Jesus foi crucificado por aqueles que não respeitaram sua fé,
tiveram medo. Mas Ele ressuscitou. Festejamos a volta de Cristo, não nos
esqueçamos disso ao devorarmos os ovos
de chocolate, deliciosos, não resta dúvida. Pena que os tempos atuais estejam
tão carentes do bem precioso que é a fé. Perdemos a fé, e a razão está por um
fio. Sentimos um vazio dentro de nós, e desacreditamos na humanidade. Não há
mais respeito, o que é apavorante. Amar é um sentimento do qual não temos o domínio,
simplesmente amamos, ou não amamos. Hoje amando cada vez menos e revoltados. Mas podemos aprender a respeitar,
o que já é um ótimo início. O respeito que devemos à nós mesmos, às pessoas e
tudo mais que nos cerca. A natureza, por exemplo, não respeitamos essa
maravilha, por achar que nos pertence e podemos avançar sobre ela como
predadores irracionais. Deixar de querer o que na realidade não nos pertence,
sem ter esse poder todo sobre a natureza, que não depende de nós para
sobreviver. Respeitar, pois, a natureza! Respeitar à nossa natureza humana,
seres racionais que somos. Ter respeito pelos nossos semelhantes, os seres
humanos, e os demais seres que habitam este planeta tão rico, por nós explorado
irracionalmente, uma besteira sem tamanho.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Linha do tempo da História da Educação no Brasil
BOA EDUCAÇÃO
No ranking mundial da educação nosso país está em péssimo
lugar, coisa que fere o orgulho nacional. Uma nação não se desenvolve sem que
haja bom nível educacional para seu povo. O sentimento geral é de frustração,
cada vez maior, mesmo que muitos achem que está tudo bom demais, pois não falta
macarrão na mesa, nem sexo na cama. Emblemático o filme francês "Azul a Cor Mais Quente", palma de ouro em Cannes, onde a gulosa protagonista se empanturrava das duas coisas, clara sua falta de educação, acima de tudo. Quanta diferença da protagonista em "Orgulho e Preconceito" de Jane Austen. Mudou o mundo para pior.
Falta, sim, boa educação ao povo brasileiro, isso de um modo geral. Falta-nos conhecimento, também ética e moral. A corrupção e tudo de ruim que acontece conosco é decorrente dessa escassez, ou da má educação. Mas ao rico o que não falta é bom vinho e caviar, além do sexo liberal, lógico. A responsabilidade que falta para com o país e nós mesmos, daí se atinja um patamar de desenvolvimento, em que a riqueza seja um bem, que se conquista, e vai além das ambições e desejos das pessoas consumirem coisas, devorarem a natureza e a si próprias.
Falta, sim, boa educação ao povo brasileiro, isso de um modo geral. Falta-nos conhecimento, também ética e moral. A corrupção e tudo de ruim que acontece conosco é decorrente dessa escassez, ou da má educação. Mas ao rico o que não falta é bom vinho e caviar, além do sexo liberal, lógico. A responsabilidade que falta para com o país e nós mesmos, daí se atinja um patamar de desenvolvimento, em que a riqueza seja um bem, que se conquista, e vai além das ambições e desejos das pessoas consumirem coisas, devorarem a natureza e a si próprias.
quarta-feira, 16 de abril de 2014
RESPOSTAS ÀS AGRESSÕES DE MARILENA CHAUÍ À CLASSE MÉDIA
RUY CÂMARA- AUTOR DO ROMANCE "CANTOS DE OUTONO"
terça-feira, 15 de abril de 2014
AMAR E MUDAR
Não há como
resistir às mudanças em nossa vida, mudamos ao longo dos anos. Amar e mudar,
não é brincadeira, ou faz de conta. Mudamos com consciência, ou ficamos
soterrados na mesmice, angustiante. A vida
é a mesma e sempre diferente, queiramos ou não. Importa que as mudanças ocorram
a nosso favor e não contra, nos façam crescer em todos os sentidos. Erros e
acertos acontecem, pequenos e maiores, com os quais se faz uma história, a nossa
história, por nós administrada. Ter sucesso é vivenciar a tristeza e a felicidade
de cada dia com sabedoria. O amor é o maior ganho, também a maior perda, que se
pode ter. Ainda bem que o amor é uma semente que sempre renasce, basta ter
coração para fazê-la brotar. Amar faz parte da vida, não adianta fugir, nem se
precipitar, o amor acontece no tempo certo para nos fazer feliz.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
HOJE É O DIA,
AMANHÃ NINGUÉM SABE
Carpe diem – lema da filosofia epicurista – seria
uma justificativa para o prazer imediato, citação contida na frase do poema de
Horácio: “Aproveita o dia, quanto menos confia no dia de amanhã.” Intrigante o
pessimismo do epicurista, o que parece contradição, mas não é. Como era sabido aquele
romano, amigo da sabedoria (filosofia) grega!
