade para o lado demoníaco .
Nenhum comentário:
Postar um comentário