GRACIOSA CASA PORTUGUESA, COM CERTEZA!
TEMPO, TEMPO, TEMPO!
Um dia não vamos mais voltar para a casa em que vivemos os primeiros anos de nossas vidas. E é certo que alguns de nós deixarão para sempre a cidade natal. Todos aqueles momentos vividos no passado vão se transformar em memória, boas de recordar. Um tempo também sofrido, como todo tempo, que passa, enquanto a pessoa cresce, aprende, amadurece. Evoluímos com o tempo que passa, e a regra da vida é não ficarmos parados no tempo. Recordar com gratidão o tempo vivido, lembrar as pessoas com quem convivemos e foram importantes em cada etapa da nossa vida. Guardar no fundo do coração os que partiram para sempre, deixando saudade. E se nos perguntarmos o que a vida quer de nós, a resposta é fé e esperança para acolher cada novo tempo de viver.
Entra pela velhice com cuidado,
Pé ante pé, sem provocar rumores,
Que despertem
lembranças do passado,
Sonhos de glórias, ilusões de amores.
Do que tiveres no pomar plantado,
Apanha os frutos
e recolhe as flores;
Mas lavras, ainda, e planta o teu eirado,
Que outros virão colher quando te fores.
Não te seja a velhice enfermidade.
Alimenta no espírito a saúde,
Luta contra as tibiezas da vontade.
Que a neve caia, o teu ardor não mude.
Mantém-te jovem, pouco importa a idade,
Tem cada idade a sua juventude...
Manuel de Bastos Tigre