CASO
DE FAMÍLIA
Joana, completamente de bem com a vida, chegou do trabalho, vestiu sua melhor roupa, afinal era um jantar, que
importava, não tanto para ela mesma, mas um favor para seu pai, viúvo, conhecer
sua noiva. Ia permanecer atenta, mas sem parecer um cão farejador. E o que adiantava farejar alguma coisa? Estava ali para a noiva conhecê-la pessoalmente, não o contrário, o que, de antemão, comunicou-lhe seu apaixonada pai.
Depois das apresentações, ainda nos momentos iniciais do encontro, aquela moça, um tanto estranha, que entre outros senões, demonstra saber sobre a futura cunhada, coisas que ela mesma desconhecia. Foi quando Joana escutou sua voz interior falar: "Relaxa, Joana, seria pior se seu pai estivesse apresentando um homem para casar. Acontece".
Depois das apresentações, ainda nos momentos iniciais do encontro, aquela moça, um tanto estranha, que entre outros senões, demonstra saber sobre a futura cunhada, coisas que ela mesma desconhecia. Foi quando Joana escutou sua voz interior falar: "Relaxa, Joana, seria pior se seu pai estivesse apresentando um homem para casar. Acontece".
Entenda-se que a maneira de se refletir os processos mentais é distinguir uma pessoa
da outra. E dizem que o amor é capaz de realizar milagres. Em alguns casos, alguém
acaba por ter de ceder, e muito. E como não era Joana quem ia casar com tal criatura,
lógico, achou melhor deixar para lá.
Só muita ingenuidade que se pode ter uma boa convivência com alguém tão inadequada para o papel de esposa dedicada ao lar, que aquele senhor lhe propunha. Foi o que pensou Joana ao deixar o casal. Saíra antes da sobremesa, precisava chegar cedo na faculdade para terminar um trabalho de grupo.
O amor, ou a perspectiva de amar alguém, ás vezes, engana. É quase como se encantar com uma paisagem na parede de um bar, ou ficar fascinado pela personagem de uma peça, e querer permanecer ali dentro. A peça O Fantasma da Ópera, por exemplo, quem em sã consciência quer vivenciar tais obscuridades? Apenas assistir à encenação, tão grandiosa quanto assustadora.
O amor, ou a perspectiva de amar alguém, ás vezes, engana. É quase como se encantar com uma paisagem na parede de um bar, ou ficar fascinado pela personagem de uma peça, e querer permanecer ali dentro. A peça O Fantasma da Ópera, por exemplo, quem em sã consciência quer vivenciar tais obscuridades? Apenas assistir à encenação, tão grandiosa quanto assustadora.
Joana
estava numa obstinada descrença. Uma experiência bastante perturbadora, por se tratar de amor, quando nada pode ser feito para evitar o que ia
acontecer dali para frente. Sentiu um alívio por estar de volta daquele encontro. Precisava urgentemente certificar-se de sua
realidade.
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