O que se propõe é não gastar o dia com coisas inúteis, mas com
as úteis que dão prazer. Em outras palavras, não deixar para amanhã a
oportunidade de ser feliz hoje. O perigo é a fúria por não obter o que se quer
de imediato, ou seja, não termos conquistado esse direito.
Para os estoicos no seu otimismo as coisas simplesmente são o que são, e tudo
vai dar certo, o caso é ter paciência de esperar que aconteçam, e vão acontecer
no tempo certo.
ESTOICISMO
Dar sentido à
vida através da virtude, saber que o Logos, ou Deus, é o “grande condutor” do
universo e tem um plano para que tudo resulte no melhor, isso é estoicismo. No
mundo atual o que se precisa mais é uma boa dose de estoicismo, vivendo como se
vive numa sociedade complacente, em todo os sentidos. A par disso a violência
que quer toma conta de tudo. Crianças sem educação escolar e familiar, empunham
armas, seguindo o exemplo da bandidagem dos adultos. Quem as colocou em suas
mãos? Pode haver coisa mais constrangedora? O mundo escravo da tecnologia, mas
a capacidade de ser feliz míngua dia após dia. Conforto não é só material,
mas espiritual, quando o que se vê é a
falta de fé e a perda da esperança. Dizem até que não nascemos para ser feliz.
A felicidade que está no sentido que se dá à vida.
Como são diferentes
de hoje os jovens de pouco tempo atrás. Com otimismo estoico os adultos contavam
histórias para que, desde crianças, se preparassem para as adversidades. Conforme
o estoico Sêneca, “encarar a adversidade como um exercício de treinamento”. Se fosse
seguido o lema do estoicismo, as pessoas se achariam abençoados pela razão
consciente e o livre arbítrio, ou seja, agiriam de acordo com o bem. O
catolicismo tem muito do estoicismo, pode-se dizer que é uma doutrina ancorada
na filosofia estoica. Se céticos, o que alguns pensam ser, adotariam a
ataraxia, ou a impertubabilidade, o mesmo que nulidade. O estoicismo também não
é a mesma coisa de sadismo e masoquismo, desvios de conduta que fere, agride o ser. Nem
estoicos, nem céticos, há os que se proclamam ateus, melhor dizendo, rancorosos
ateus, uma visão de vida que não existia, como existe agora, coisa muito, muito
ruim.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
AMOR PARA
TODA VIDA
O amor é diferente
do desejo físico, embora muita gente confunda os dois. A força do instinto
sexual leva à união carnal e ponto. Mas quando essa união faz vibrar a
alma, é amor. Energia que transcende o simples viver, o amor diz respeito
à alma. Amamos com a alma e temos desejos com o corpo. O ser humano
constituído de corpo e alma, possuidor de energia física e psíquica. Enquanto consumimos o que a natureza produz para manter nosso corpo vivo, a alma vivencia emoções, não só de amor. Interiorizamos sentimentos bons
e maus.
Nascemos
subdesenvolvidos. Os primeiros anos de vida é de crescimento físico, também de
formação do psiquismo. A certa altura, paramos de desenvolver o físico, enquanto o mental e
psicológico não perde a capacidade de evoluir. Tão forte o nosso psiquismo que mais do
que viver, o que queremos é amar por toda a vida. Há várias formas de amar, pois um só tipo de amor não
nos satisfaz. Muito embora não tenhamos só bons sentimentos. E a persistência
do mal pode destruir nossa capacidade de ser feliz, ou melhor, viver em paz, aquela
paz interior que alimente a alma e mantém o corpo saudável, capaz de amar. Se pudesse
ser medida, a energia psíquica superaria a do corpo. Energia que faz
adoecer e curar, corpo e alma.
