DAS ROSAS E DOS ESPINHOS
Viver num mar de rosas, quem não deseja para suas vidas? Quem
não quer usufruir da beleza, conviver com pessoas boas, maravilhosas,
inclusive, cheirosas? Quão belas são as rosas, assim como certas pessoas. Aliás,
todo mundo tem esse lado de pura ilusão. E os espinhos? Ferem as pessoas, por demais sensíveis – mais de si,
que dos outros – que detestam ser contrariadas, contestadas, se acham donas da
verdade, donas de todo mundo, superiores. Geralmente só querem ver o que lhes
interessa. Espiritualistas, ou primitivistas, descem às profundezas do
inconsciente, em busca da sabedoria de vidas passadas, sem restrições. Prefiro a crença dos carismáticos católicos, que a
Igreja aceita com reserva, um modo bem evoluído de elevação até
Jesus, o Mestre dos Mestres, Aquele que habita a consciência cristã, ao lado de Sua mãe, Maria, a mais bela e perfumada Rosa. Essa a mística que me seduz,
mas só os puros e humildes de coração podem alcançar. Melhor encarar a verdade
sobre o ser humano, sobre nós em particular, esse animal racional, que pensa e ri; que cheira e fede. Somos seres racionais, conscientes, também irracionais,
podres, principalmente, nas profundezas da alma, no inconsciente. A mente nos
proporciona a consciência racional. E para nossa alma temos o dom da contemplação, do amor pela vida. Razão e contemplação bastariam para nós,
pobres mortais, mas não bastam, queremos o impossível! Sabemos que Olavo Bilac tinha
o dom de “ouvir estrelas” para compor sua bela obra poética. Assim como outros
poetas místicos, entre eles Fernando Pessoa e Rilke. O romantismo francês produziu expoentes da poesia, os chamados “malditos”, entre eles Beaudelaire
e Verlaine. Fico por aqui.
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