ESPERANÇA E CONFIANÇA
texto refeito
Confiança e Esperança viviam dias tranquilos no aguardo do futuro que
certamente seria promissor, não tinham como pensar de forma diferente. A casa não era rica mas próspera. É certo que as coisas correm melhor onde as virtudes fazem parte da vida das pessoas, não dando passagem à intemperança, ao medo. Quem vivesse haveria de sentir a prosperidade acontecer, do jeito que era esperado acontecer. Mas tinha a
torcida contrária, que não dava o mínimo crédito á confiança e á esperança, as virtudes
colocadas em dúvida, ou descartadas, que as coisas tinham que ser resolvidas
de outro modo. Afinal a tecnologia, o
progresso, chegavam para que não fosse mais preciso apelar para essas coisas de uma
classe acostumada a pensar e de forma positiva. A classe média que tem seus defeitos, mas não
despreza as virtudes essenciais.
O mundo contemporâneo passava a respirar outros ares, poluídos que sejam, sem dar valor
à importância das virtudes. O "aqui e o agora" vinha com força total, era agir rápido
e depois ver o resultado. Precipitaram-se as coisas, a começar pela mudança de
regime, e no lar abençoado das duas
irmãs, a democracia deu lugar à ditadura, como em quase todo o mundo. Ditadura
militar e não a comunista, como almejavam alguns extremistas inconsequentes. Mas junto com as
precipitações, vieram as revoluções que mudavam vidas de uma hora para outra, que não havia tempo para
pensar, era viver o tempo presente. O pensamento focado no aumento da
massa humana disposta a lutar pelo Partido comunista e pela produtividade para suprir a demanda. Aumentava a demografia e a pobreza junto. A
miséria que é fruto mais da incompetência, que de outra coisa. Mal maior seria a perda definitiva da Esperança e da Confiança.
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