CONFETES
Quando as
pessoas se elogiam, ou melhor, bajulam-se mutuamente, é costume dizer que jogam “confetes” umas nas
outras. Como todos sabem, os confetes são feitos de papel colorido de baixa qualidade,
usados para as “batalhas” entre foliões, durante o carnaval, conhecidos ou
desconhecidos. Batalhas que ora enfrentamos na folia da internet. Outro carnaval
o do Facebook, onde não há mortos, que se saiba, todavia, pode haver feridos. Simples assim, mas não menos perigoso, quando muita
gente costuma ir fundo nas paixões e emoções. As mensagens no Face são como setas, que podem agradar como a seta de cupido, ou ferir suscetibilidades, quando mal interpretadas por quem está do outro lado para “curtir”, “comentar” e
“compartilhar”, conforme aviso logo abaixo. Serviu a carapuça? Não faz mal.
Melhor assim, a conscientização por via midiática. ”Compartilhe, se você tem um
a irmã a quem ama!” E vemos nessa postagem duas menininhas de mãos dadas, o que
pode servir de ponte para aproximar parentes, às vezes distantes, que vão ter
oportunidades de receber e retribuir a delicadeza, coisa que fala ao
coração. Amei mandar para minha irmã. A fé que também pode ser beneficiada pelos textos
religiosos postados na internet, desde que se evite a banalização. Assim como a psicologia, a educação, a
cultura de um modo geral. Tanta palavra, tanta poesia, tanta fé, para que as
pessoas tentem amar mais a vida, compreender de algum modo seu significado. A humanidade
que hoje tem em mãos um veículo de comunicação tão poderoso, não custa tentar
fazer algo de melhor, além do que ele pode oferecer de comodidade física e
ajuda mental, para aliviar as tenções da vida moderna. Cuidado para que não
surjam outras tensões! Mas como diz Fernando Pessoa: ”Tudo vale a pena se a
alma não é pequena.” O poeta e místico, frequentador assíduo das citações do
correio eletrônico da internet, assim outros ícones da cultura universal, que nos
chegam, como “bombocados” pelas telas do computador, via internet.
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