LANG LANG nasceu no subúrbio industrial da China no
província de Shenyang em 1982. Seus pais tiveram de abandonar suas carreiras de
músicos, forçados pela chamada Revolução Cultural, vocação transferida para o
filho, que passou a infância debruçado sobre as teclas do piano. Difícil para
ele pensar fazer outra coisa, ter outro tipo de vida, herança genética, além da
questão de honra. Diz que quando menino
queria apenas imitar Tom e Jerry tocando piano e acabou encantando auditórios
pelo mundo afora (menino esperto, puxa saco do tio Sam). Em Nova York tocou no Central Park, num dos dois únicos
pianos Steinway de cor vermelha existentes, sugestão da marca para mostrar o
que ela tem de especial, como Lang Lang, dono de uma destreza espantosa com as
teclas, desempenho que extasia plateias pelo mundo afora. Teve, inclusive , de enfrentar a
decepção de seu pai quando um professor disse que o filho não tinha talento,
desafio que assumiu sozinho daí por diante.
E venceu, considerado um dos melhores intérpretes de Frans Listz, entre outros grandes da música. Nos Jogos Olímpicos de Pequim tocou para bilhões de pessoas, ocasião em que foi
colocado um filme na internet com grande número de jovens tocando piano, o
título “O Efeito Lang Lang”. A China comunista hoje é um outro país diferente
do de Mao Tse Tung. Milhões de estudantes hoje estudam piano na China, onde o
pianista tem uma fundação para o incentivo à educação através da música. Talento que pode se transformar em profissão, além de grande paixão, afirma por sua
experiência. A China aplaude e dá honras de estado a seu gênio musical.
Quando falam que ele é histriônico, diz que apenas vivencia a emoção que a
música lhe proporciona. O modo de se apresentar faz parte do espetáculo, proveito que ele tira de sua nacionalidade. Vê-lo no Teatro Municipal no Rio de Janeiro foi uma grande oportunidade e um privilégio.
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