POR ONDE COMEÇAR ?
A
maioria dos brasileiros em idade escolar está matriculada na escola, mas não
aprende devido à má qualidade do ensino, um crime que se perpetra contra o
país. Comecemos a mudança pela educação. Jovens no auge da vida física e mental
abandonam as salas de aula, desinteressados. Vão fazer o quê? Ficam atoa, ou
procuram ganhar para sobreviver, muitos deles já com filhos para criar. Semianalfabetos,
falta-lhes o instrumental para irem adiante, carentes do conhecimento
necessário à profissionalização. O pior
de tudo que acontece no país é o desperdício desse manancial de vida que, se
bem aproveitado, faria a nação avançar, progredir, cultural e economicamente.
Mas o Brasil encontra-se em lugar vergonhoso no índice de desenvolvimento
educacional, o que acarreta atraso geral em relação aos demais países empenhados no ensino. Bilhões destinados à
educação no país somem nos bolsos
daqueles que respondem pelo dinheiro público, mas roubam e desperdiçam. Sabe-se
através de recentes estatísticas que mais da metade dos brasileiros entre 18 e
24 anos não tem o curso médio, só o fundamental, de onde saem com pouca noção das
letras e dos números, nulidades no campo da ciência. É bárbara a nossa atualidade,
com grande parte da juventude brasileira incapacitada de entender o mundo e
nele interagir como deve ser.
Foi uma tomada de consciência, repentino despertar, todos aqueles jovens que saíram de
suas casas para protestar. Nas rua e onde for preciso, protestar sempre. Faz
parte da política nacional a ostentação
de riqueza. Os políticos exímios propagadores desse costume, acham que pobre
não gosta de pobre, e manifestam poder através de carros de luxo e jatinhos
para lá e para cá. Enquanto na Europa em
crise se impõe a austeridade como forma de reverter a situação e impor
respeito. O que tem que se evidenciar são as obras. O momento é de humildade, exemplo
que nos deu Papa Francisco. Quando vamos bem, a humildade se impõe para rezar em
agradecimento a Deus, ainda mais quando as coisas vão mal. A imagem de
simplicidade, de humildade do papa ao andar de carro popular e carregar a
própria mala, mesmo que tenha se curvado à pompa e circunstância que cerca a
figura do dirigente máximo da Igreja Católica com mais de dois mil anos de
estrada. Simplicidade e humildade, coisas inadmissíveis aos políticos brasileiros
e demais ocupantes de cargo público, soberbos, como se o cargo e o dinheiro
fossem de sua propriedade, para usarem a seu bel prazer. Um mundo melhor se
impõe. Educar para a simplicidade, a austeridade, a responsabilidade.
Entender que a riqueza vem do trabalho e não do desperdício.
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