quarta-feira, 31 de julho de 2024

 

INTERPRETAÇÃO


 

            Ao nascer recebemos os cuidados necessários à nossa fragilidade, o que nos acompanha vida afora. Uma travessia que pode durar mais de um século. Não nascemos prontos, temos que evoluir. Mas desvalidos é que não somos, quando possuimos o dom da razão, e, se temos a fé em Deus, estamos bem assessorados para a importante missão.   

              Regra primeira, usar razão, inclusive, sermos obediente aos limites que ela nos impõe.  Regra segunda, ter o bem como meta, o que significa ter ética, ter fé em Deus. Triste é ficar simplesmente sob o poder do que der e vier, como os irracionais. Lutar pela integridade do corpo e da alma. Saber que a racionalidade é perigosa, assim como a religiosidade não está isenta de perigos. Mas possa o homem abrir seu caminho livre de todo o mal.   

               Os irracionais têm o instinto aguçado no comando do seu agir. Já os humanos acham que podem tudo. Enganam-se. 


segunda-feira, 29 de julho de 2024

  


CERTO!



  

PARABÉNS AVÓS!



                              Até os anos 50 o mundo esteve despreocupado quanto ao futuro, o presente vivido em segurança, e que do memso modo seriam os dias futuros, por se viver. As experiências dentro dos padrões entendidos como ideais, ali na terra natal. Mas com o advento dos motores, que acionaram os trens e os teares, foi dada a partida definitiva para o progresso, que ocorreria nas cidades grandes com suas fábricas. A modernidade caracterizada pela escalada técnico-científica, quando então o mundo se torna palco de sorte de coisas, e causa desconfiança. E hoje o que se vê é o consumismo do que se produz, de tudo que se imagina, quer tenha valor, ou não. Valor, coisa que já se perdeu a noção do que significa. A vida cada vez mais corrida, e gente ansiosa e menos feliz, todos acalentado por uma tecnologia, que tenta suprir a falta da alegria de viver de outros tempos. A atualidade em substituição à modernidade. A mania é viver o presente

\


sexta-feira, 26 de julho de 2024

quinta-feira, 25 de julho de 2024

   





Танец - Ураган!!!

 



 

 

FRASES

 

 Não espere uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.”

                                                   Platão

“Nada é suficiente para quem considera pouco o suficiente.”

                                                  Epicuro

“Esperança é o sonho do homem acordado.”

                                                 Aristóteles

“Um ato de virtude gera na alma paz, consolação e fortaleza.”

                                      São João da Cruz

Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim evitarás  muitos aborrecimentos.”

                                             Confúcio

Chorar sobre as desgraças do passado é a maneira mais segura de atrair outras.”

                                            Cora Coralina

“Ela acredita em anjos e, por acreditar eles existem.”

                                         Clarice Lispector

“Ser feliz sem motivo é a forma mais autêntica de felicidade.”

                                      Carlos Drumond de Andrade

“ Vou lhe dizer um segredo, meu amigo, não espere o juízo final. Ele se realiza todos os dias.”

                                        Albert Camus

“A vida é de dentro para fora. Quando você muda por dentro a vida muda por fora.”

                                      Kamal Ravikant

“Seja feliz neste momento. Este momento é a sua vida.”

                                       Omar Khayyâm

“A mente organizada é a primeira defesa contra o tumulto da realidade”

                                                     Carl Segan

 “Quem age com tibieza está próximo da queda.”

                                     São João da Cruz

 

 


quarta-feira, 24 de julho de 2024

 




                Faz parte da filosofia grega duas correntes filosóficas, o estoicismo e o epicurismo. Certo que continuamos os mesmos, passados milênios, quando começamos a especular sobre a vida, quando procuramos saber o motivo de certas pessoas agirem dessa maneira, ou de outra. Os estoicos no entendimento que a dor educa, enquanto os epicuristas focam no prazer.

            Penso nas famílias que viveram no século XX, quando o trabalho e a procriação era a razão de viver, as pessoas estoicas. Ao contrário das epicuristas dos novos tempos, para quem o trabalho não é mais meta de vida, e  a procriação beira quase  a extinção da espécie. No mundo atual, a tendência é estar totalmente ocupado para ganhar mais e mais dinheiro, ou, desmotivado, não fazer nada. Forças imponderáveis a puxarem as pessoas ora para um lado, ora para outro, ou para lado nenhum.  

