IGREJA DOS REMÉDIOS - S. LUIS - MA |
Ao ver a noiva entrar na igreja, Maria não se reconhece na jovem, e fica assustada por ela se deixar levar por essa força estranha, que não se sabe de onde vem. O altar preparado para receber a moça e o rapaz que vão se casar, e qual fada os uniu tão perfeitamente, ou foi o acaso que fez esse prodígio? Mesmo que sus cabeça esteja cheia de sonhos irrealizados, deixados para trás em prol de um sonho maior, de constituir uma família e ter filhos. A Igreja da sua primeira comunhão aos sete anos, ao lado do irmão mais velho. As pessoas quase as mesmas de antes, presentes de uma benevolência invisível, desde sempre benfazejas.
Maria pensa no passado distante e no presente, duas pessoas tão independentes um do outro, praticamente estranhas entre si, e que agora vão seguir um ao lado do outro, e para
sempre, como acontecia, antes que as coisas mudassem. O encontro longamente
idealizado, menos obra do destino, e mais pela força criadora de duas almas que se unem. Longe de serem frágeis e acidentais, mas almas, alianças das almas, o poder das almas que vão progredir infalivelmente, e que deve durar. E não
seria loucura arriscar ir adiante, mesmo indo em direção a uma vida improvável,
nesses novos tempos em que o mundo a cada dia se assemelha a um imenso caos. A
vertigem que causa em Maria quando olha agora para si mesma, para sua
vida, com alguns acasos adversos, mas também boas oportunidades, bons momentos, como esse, que
deve ser aproveitado, e viva a esperança.
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