HÁ MUITO BEM A SER FEITO
A
perplexidade toma conta da população a cada crime hediondo, o vazio que sentimos,
e vamos em busca de consolo e explicações para tais fatos. Qual a origem ou
causa do mal que parece aflorar no mundo como se fosse castigo? O caso horrendo
do filho que matou os pais, a avó e tia e se matou, agindo de forma atípica para
casos de crime contra a família e à própria vida, fora de qualquer explicação,
até psiquiátrica. Fora de qualquer classificação, mesmo animal, mulheres
mantidas prisioneiras, anos e anos por seus algozes. Pode se dizer que sejam
loucos, doentes mentais, mas não demostram tais transtornos, e, sim, evidência
de que são pessoas más. O mal habita em
nós? É nossa fração irracional? Segundo o psicólogo americano Philip Zimbarbo todos
nós, como seres humanos, somos vulneráveis ao mal, e “sem exceção, carregamos
um componente que incita a maldade”. Há aqueles em que o mal aflora de uma
forma avassaladora, mas teriam sofrido degeneração moral a partir de algum
momento da vida, quando se tornaram mais predispostos a cometer delitos,
crimes. Passam a achar que a vida não vale a pena, perdem a fé. Tornam-se
propensos a se deixarem enredar pelo mal.
Acontece
ter gente, muito boa gente, que parece imune ao mal, que nos piores revezes, ou
em situações de grande risco, mesmo assim, permanece no bem. Tem fé. Certo que o bem dentro
dessas pessoas vai ser mais forte que o mal. Seria o componente do bem que
também habita em cada um e se tem de perseverar nele, reforçar esse lado, em
detrimento do outro, que pode nos prejudicar, nos tornar infelizes, pois
ninguém é feliz no mal. É importante sermos inflexíveis em relação ao mal,
nunca nos submeter ao que é errado. Sempre procurar agir certo, e nunca tentar justificar
decisões equivocadas. Perdoar, inclusive, a si mesmo, depois de reconhecer o
erro. Manter-se no exercício do bem. Há muito bem a ser feito. No caso do
nazismo a humanidade tem que sempre fazer uma autocrítica. Não foi um único
homem, por sinal medíocre, que fez sozinho o que foi feito em termos de
equívoco, de maldade. O modelo da maldade levada ás últimas consequências, com
o aval de boa parte da população mundial, que se rendeu ao mal, tido como
valor. Hitler representa o mal, derrotado,
enquanto Winston Churchill, incitou a reação contra, prova ter o bem força para sair vitorioso.
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