É PRECISO TER FÉ!
POR DO SOL EM SÃO LUÍS-MA |
Século passado Freud tentou
explicar o motivo de algumas pessoas ficarem presas a eventos traumáticos por
meio de obsessões e pesadelos. Teoria pavimentada
na força vital, ou libido, simples demais para explicar a psicologia humana. Também
pobre demais esse estudo para revelar o que se passa em nossa mente, o que nos derruba e revela
nossa fragilidade. Quando aconteceu a Segunda Guerra, do trauma coletivo e do Holocausto, vindo a
negar que havíamos chegado ao pico da nossa evolução, ao triunfo do processo
civilizatório. O psiquiatra alemão falou, então, que além da libido outra força
enredava a mente ferida em luto, tristeza e morte. Vida e morte. Ser e não ser.
Os efeitos duradouros do dano psíquico.
Verdade que nunca houve
escassez de traumas em toda a história,
coletiva, ou em particular . Exponho tudo isso para dizer algo sobre a morte
prematura de Regina Maria, que parecia isenta de qualquer trauma. E porque partiu
tão cedo deixando tantas pessoas tristes, assim como sua madrinha, que tinha
orgulho de ter uma afilhada tão linda e querida por todos. Minha afilhada teve
os melhores avós maternos e paternos que
alguém poderia sonhar; teve os melhores
pais, meio aventureiros, os melhores irmãos e amigos. Formou-se como uma pessoa
do bem: boa neta, filha, irmã e amiga. Teve um casamento feliz, tornando-se boa esposa e mãe devotada. Aposentado
do BB. Tinha consciência do quanto fora bem aquinhoada.
Está na Bíblia: “ O muito que lhe é dado, muito lhe é cobrado”. E minha afilhada, mesmo não sendo tão religiosa, teria cobrado a si mesmo, além das cobranças que possam ter ocorrido por fora. Uma pessoa chegou a dizer em infeliz brincadeira, após sua morte:“ E agora, macaca? Regina Maria estaria sendo vítima de remotas origens, no que Freud explica. Foi citado acima o Holocausto, evento mais traumático da história, sobre o qual escreveu o psiquiatra Viktor Frank, no livro Em busca de Sentido, narrativa das condições terríveis em que viveu no campo de concentração, testemunhando o comportamento dos demais prisioneiros, que em meio tanta desumanidade trataram de ampliar sua humanidade. E resta a dúvida se ainda podemos ter a vida, que é do nosso direito como seres humanos, uma vez que vivemos em um mundo de desesperados por tudo, mas sem esperança do que é essencial à realização da humanidade como um todo.
É preciso ter fé! Ter fé em em Deus, o Bem, e que em seu seio se abrigue nossa querida Regina Maria.
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