O amor faz parte da vida, não adianta fugir, como medo de ser feliz ou de sofrer. O certo é que o amor vinga na paz, só com alegria se desenvolve. Quando os obstáculos forem intransponíveis melhor olhar noutra direção, mudar a paisagem. Mas vale a pena tentar driblar as
adversidades. Ter um novo olhar, fazer florir outra vez o jardim, reconstruir tudo. Se for o caso, restaurar o quadro, pois quanto
mais antigo e se obra de um mestre, mais valor ele tem. Ou quando se trata de um falsário,
melhor relegá-lo ao esquecimento.
terça-feira, 8 de abril de 2014
CONFETES
Quando as
pessoas se elogiam, ou melhor, bajulam-se mutuamente, é costume dizer que jogam “confetes” umas nas
outras. Como todos sabem, os confetes são feitos de papel colorido de baixa qualidade,
usados para as “batalhas” entre foliões, durante o carnaval, conhecidos ou
desconhecidos. Batalhas que ora enfrentamos na folia da internet. Outro carnaval
o do Facebook, onde não há mortos, que se saiba, todavia, pode haver feridos. Simples assim, mas não menos perigoso, quando muita
gente costuma ir fundo nas paixões e emoções. As mensagens no Face são como setas, que podem agradar como a seta de cupido, ou ferir suscetibilidades, quando mal interpretadas por quem está do outro lado para “curtir”, “comentar” e
“compartilhar”, conforme aviso logo abaixo. Serviu a carapuça? Não faz mal.
Melhor assim, a conscientização por via midiática. ”Compartilhe, se você tem um
a irmã a quem ama!” E vemos nessa postagem duas menininhas de mãos dadas, o que
pode servir de ponte para aproximar parentes, às vezes distantes, que vão ter
oportunidades de receber e retribuir a delicadeza, coisa que fala ao
coração. Amei mandar para minha irmã. A fé que também pode ser beneficiada pelos textos
religiosos postados na internet, desde que se evite a banalização. Assim como a psicologia, a educação, a
cultura de um modo geral. Tanta palavra, tanta poesia, tanta fé, para que as
pessoas tentem amar mais a vida, compreender de algum modo seu significado. A humanidade
que hoje tem em mãos um veículo de comunicação tão poderoso, não custa tentar
fazer algo de melhor, além do que ele pode oferecer de comodidade física e
ajuda mental, para aliviar as tenções da vida moderna. Cuidado para que não
surjam outras tensões! Mas como diz Fernando Pessoa: ”Tudo vale a pena se a
alma não é pequena.” O poeta e místico, frequentador assíduo das citações do
correio eletrônico da internet, assim outros ícones da cultura universal, que nos
chegam, como “bombocados” pelas telas do computador, via internet.
sábado, 5 de abril de 2014
BOAS
E MÁS NOTÍCIAS
" Tenho
duas notícias para você: uma boa e outra má, qual prefere ouvir primeiro?” É
assim que a piada começa. A superstição de que um acontecimento bom sempre vem
acompanhado de um ruim, ou vice-versa. Uma senhora de genes pessimista, que visitava
nossa casa de pessoas brincalhonas, e ela sempre levando tudo muito a sério,
costumava dizer: “Dia de alegria é véspera de tristeza.” Mas exigir que se
esteja feliz, sorridente, quando não se está bem, é errar na dose de otimismo.
O certo é estar sintonizado com a realidade, ser atento, ter consciência do que
acontece. Seria uma maravilha se tudo fosse como a gente quer que seja, mas nem
sempre isso acontece. Nem sempre é
possível realizar as vontades. Temos que fazer a parte que nos toca, e confiar
que as coisas vão dar certo, se arrumar, e irão, graças a Deus. E se der errado,
se desarrumar, ter disposição para consertar.
Deixar a vida fluir é uma atitude
positiva em certas ocasiões, principalmente quando ocorrer algum contratempo, houver
alguma dúvida. Esperar que a tempestade passe e o vento sopre a favor. Sem
deixar de ter determinação para encontrar a saída para esse ou aquele problema a
resolver. Não fazer tempestade em copo
d`água, o que seria a pior atitude. Lya Luft no seu artigo na Veja "O tempo é um rio que corre", título do seu mais recente livro, escreveu o seguinte: “Enquanto tivermos a mente clara e se o pessimismo não tiver ressecado nossas
emoções, haverá coisas a curtir nesse fluir da vida. Se conseguirmos escapar
desse espírito de manada, as águas poderão nos levar numa viagem instigante.” Uma escritora rica experiências, que transmite em seus livros com rara qualidade literária. Quanto a mim que não sou escritora, mas escrevinhadora, posso dizer sem falsa modéstia, que meu tempo foi também
um rio que percorri com coragem e determinação, desde a nascente constituída de bons exemplos, firmes ensinamentos, de onde eu parti para uma viagem que julgo extraordinária, como a vida de qualquer pessoa. É o que sinto.
