VOZES DO MUNDO PERTO
DE NÓS
Bem antes dos
movimentos de protesto nas ruas do país ficava eu intrigada com os assuntos do facebook,
em ondas, que pareciam vir de um mundo distantes da nossa vida, longe das
coisas que afligem a maioria dos brasileiros, como a corrupção e a falta de
políticas públicas que beneficiem a população. Não mais que de repente e muito
em boa hora surge o movimento do “passe livre” que arregimentou um número
exponencial de manifestantes, tantas pessoas dispostas a participar disso tudo,
uma beleza de se ver a inteligência e a disposição da moçada a lutar por algo
importante para o país, para a sociedade, constituída de cidadãos trabalhadores e
honestos em sua maioria. Um mar de cartazes de protestos e reivindicações, em
vez das bandeiras em defesa do casamento gay, e outras idiotices, que mantinham
a população e os parlamento anestesiados das mazelas que mais afligem e
prejudicam o país, como um todo. O debate de ideias sofrendo solavancos
emocionais e forte conotação autoritária. Ou seja, fora do que se conhece como
racionalidade.
Mas a prova que o bom senso ainda
persiste no mundo, aconteceu neste junho de 2013 no Brasil, tanto que os
políticos imediatamente trataram de atender o clamor da multidões, que pediam empenho efetivo dos parlamentares
contra a corrupção e mais competência na administração do dinheiro público. O
que aconteceu? Foi afastado do legislativo o encosto da má consciência e baixou
o espírito da boa consciência, sendo acelerados os trabalhos, com a aprovação
imediata do projeto que considera a corrupção crime hediondo. Logo uma comissão
na Câmara avalizou o fim do voto secreto na cassação dos mandatos e rejeitou a
proposta que limitava os poderes do Ministério Público. Quanto ao projeto que
colocava a questão dos gays no centro dos debates legislativos, esse foi
arquivado, questão que diz respeito aos psicólogos e seus possíveis pacientes.
Como os
internautas acordaram para a realidade brasileira? Certamente estavam
apoquentados com as querelas vazias de sentido, pois os brasileiros querem, na
verdade, ver seus direitos de cidadãos respeitados, e não ter desviado o
dinheiro dos impostos. As agruras que a população sofre nos hospitais,
e na mobilidade urbana, problemas a serem resolvidos com a máxima presteza, sob
pena de continuarem as manifestações, que a coisa não acabou. A educação que
também deve ser priorizada. Só verbas monumentais não adianta, tem que haver
empenho nas soluções dos problemas, o que requer competência e honestidade.
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