Entra pela velhice com cuidado,
Pé ante pé, sem provocar rumores,
Que despertem
lembranças do passado,
Sonhos de glórias, ilusões de amores.
Do que tiveres no pomar plantado,
Apanha os frutos
e recolhe as flores;
Mas lavras, ainda, e planta o teu eirado,
Que outros virão colher quando te fores.
Não te seja a velhice enfermidade.
Alimenta no espírito a saúde,
Luta contra as tibiezas da vontade.
Que a neve caia, o teu ardor não mude.
Mantém-te jovem, pouco importa a idade,
Tem cada idade a sua juventude...
Manuel de Bastos Tigre
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