O NARIZ ARREBITADO DE LEOCÁDIA
conto
Prima Leocádia teve um primeiro namorado,
paixão aguda da juventude, do qual se afastou por sentir que os pais tinham
razão em desaprovar a união. Findo o romance os poros começaram a dilatar
na pele de alfenim da filha de seu Tonico e dona Mercedes. O rapaz caprichava nos agrados, o suficiente para levar a namorada (uma quase
criança nos seus quinze anos), à beira da entrega total ou da loucura, como os
pais viam o estado da sua querida Lalá. A filha prestes a se atirar precipício
abaixo com uma pessoa como aquela, que proibia a namorada de tudo, de mostrar o
joelho e até de estudar, por achar que a mulher tinha sido feita para ficar em
casa gerando filhos.
Benigno foi a tábua de salvação, ou
coisa que valha. Há pouco o rapaz havia chegado do interior, que vinha abrir
negócio na capital, filho de um atacadista, sócio do irmão da mãe de Leocádia.
Foi acolhido de braços abertos, mesmo com os dentes desalinhados, por conta
disso sofrendo de enxaqueca. Fazia tempo que o “caboclo” estava de olho, desde
que viu a moça na casa da parenta. Não precisou muito esforço, logo estavam de
casamento marcado. Ela deixando-se levar para o altar, que aconteceu ao
completar dezoito anos, três anos depois da dramática despedida daquele
primeiro amor, duro que foi resistir ao convite para que fugissem.
“O Benigno? Que moço feioso!” Alguém
reclamou na ocasião, algum fã secreto, e não foi o Frederico, que a essa altura
estudava medicina no Rio, tendo levado para longe seu olhar matreiro com o qual
seduzia as moças casadoiras da cidade. Só que o encantador Fred gostava de
esnobar a amiguinha, muito infantil, o que ele achava. Diferente do gentil Benigno, um guri com cara de sapo, a marca
registrada da sua família, que parecia fadado a nunca virar príncipe, de
joelhos ao seus pés. Pois foi com ele que Leocádia se casou e melhorou a pele.
Benigno também melhoraria com o tempo. Os amigos perplexos com a atitude daquela
moça casar tão jovem, em vez de aguardar um outro pretendente, o Fred, por
exemplo, cujos pais também torciam pelo casamento do filho com Leocádia. Logo
Frederico estava de volta ao torrão natal, formado em cirurgião plástico, trazendo
junto com o canudo a esposa, coisa do destino, caíra nas garras da carioca.
Como já se disse, Leocádia era pacata,
mas tinha aquele nariz arrebitado de quem sabe o que faz. Vinte e cinco anos se
passaram, véspera das bodas de prata, com dois filhos crescidos, uma mulher madura, ela olhava o rosto no
espelho naquela manhã do seu aniversário de cinquenta anos. Havia engordado um
pouco além da conta, se bem que fosse um graveto quando jovem, e tinha mesmo
que botar corpo. Mas aquelas ruguinhas a incomodaram. A mãe, falecida de pouco,
já não mais lhe podia aconselhar, ficou desconsolada. Experimentava um chapéu
para as bodas da filha de um casal amigo, e recordou que, em outra comemoração,
anos atrás, alguém lhe elogiara o perfil, e esse alguém era nada menos que
Fred. “Onde ele andaria?” Sabia que o doutor Frederico fazia sucesso como
cirurgião plástico. Como algo lhe caía na face, Leocádia, resolveu fazer uma
plástica. Consultar quem? O amigo, lógico, mestre na especialidade. Na primeira
consulta foi informada que ele não vivia muito bem com a mulher, com quem
casara por interesse, o pai da moça famoso cirurgião no sul do país. E a filha sempre
querendo voltar para sua terra natal com os dois filhos.
Frederico recebeu alegremente a amiga:
– Como estás ótima! Vou fazer uns
pequenos reparos em teu rosto.
Falou enquanto examinava-lhe a face. Mais que isso poderia caracterizar um assédio, e bobo
ele não era, nem ela.
Na mesma ocasião Benigno procurou um
especialista para fazer um reparo nos dentes e caberem na boca pequena. Milagre
feito, as dores de cabeça foram embora. Sentia-se mais tranquilo e de bem com a
vida. O conserto dentário produzia efeito nele e nas pessoas do convívio do
casal, admiradores do marido de Leocádia como pai e esposo, que superara as
expectativas. Controlava a gordura, e se sentia outra pessoa, desde que se
casara, um guri balofo. Continuava, sim, a amar a mulher. Porque o destino ia
reservar-lhe alguma surpresa?! Admiração
maior - Benigno chegou a pensar certa vez - os dois não se terem destruído mutuamente, durante
anos de matrimônio constituído em bases precárias. Um espanto não estarem
arrasados física e psicologicamente, como alguns casais que, cedo ainda, marido
e mulher tornam-se como que pacientes terminais um do outro, pessoas
incompatíveis que nem sempre se amoldam. Nem tinham sido vítimas do poder destrutivo do amor possessivo, quando se
sabe que a felicidade do casal, na verdade, vem do companheirismo amoroso,
construtivo, de respeito mútuo. Benigno consciente disso por intuição, e
ultimamente através de uma amiga psicóloga com quem gostava cada vez mais de
trocar ideias. As rugas seriam marcas da vida, tolice apagá-las. Aconselhou a
mulher não fazer plástica.
