O século XXI chegou mandando brasa,
literalmente, e em sentido figurado. A temperatura nas alturas, o clima sufocante, a par de baixarias
que rolam por aí, e nós outros, os
velhinhos, a sentirem falta de um tempo bom de se viver. Dias de clima mais ameno,
sem tanto asfalto e com espaço para respirar. E ainda que se tenha hoje o ar
condicionado para aliviar o calor, e outros meios que o homem busca para supera
as adversidades, criadas pela natureza e as por ele provocadas, a vida hoje não
está nada fácil. Já foi melhor, inclusive para as jovens mulheres, que
estudavam em boas escolas femininas, e quando adultas passavam a trabalhar na
sua indústria caseira, cercadas de crianças e animais domésticos, cultivando
suas flores no jardim da casa, que não era de boneca, intriga do dinamarquês.
O “estado natural” da mulher e da
família, constituída de pai, mãe e filhos. Ah, a família, o quanto ela perdeu nos
apertos de hoje! Não só pelos
apartamentos em que se vive nas cidades média e grande, uma selva de pedra, ainda
com há o perigo da extinção. Em vez de paz e tranquilidade um atordoamento, o tanta
que se destrói em nome do progresso. E a sensação é que fomos novamente expulsos
do paraíso terrestre, e a ordem agora é não olhar para trás, e seguir em frente,
tudo bem, se não fosse a gravidade de certas questões, que se nos apresentam
como avanço. E não esqueçam que no passado é que foram feitas as maiores
descobertas da ciência, a vacina, a penicilina, e tudo de mais de útil para a
humanidade.
Queremos hoje um retrocesso ao estágio
selvagem, de animais irracionais. Reagir, ou aceitar viver no inferno, eis a
questão. Os gêneros eram apenas dois, com
os quais se nascia e morria, uma construção cultural calcada na vida natural e
digna, com o homem e a mulher buscando a felicidade no casamento com um parceiro
do outro sexo, e consequente a procriação, já com a pílula para o planejamento
da natalidade. Na atualidade os desconfortos a que somos
submetidos, alguns ditames moderno que são insuportáveis, e será
para o bem de todos olhar para frente nos novos dias. Também sem apego espiar os velhos tempos. Ficar de olhos
bem abertos para um progresso que nos querem impor, mas que nega a
civilização, como um processo evolutivo, que segue o princípio aristotélico do
equilíbrio. O contrário desse raciocínio é o homo demens, um ser ridículo, capaz de ser soterrados
por um tsunami de lixo.
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