Liberdade
Para falar em
liberdade, antes, temos que pensar na
obediência, que não significa prisão, mas sabedoria para seguir princípios; os primeiros
recebidos dos pais, que norteiam suas vidas por princípios e a vida dos filhos.
Depois, a liberdade de pensar e agir por conta própria, sem que deixemos de
obedecer a quem, e ao que importa. Leis universais nos são impostas, e regras
de conduta, indispensáveis ao bom convívio com os outros, sejam semelhantes, ou
diferentes de nós. Daí vem o respeito, que não significa que se deva aderir a tudo
e a todos. Ao primeiro chamado lá se vai, achando que se deve fazer algo, ou
participar do que não nos diz muito respeito, apenas para não ficar de fora. No
entanto, parar para conferir as coisas, analisar
as pessoas, se é bom para mim, ou não, se me convém.
A clássica
doutrina utilitarista defende a liberdade e felicidade, tendo como princípio
que uma pessoa só deve explicações à sociedade pelos atos que afetem os demais.
Acontece que são quase, senão, todos. Qualquer coisa que se faça estamos
interferindo no outro, próximo e até distante, hoje mais que nunca, com a
comunicação existente entre as pessoas, as relações cada vez mais próximas,
principalmente, devido os modernos veículos de comunicação e a internet. O
utilitarista John Stuart Mill prega em seus princípios éticos a liberdade e
felicidade tendo como base a moral, na qual se enquadra, inclusive, a liberdade
religiosa. A utilidade, “baseada no
interesse permanente do homem como um ser em evolução”.
Destaco
alguns pontos do estudo feito por Michael J. Sandel no livro “Justiça - O que é fazer a coisa
certa”, ao analisar a filosofia de Stuart Mill:
Que o
respeito à liberdade levariam à felicidade a longo prazo, baseada na moral para
o direito dos indivíduos, direitos que não devem ser reféns das contingências.
A liberdade
individual é menos importante pelo prazer que ela proporciona, e mais por
aquilo que reflete, ou seja, o caráter e desenvolvimento humano. Os prazeres
classificados em mais elevados e duradouros, ou virtudes, que promovem a vida, e
os prazeres banais que não significam
felicidade, mesmo sendo intensos.
O peso que
tem as preferências segundo o cálculo primitivo
de prazer e dor para se medir a felicidade. Prazeres que são incapazes de refletir
a felicidade, inclusive, prazeres perversos que devem ser evitados em respeito à vida, à própria felicidade.
Considerar a
liberdade de escolher entre um prazer e
outro, tendo em vista o seu valor qualitativo. A faculdade racional de
discernimento é que nos torna verdadeiramente humanos
O ideal de
liberdade e felicidade a atingir é da dignidade humana, o que tem a
personalidade realmente independente. O senso de dignidade que livra das tentações,
dos prazeres ocasionais, da ilusão de felicidade.