De cara nova, todavia, foi como
Leocádia compareceu às bodas do casal amigo. As marcas do tempo amenizadas. Na
recepção, depois de dançar com seu hábil restaurador – ele ali presente por sua
causa, a mulher já de volta ao Rio, ela nunca de todo acostumada à terra natal
do marido, em acertos para o divórcio amigável. Assim como Leocádia com
Benigno. Os dois, livres dos antigos laços matrimonias, saíram juntos para ver
as estrelas. Ela queria ser apreciada por Dr. Frederico, ou Fred, à luz do
luar. O céu estrelado lá em cima e outro céu cá em baixo. Também para Iolanda e
Felisberto, que se aproximaram para ver quem era a mulher ao lado do filho. As
águas de março haviam deixado no ar um frescor de outono, tempo que os pais de
Frederico mais gostavam, vivendo a quarta década de casados. Chegam a tempo de
ver o filho receber um bom-bocado das
mãos de Leocádia. Conheciam bem a companhia do Fred, e ficaram encantados,
eles também gostavam de surpreender um ao outro com pequenos agrados.
Principalmente amavam ver o céu estrelado. Disse Iolanda, de coração
enternecido:
– Aproveitem o tempo que têm pela
frente, meus filhos, que serão os melhores anos de suas vidas.
Leocádia entendeu o conselho e fez o
que era necessário fazer, conquistar aquele homem que já conhecia bem. O mesmo aconteceu
com Benigno e a psicóloga.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
A REVOLUÇÃO DA INTERNET
Século
XXI, e nos deparamos com grandes transformações, o salto que o mundo deu para o
futuro, esse desconhecido. A revolução da internet no dia a dia, por exemplo, internautas que somos quase todos nós habitantes do planeta Terra. Não tem mais
como viver sem estar à disposição desses instrumentos tecnológicos de
comunicação, a eles adaptados, ou mesmo viciados, como se existissem desde
sempre. O neurocientista americano Stephen Kosslyn, em entrevista à revista Veja, diz que acaba de deixar sua prestigiosa carreira acadêmica em Harvard para se
dedicar ao ambicioso projeto de educação na internet: o Minerva. Trata-se de
uma universidade 100º on-line. Estaria
esgotado o velho modelo de um professor diante de uma lousa, frente a frente
com seus alunos, a dar explicações sobre as matérias dos livros, hoje anônimas navegadores da internet, que fora das
salas de aula “passaram ainda além da Tabrobana”. O ensino superior tradicional
desacreditado, os diplomas sem aquele valor que tinha no passado. O aprendizado
que passa a seguir as diretrizes da ciência cognitiva, do raciocínio, da
imaginação, seguindo o modo de viver contemporâneo, animado pela tecnologia, que favorece as conexões neurais e possibilita a expansão
cerebral, como enfatiza o professor. Ou será que a internet nos desconecta do mundo real?
Precisaríamos apenas do essencial! Corpo e alma pacificados, não essa
felicidade que se busca dedilhando as teclas do computador, ou qualquer outro
instrumento do universo digital. O
problema é que ninguém quer viver essa paz. Foi-se o tempo de Paz e Amor dos hippies. Mas parece que nascemos
para a guerra, queremos nos defender, como qualquer animal. E em razão da sobrevivência
humana, é que nossa guerra não deixe de ser do bem, essa que temos de empreender
contra o mal, que há em toda parte, inclusive, na internet. Sem estresse, pois é melhor sorrir com as coisas boas e deixar de lado aquelas que nos aborrecem. Afinal não somos a palmatória do mundo. Por falar em palmatória esse instrumento de tortura foi usado até há bem pouco tempo nas escolas, quando hoje é crime levantar a mão para bater numa criança, nem uma palmadinha, afinal criança é para ser amada e educada. O mundo mudou mesmo! Quem dera que todos pudessem entender isso, e o mundo estivesse melhor de verdade.
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