          Estoicos, epicuristas, e adeptos de outras, ou de nenhuma filosofia, quando não se é cristão. O Cristianismo, que há dois milênios nos dá a medida da dignidade humana, que se sobrepõe ao céu da nonada epicurista, e a terra, do estoicismo radical. Certo que os mais sábios adotam a transcendência do amor cristão, que equilibra e define cada um de nós como verdadeiramente humano. 



sexta-feira, 19 de julho de 2024

EU QUERO



 

 

                                                           VIVER GERA VIDA




                     Diante de uma grande perda pode ser a hora da grande virada na vida, quando necessário se faz arregimentar forças para evitar possíveis danos à saúde física e ao equilíbrio emocional e psíquico.  Não é incomum a pessoa ficar obcecada com a lembrança da pessoa querida que se foi, até mesmo querer a própria morte para fugir da dor. O quadro é grave, e em caso de depressão prolongada pode resultar em demência precoce.  Mas há quem da triste experiência saia fortalecido. Penso em minha avó, que se livrou de uma vida mergulhada na tristeza,  por ter perdido o marido ainda jovem,  quando já havia experimentara um trauma recente de ter ficado sem o pai, ambas as perdas de pessoas insubstituíveis para ela.  E em vez de ficar paralisada, decidiu agir, e agir.  

Carmem Dias deu um novo significado para sua vida. De uma ativa dona de casa, que era até então, quando passou a ter uma atividade doméstica remunerada, a confecção de doces para festa, que se tornou um empreendimento familiar de sucesso. Trabalho e mais trabalho, inclusive, cuidar dos dois netos chegados do interior para estudar na capital sob seus cuidados. Quanto às finança, era minha avó herdeira de bens por parte do pai, investidor português, e do marido, um bem sucedido empresário, tendo renda suficiente para viver daí para frente. Mas para seu equilíbrio emocional armou a estratégia, chamada pela psicologia moderna de “ação decisiva”. Certo que ação gera ação,  que decisão produz decisão, em suma, viver gera vida.

Quando a pessoa está passando por um momento ruim, até mesmo trágico, e começar a sentir que pode até mesmo enlouquecer, procurar ajuda. Não sem antes buscar em si mesma a confiança necessária  para transcender. Não ser uma pessoa  negativa, ao contrário, ter fé na vida, acreditar em algo superior .  Com isso poder, não apenas para se livrar do estresse, mas se sentir outra vez feliz. Fazer coisas com amor é o melhor caminho para sair do sufoco, até mesmo alcançar a felicidade almejada. Ser resiliente, ajudar as pessoas próximas, o que não significa, simplesmente, assumir as dores dos outros para colocar no lugar das suas.


quarta-feira, 17 de julho de 2024

 

                                                     CORAGEM E MEDO




No meu entendimento sem medo não há coragem no sentido humano. Todos os animais possuem inteligência, e são beneficiados com sete sentidos, além do instinto, que é lhe é próprio, sejam animais racionais, ou irracionais. E a coragem é um instinto animal, que no homem vem precedida do medo, preconiza o saber humano há milênios. E ser corajoso não significa deixar de ter medo, mas ter controle sobre o mesmo.  Do contrário o medo pode ser prejudicial, pois agir corajosamente é não deixar o medo tomar conta, ou tornar a pessoa tristemente covarde. A perecepção humana ampliada pela razão, que faz a pessoa sentir em nível elevado, ou a ter  consciência, que se desenvolve com a evolução. Essa consciência faz toda a diferença para o homem corajoso, que tem o sentimento de justiça, de verdade, e mais. E, em especial, tenha o ser humano consciência de si mesmo.

