PESQUISA DA PANDEMIA
SANTA SOFIA
“Com este sinal vencerás.” A
cruz era o sinal contido nas palavras ditas em sonho ao imperador Constantino.
O Império Romano em constantes guerras, de
305 a 324 não soube o que era a paz. A
igreja em terríveis perseguições que aconteciam mais
no Oriente. Foi uma estrondosa vitória, que dava aos cristãos o direito de liberdade de existência. Constantino
partia em combate tendo como símbolo a cruz, suas vitórias amparadas na fé
cristã. O convertido estava desgostoso com o paganismo, ainda mais com os bárbaros já nos arredores de Roma, resolve transferir
a capital do Império para o Oriente.
Constantino escolhe fundar
uma cidade em um pequeno burgo de Bizâncio seguindo aquela misteriosa ordem. Um
lugar excepcional, onde os gregos haviam fundado uma colônia marítima, que
prosperara modestamente. Fundava-se ali
uma “nova Roma”, com prerrogativas de capital, suplantando em muitos pontos
a antiga. Durante seis anos o imperador dedicou-se às obras, arregimentando
materiais preciosos e talentos em todo o império. Na nova capital, que recebeu
o nome de Constantinopla (atual Istambul), os
monumentos erigidos, superavam
todos os outros em medida e luxo: Santa Sofia, o Palácio e o Hipódromo;
respectivamente, residência dos três poderes que iam partilhar dos destinos da
nova capital do império: Deus, o Imperador e a plebe.
O imperado perdia todo o
contato com a antiga capital, que foi abandonada à própria sorte. O Império
divide-se. No Oriente a civilização bizantina recebia uma herança que se
desenvolveu ao longo dos séculos. No Ocidente a civilização romana desmorona diante
das investidas dos germanos e dos hunos. Roma declinava e perdia toda
sua importância econômica. A Igreja, deixada para trás, acabou por salvaguardar-se
do poder daqueles imperadores. A cidade de Constantinopla tornou-se a glória do poder de Bizâncio,
causando o futuro cisma grego. Na Cidade Eterna consagra-se o poder pontifício.
Santa Sofia - homenagem à
Sabedoria de Deus, é prova de um intenso fervor cristão, que ao longo do tempo esteve
sujeita a sérios percalços. Nos primeiros séculos da era cristã duas vezes
destruída por terremoto e pelo fogo. Reconstruída pelo imperador Justiniano
(532-537), nada restando da antiga igreja construída por Constantino, apenas o
local que se destaca há dois milênios na paisagem, e, em especial, na fé. No
meio do caminho de Santa Sofia estiveram os otomanos, em 1453 o sultão Mehemed II que assumiu
o controle do Império Romano do Oriente e transformou Santa Sofia em mesquita.
Entre 1204 a 1261 foi Santa Sofia convertida em catedral católica durante o Patriarcado Latino de Constantinopla
que se seguiu à Quarta Cruzada. Foi ali que em 1054, o cardeal Humberto
excomungou o patriarca Miguel I Celulário, iniciando o Grande Cisma do oriente
que perdura até hoje. Foi transformada em museu da recém-criada República da
Turquia. Soube-se há pouco que a antiga catedral cristã foi transformada outra vez em Mesquita. As Igrejas
ortodoxas declararam: “Uma grande perda para os cristãos de todo o mundo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário