terça-feira, 4 de abril de 2023

 



                                            DOCE  PEDALAR 

 


EVOLUÇÃO DA BICICLETA

 

Lento no andar, o homem desde sempre necessitou mover-se mais rápido, daí inventou a roda para seus toscos veículos de transporte, puxados por cavalos, o que durou milênios. Com a mecânica do século XIX surgiram os trens e os barcos, movidos a vapor, pela queima do carvão das suas caldeiras. Na mesma época, por desejo infantil de mover-se com duas rodas, o homem criou uma engenhoca, apenas um brinquedo. E quando às rodas foram acrescentados os pedais e o cilindro deu origem à bicicleta, a requerer aprendizado para a pessoa se equilibrar e poder andar com certa velocidade. A energia humana, propulsora da bicicleta. Outras máquinas movidas à eletricidade e demais energias — as atuais energias eólica e nuclear.

Doce pedalar, o imenso prazer que proporciona o domínio dessa máquina que é a bicicleta, quando pernas, braços, olhos combinam suas faculdades para um mesmo fim. Conquista de espaço, abertura ao risco, subordinação da liberdade à própria vontade pessoal de ir em frente, dobrar á direita, ou esquerda. De simples diversão a bicicleta tornou-se um veículo de transporte muito utilizado na modernidade, que evita a poluição dos carros movidos a gasolina, além de causar congestionamentos nas vias públicas. Pedalar tornou-se necessidade,  até mesmo questão de saúde.

Roda a mecânica dos vários tipos de máquinas, que não param de ser inventadas. E faz apenas duzentos anos que a emblemática bicicleta circula no mundo junto com o trem, surgidos ao tempo da Revolução Industrial. A bicicleta seria para o lazer da elite, surpreendente que tenha alcançado status de veículo de primeira necessidade para muitos trabalhadores. Antes era coisa de rico passear de bicicleta, inicial destinação dessa máquina maravilhosa. Foi além, muito além do previsto.

Andar de bicicleta é dar um passo no desenvolvimento pessoal, o que remete à história universal, que flui pela estrada do progresso. Processo artificial, arte de viver e se desenvolver no mundo. E não é o fim da história, mas outra história a ser contada com as máquinas, e com ela ao lado chegamos à robótica, à inteligência artificial, que assusta até as mais inteligentes cabeças. Anjos e demônios a fazerem parte dessa história, desse avanço tecnológico que salva vidas, mas também mata gente com precisão.


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