 

 


domingo, 14 de julho de 2024

 



 

 

                             FELICIDADE  2



S. LUÍS - MA



            Todos falam em felicidade, dizem que querem ser felizes, mas quem sabe seu significado? Penso em uma mãe que dizia: “A felicidade para mim são meus filhos”.  O sentido que essa mulher especial dava à felicidade, o que certamente acontece com quem é realmente feliz. Certo que a felicidade não estaria longe, mas bem perto, ou melhor, dentro de nós. Vou tentar interpretar as palavras de minha mãe, que viveu um tempo de grandes mudanças no mundo, ultrapassando em 5 anos um século de vida. Daisy Dias Muniz passou grande parte do seu século de vida em meio aos acontecimentos dramáticos de duas grandes guerras, em contrapartida, vendo surgir os inventos que deram à modernidade o aspecto que tem hoje. E se parecia que o mundo havia virado de cabeça para baixo, também as pessoas passaram a experimentar o conforto, a saúde, a comunicação e o entretenimento,  como jamais se sonharia em tempos atrás.

Como minha mãe podia imaginar sua renúncia em escrever  cartas com aquela bela letra, da qual tinha o maior orgulho? Mas como boa comunicadora, adaptou-se muito bem à comunicação feita por telefone, paulatinamente instalado em todas as casas. Logo depois chegou a era digital, da comunicação com uma velocidade inimaginável, e lá estava ela pronta bater palmas, mesmo que lhe faltasse empenho para tal, mesmo com boa visão após a cirurgia de catarata. Leitura só as bulas de remédio, o que não dispensava a cada receita médica. Também lia as orações para netos e pupilas. A revolução de Gutemberg havia dado oportunidade às pessoas  adquirirem conhecimento pela leitura do texto impresso no papel, que há séculos  havia surgido na Ásia. Foi quando o conhecimento lentamente acumulado  passou a se difundir numa tão grande velocidade.

Para as donas de casa o fogão à gás foi libertador, que chegou quase ao mesmo tempo que a pílula anticoncepcional. Quanto a limitar por conta pópria o número de filhos, minha mãe nunca pensou em tal coisa, mas que viessem quantos Deus quisesse. Teve cinco, sempre dizendo que foi forçada a parar de engravidar por questões que iam além de sua vontade. Ter uma filosofia de vida nunca passou pela inteligente cabeça da minha mãe, que adotara a filosofia legada pela fé católica, que havia filtrado a máxima verdade do saber existente. Nunca esquecer que a vida era dádiva divina, e confiar na Sua providência.

E dona Daisy Dias Muniz tivera um século para pensar, ou para questionar muita coisa, inclusive, como seu pai morrera tão cedo abatido por uma depressão pós-operatória. Mas deixando-lhe o suficiente para confiar em si mesma e em que lhes pudesse ajudar na condução de sua vida, após suas apaixonadas escolhas. Sim, era apaixonada, em especial, pela vida, temendo a morte, que via acontecer à sua volta, quando não havia como prolongar a vida, sem os meios trazidos pela ciência, dos antibióticos e das vacinas. Os filhos bem tratados e medicados por Dr. Egídio, que receitava a dolorosa injeção de Cebion para as crianças, assim como o horripilante óleo de fígado de bacalhau. E todos sobreviveram, em especial, pela graça de Deus, como ela afirmava.  

A tristeza pode estar ao nosso encalço, mas, como dizia Daisy Muniz, tratemos de afastar mágoas, ressentimento e tudo o mais que nos possa entristecer. E dos encontros inoportuno com a tristeza minha mãe se livrava com a dádiva humana do riso. Uma ariana autêntica, boa de comando, tendo o riso como aliado, e nos encontros com os irmãos costumavam falar a língua do P, deixando os demais confusos, compondo charadas com eles, criando apelidos para as pessoas conhecidas, e por aí vai. Quando chegou aos noventa anos e comemoraram o evento com pompa, não achou muita graça na festa, que denunciava sua idade, e aos cem virava o rosto nos retratos com a parentada em volta, a  exibirem alegremente sua mocidade.  Além do mais estava viúva, título que a desagradou, mesmo que já estivesse com a idade avançada e o marido morrido perto dos cem. Com os filhos criados e cheia de netos e bisnetos, costumava receber festivamente todos em sua cas. Dizia sobre genros e noras: Quem beija a boca de um filho meu, a minha adoça   


sexta-feira, 12 de julho de 2024

 

