DIMINUIR O RITMO
A encíclica Laudato si acaba de ser lançada pelo
papa Francisco com pompa e circunstância, na qual a Igreja católica sai em
defesa da natureza e do meio ambiente. O documento esmiúça a situação da vida no
nosso planeta, que se degrada a cada dia, e faz um alerta para que a humanidade
como um todo passe a agir com responsabilidade por sua preservação. A
encíclica já ganhou o apelido de “encíclica verde”, de grande importância
para o momento atual em que acontece grande destruição ambiental e desagregação social. O
homem com sua ganância sendo o único responsável e deve diminuir o ritmo em que avança sobre a natureza, seu consumismo como uma doença mortal. Cabendo à religião católica na pessoa do
sumo pontífice defender o bens espirituais e também
materiais da sanha dos males advindos da falta de consciência da humanidade para com a vida.
A obrigação moral da igreja católica é alertar
seus bilhões de adeptos sobre o que acontece no mundo, e exigir que eles
procedam de acordo com a fé que professam. Que pensem os fiéis e demais pessoas
no que foi feito e o que se deve fazer
daqui por diante para minorar a situação calamitosa em se encontra a vida no
planeta, onde campeiam a destruição e as guerra. E a próxima guerra seria da
água, o precioso líquido sem o qual pereceremos todos, aleta o papa. A ganância
do ser humano que age de forma irresponsável, e as consequências são a devastação, sem que
haja contrapartida da felicidade, que se almeja a qualquer custo, mas, sim, um
viver miserável dos excluídos. Ao capitalismo mal conduzido, desvirtuado,
cabendo parte da culpa. E sabemos todos que há virtude no ganho de capital que
favoreça o progresso civilizador, não esse “progresso” que só aponta para o
consumismo desenfreado.
A lei natural que é do certo e errado,
da realidade e falsidade, que hoje está
sendo substituída pelo relativismo ou pelo positivismo, como diz a carta
pastoral. A razão que nos avisa dos limites naturais a serem observados e
respeitados. O homem pensa ser Deus, mas deve trocar sua megalomania por uma
existência virtuosa. Sobriedade e
capacidade de desfrutar sem estar obcecado pelo prazer, pelo consumo.
A virtude da contensão, do respeito que deve existir para com a vida. Diminuir o
ritmo de produção e consumo que o planeta não aguenta mais os saques que são
feitos aos bens naturais sem autorização, e por conta disso o ser humano vítima
de calamidades cada vez maiores.
O consumo exagerado na França, por
exemplo, levou a Ministra do Meio Ambiente a pedir: “Parem de comer
Nutella”. Alguns ingredientes do produto
a causar devastação ambiental na Ásia. Nem tudo é possível, como quer a nossa desumana
ganância. Não vale a pena ultrapassar os limites para depois sofrer as
consequências dos desastre advindos de tal ou qual atitude. No Brasil, por
exemplo, festeja-se o aumentou do consumo, em detrimento da educação, e as estatísticas
apontaram o país entre os últimos em desenvolvimento e qualidade de vida. E quanto ao contingente
populacional o papa não acha que seja o responsável pela degradação ambiental,
que ocorre, pelo modo como se vive a esbanjar os bens naturais, que não
são renováveis. Mas que o ser humano tem condição de descobrir sua razão, ter sua
consciência.
São duzentas páginas de saber absoluto nas
quais o papa Francisco brinda seus seguidores, os católicos, e todas as demais
pessoas, seja qual for a fé professada. A fé em Deus que leva das ambiguidades à certezas, como pensa o papa, seguindo a moral religiosa.
E o quanto é falsa a ideia que tomou conta de algumas cabeças coroadas pelo
materialismo, que as leis morais seriam impostas, algo inventado e sem valor. Mas
é justamente os valores que a fé católica quer recuperar e que estão sendo
arrasados. Louvado Seja, pela natureza, pela fé católica, pelo papa atual e os
anteriores, pela religião da vida direcionada para o bem, que nos incita a
seguir o certo em vez do errado. É importante ter conhecimento para saber que nem
tudo é circunstancial, que há uma verdade nada relativa, com regras morais. Uma
mudança de vida no mundo se faz necessária, com urgência.
O PAPA JOÃO PAULO II |
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