GALERIA VERMEER

sábado, 6 de julho de 2024

 


                                                      É PRECISO TER FÉ!

 

 

POR DO SOL EM SÃO LUÍS-MA



 

                  Século passado Freud tentou explicar o motivo de algumas pessoas ficarem presas a eventos traumáticos por meio de obsessões e pesadelos.  Teoria pavimentada na força vital, ou libido, simples demais para explicar a psicologia humana. Também  pobre demais esse estudo para revelar  o que se passa  em nossa mente, o que nos derruba e revela nossa fragilidade. Quando aconteceu a Segunda Guerra,  do trauma coletivo e do Holocausto, vindo a negar que havíamos chegado ao pico da nossa evolução, ao triunfo do processo civilizatório. O psiquiatra alemão falou, então, que além da libido outra força enredava a mente ferida em luto, tristeza e morte. Vida e morte. Ser e não ser. Os efeitos duradouros do dano psíquico.

                 Verdade que nunca houve escassez de traumas  em toda a história, coletiva, ou em particular . Exponho tudo isso para dizer algo sobre a morte prematura de Regina Maria, que parecia isenta de qualquer trauma. E porque partiu tão cedo deixando tantas pessoas tristes, assim como sua madrinha, que tinha orgulho de ter uma afilhada tão linda e querida por todos. Minha afilhada teve os melhores  avós maternos e paternos que alguém poderia  sonhar; teve os melhores pais, meio aventureiros,  os melhores irmãos e amigos. Formou-se como  uma pessoa do bem: boa neta, filha, irmã e  amiga. Teve um casamento feliz, tornando-se boa esposa e mãe devotada. Aposentado do BB. Tinha consciência do quanto fora bem aquinhoada.

                 Está na Bíblia: “ O muito que lhe é dado, muito lhe é cobrado”.  E minha afilhada, mesmo não sendo tão religiosa, teria cobrado a si mesmo, além das cobranças que possam ter ocorrido por fora. Uma pessoa chegou a dizer em infeliz brincadeira, após sua morte:“ E agora, macaca? Regina Maria estaria sendo vítima de remotas origens, no que Freud explica. Foi citado acima o Holocausto,  evento mais traumático da história, sobre o qual escreveu o  psiquiatra Viktor Frank, no livro Em busca de Sentido, narrativa das condições terríveis em que viveu no campo de concentração, testemunhando o comportamento dos demais prisioneiros, que em meio tanta desumanidade trataram de ampliar sua humanidade. E resta a dúvida se ainda podemos ter a vida, que é do nosso direito como seres humanos, uma vez que vivemos em um mundo de desesperados por tudo, mas sem esperança do que é essencial à realização da humanidade como um todo.

           É preciso ter fé! Ter fé em em Deus, o Bem, e que em seu seio se abrigue nossa querida Regina Maria. 


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