BAGAGEM
Chega o tempo em que damos conta que nos
armários da casa não cabem mais nada, também aquele quartinho está tão entulhado
que faz pena. Objetos acumulados durante anos, roupas que
saíram da moda, adereços quebrada que íamos consertar. Muita
coisa esquecida no baú. O que fazer? Selecionar para reforma o que venha a
ter ainda utilidade e doar o que possa ser aproveitado por outras pessoas.
Será que além de tão grande bagagem
de bens materiais também acumulamos virtudes, conhecimento, saber? Tempos
atrás se dizia que uma pessoa tinha bagagem, no sentido que ela era instruída,
tinha sabedoria, observava os preceitos religiosos. Alto o nível escolar em
meados do século XX, com grandes professores, o que nos últimos tempos baixou
drasticamente, juntamente com a perda da religiosidade.
A mente moderna tenta altos voos, mas o que faz são voos rasantes, perigando
despencar lá do alto, ou escorregar ladeira abaixo. É costume as pessoas se abastecerem de tudo não importa
onde buscam, para escapar das exterioridades. Almejam o autoconhecimento, através dos métodos científicos, mas também
de métodos nada ortodoxos, tanto coisa surgiu nesse campo. No passado as
pessoas iam em busca de uma fé tradicional, da religiosidade, que era mais que
uma válvula de escape. As potencialidades humanas para condução das
almas, e não como desvios.
Tenham as pessoas bagagem! Ninguém esteja desprovida de bens, em primeiro lugar, as virtudes! Fé, esperança e caridade, as três virtudes teologais. Ah, a esperança, como precisamos dela no presente momento!
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