MODERNIDADE SÓLIDA
"AQUELA PRAÇA, AQUELE BANCO, E O MESMO JARDIM" |
A modernidade começou lá
atrás, no século XVII. De repente, parece que fomos empurrados para um abismo
de onde não conseguimos sair, posto que desaprendemos a lidar com a vida como
ela é, ou com a verdade nossa de cada dia, e um pouco mais. A frustração com o
mundo, com tudo, que provoca um misto de amor e ódio, que o eu tem que administrar, quando então
apela para todos os artifícios.
Democracia é a política no seu papel de
dar voz às massas, sem que se perca a noção de civilidade, e os
pensamentos se dirijam na direção do agir e pensar com a verdade. Ronaldo
Lima Lins, no seu livro A Indiferença Pós-moderna, aponta o costume do “falar infinito” e suas consequências na
cultura e no cotidiano das pessoas. Acredito que a mais danosa consequência é o
agir de hoje, que também beira o infinito.
Penso no que é válido ou
inválido para uma vida moderna dentro dos limites da razão. Como diz o escritor acima, detecta-se hoje uma espécie de
sadismo para fugir das amarras. Ou do marasmo pós-moderno? Não confundamos
modernidade com modernismo. Sim, a liturgia ideológica modernistas está baseada numa aparente verdade. Quando então a tão decantada vontade se dispeRsa fora dos parâmetros normais considerados, até
o comprometimento da própria vontade e da vida.
Fomos e somos modernos,
graças a Deus. Nós que vivemos tempos
duros, não como refugiados da opressão, mas com pertencentes a uma estrutura
que atravessou os séculos de bem com a vida. E se vivíamos até certo ponto isolados,
como podem pensar alguns, o certo é que havia condições morais para
enfrentar as adversidades. Tínhamos direito à esperança, que hoje se perde nos
mares revoltos da descrença. A vitimização é consequência dessa fluida pós-modernidade,
que quer sugar a todos para um túnel escuro. Haja luz!
IRMÃS E AMIGAS -HOMENAGEM |
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