                                       HUMANO  EXTRAORDINÁRIO

 

POR DO SOL EM S. LUIS - MA - 2024

 

Diante de uma situação embaraçosa que teve no passado, Maria só pode achar que sofre de autismo, um autismo leve, claro, no que ela acredita, quando pensa no caso. Estava no Mercado Central da cidade onde foi morar logo após seu casamento, quando uma desconhecida aproxima-se e lhe fala: “Não sabia que o Paulo estava noivo, eu era namorada dele.” Sem ter o que responder para a moça risonha ao lado, olha para ela por alguns minutos, antes de seguir adiante nas suas compras. Maria pensa, hoje, que podia ter respondido o seguinte: “Deixa comigo, que eu vou acertar as contas com aquele boboca.” KKKKK. Recém-casada,  não havia resposta a dar, estava conectada ao ideal de vida da mulher em seu tempo, que era casar e ter filhos. Havia conhecido o marido quando jovens, mas o namoro foi quase todo por carta, um verdadeiro romance epistolar. Depois de curto noivado, finalmente casaram-se. E teria sido por milagre que a jovem esposa esqueceu o fato acima, que agora lhe vem à mente.

Maria não era autista, e sim uma mulher corajosa, como as mulheres da sua famíli e muitas mais. Essa coragem estoica, aliada às virtudes maiores da justiça, da prudência e do auto controlo, e faz com que a pessoa adquira discernimento para reconhecer se está no caminho certo, mesmo que seja difícil; a ter constância para não esmorecer, e força moral para suportar os entraves  que encontre pela frente.  “Sem medo não há coragem” diz o psicólogo S. J. Rachman.  A coragem que é uma decisão de quem percebe a dificuldade, e delibera enfrentá-la para atingir seus objetivos. Ter consciência de fazer a coisa certa, sabendo de antemão como agir. E ser uma pessoa corajosa não é simplesmente fazer o que quer.

Maria sabia que podia fazer aquele casamente florescer, e os possíveis contratempos ao seu plano de vida saberia como resolvê-los. E tendo tanto controle da situação quanto uma garotinha, mesmo assim, foi em frente.  Ia fazer tudo certo para atingir seus objetivos. Havia nascido nos primeiros anos da Segunda Grande Guerra. E em 1945, quando a guerra chegou ao fim, ela podia sentir orgulho de si por já saber ler e escrever, embora sofresse com a dificuldade em decorar a tabuada, e, pior ainda, tivesse dificuldade na ortografia, ou seja, distinguir quando era ss ou ç, e por aí vai.  Dificuldades sempre passam, e Maria gostava de atiçar a imaginação para a composição de um texto, ou descrição de uma paisagem, parte das aulas de português.

Maria e sua sorte na vida, pelos grandes momentos que ela considera ter valido a pena viver. Embora não tivesse morrido em combate, nem foi exilada, como infelizmente aconteceu com os jovens idealistas, que sonharam com um mundo melhor, e talvez estivessem equivocados com os meios para atingir tal objetivo, e sofreram com a Revolução Militar de 1964. Pessoas que ela respeita e admira, por essa coragem, que não teve de experimentar,  Outra saga a dela, e não menos grave. E poder dizer, sem medo de errar, que a luta pela vida, por si mesma, é extraordinária. O humano extraordinário.


segunda-feira, 8 de julho de 2024

 


 

 

                                               FELICIDADE

 


 

Seria a felicidade simplesmente sorte?  Ter nascido em uma boa família, que lhe possa dar a segurança necessária para viver com tranquilidade infância e mocidade, e em condições ideais de desenvolvimento mental e espiritual? Sem esquecer  que  a biologia responde por boa parte do processo evolutivo  A vantagem de ter uma vida saudável, a qual se adiciona a educação, o conhecimento, e, em especial, a consciência, que leva a atitude e condutas ideais de vida.  

Sorte, ou trabalho de gerações, que vai das conquistas em vários campos do conhecimento e da espiritualidade. A cultura cristã, decisiva para o desenvolvimento do nosso processo civilizatório. E o homem feliz, portanto,  seria aquele sortudo que, sem buscar diretamente a felicidade, encontra o suficiente para viver em paz consigo mesmo.  Felicidade seria, assim,  a tranquilidade, a alegria, o prazer, no desenvolvimento do ser, que é o oposto do não ser.             

E tudo se torna suficiente para a felicidade se formos gratos pelo que temos e pelo que somos. E não seria simplesmente uma questão de gosto e de temperamento, mas  de   acreditar  objetivamente — mais que subjetivamente — no que nos torna pessoas verdadeiras, livres de entraves ao nosso pleno desenvolvimento. Longe dos falsos problemas, que desaparecem, ou nunca  ousam acossar nossa existência. 


EM TEMPOTexto em homenagem aos meus bisavós e avós maternos, Antônio Lopes Dias e dona Amelinha e Jão Pereira Santos e Carmem Dias, habitantes da morada-inteira na Rua Rio Branco em frente à Praça Odorico Mendes, que aparece ao alto da fotografia, e está com a porta aberta. Eram três casa no mesmo estilo, demolidas, para juntamente com o sobrado ao lado dar origem à Faculdade Forense que existe hoje no local. Tempo em que as casas não eram trancadas, como acontece atualmente para evitar ladrões. Acabo de visitar o local, outrora tão elegante e bem cuidado, e o que s vi foi lixo sobre os canteiros em lugar das plantas, local recentemente reformado. 

sábado, 6 de julho de 2024

 


                                                      É PRECISO TER FÉ!

 

 

POR DO SOL EM SÃO LUÍS-MA



 

                  Século passado Freud tentou explicar o motivo de algumas pessoas ficarem presas a eventos traumáticos por meio de obsessões e pesadelos.  Teoria pavimentada na força vital, ou libido, simples demais para explicar a psicologia humana. Também  pobre demais esse estudo para revelar  o que se passa  em nossa mente, o que nos derruba e revela nossa fragilidade. Quando aconteceu a Segunda Guerra,  do trauma coletivo e do Holocausto, vindo a negar que havíamos chegado ao pico da nossa evolução, ao triunfo do processo civilizatório. O psiquiatra alemão falou, então, que além da libido outra força enredava a mente ferida em luto, tristeza e morte. Vida e morte. Ser e não ser. Os efeitos duradouros do dano psíquico.

                 Verdade que nunca houve escassez de traumas  em toda a história, coletiva, ou em particular . Exponho tudo isso para dizer algo sobre a morte prematura de Regina Maria, que parecia isenta de qualquer trauma. E porque partiu tão cedo deixando tantas pessoas tristes, assim como sua madrinha, que tinha orgulho de ter uma afilhada tão linda e querida por todos. Minha afilhada teve os melhores  avós maternos e paternos que alguém poderia  sonhar; teve os melhores pais, meio aventureiros,  os melhores irmãos e amigos. Formou-se como  uma pessoa do bem: boa neta, filha, irmã e  amiga. Teve um casamento feliz, tornando-se boa esposa e mãe devotada. Aposentado do BB. Tinha consciência do quanto fora bem aquinhoada.

                 Está na Bíblia: “ O muito que lhe é dado, muito lhe é cobrado”.  E minha afilhada, mesmo não sendo tão religiosa, teria cobrado a si mesmo, além das cobranças que possam ter ocorrido por fora. Uma pessoa chegou a dizer em infeliz brincadeira, após sua morte:“ E agora, macaca? Regina Maria estaria sendo vítima de remotas origens, no que Freud explica. Foi citado acima o Holocausto,  evento mais traumático da história, sobre o qual escreveu o  psiquiatra Viktor Frank, no livro Em busca de Sentido, narrativa das condições terríveis em que viveu no campo de concentração, testemunhando o comportamento dos demais prisioneiros, que em meio tanta desumanidade trataram de ampliar sua humanidade. E resta a dúvida se ainda podemos ter a vida, que é do nosso direito como seres humanos, uma vez que vivemos em um mundo de desesperados por tudo, mas sem esperança do que é essencial à realização da humanidade como um todo.

           É preciso ter fé! Ter fé em em Deus, o Bem, e que em seu seio se abrigue nossa querida Regina Maria.