“A PONTE DE LONDRES CAIU”
A ponte três dias após o atentado de 22 de março |
Como
de praxe, já foram devidamente programadas as cerimônias para o funeral da
rainha Elizabeth II, incluindo uma senha para
anúncio do falecimento real: “A Ponte de Londres caiu”. Várias pontes cruzam o Tâmisa entre o City e o Southwark, que recebem o nome de Ponte de Londres, verdadeiras fortalezas, além do belo visual. Tradição e beleza o que a cidade de Londres representa em seu conjunto arquitetônico. Também nada há de mais tradicional, firme e belo para os ingleses sua realeza, na pessoa da rainha, que acaba de completar 90 anos, e hoje reina mais não governa, símbolo nacional. Quanto a nosso passado, como reino, depois império? Desfizemos-nos
da nossa casa real, na pessoa do imperador Dom Pedro II, figura da maior
dignidade, expulso do seu país sem dó nem piedade, depois de mais de quarenta
anos de serviços prestados ao Brasil. Criamos então uma
República, que por pouco não é uma republiqueta, como acontece com os demais países da América do Sul.
A rainha firme e forte nos seus 90 anos |
Outra notícia nos chega do Reino Unido, por
coincidência, ou não: um atentado terrorista na ponte de Westminster, onde
morreram cinco pessoas e quarenta ficaram feridas. Para perpetrar seu crime, Khalid Massodo, de
origem muçulmana e nascido na Inglaterra, alugou um carro numa localidade vizinha e encaminhou-se
para o coração de Londres. Na ponte, sempre repleta de gente, a maioria
turistas, o terrorista arremessou o veículo em alta velocidade sobre essas
pessoas, e só foi parar em cima do muro do Parlamento. Depois da performance
aterradora, o criminoso saiu do carro e esfaqueou e matou um policial, quando então foi abatido. Na Câmara dos Lordes falava a Primeira Ministra, de
imediato retirada do local pela Segurança. Theresa May dava início aos procedimentos oficiais para a saída da Inglaterra da UE.
A
civilização mais uma vez duramente golpeada. Assustador o flagrante da turista
francesa que foi jogada, ou se jogou, no rio Tâmisa, salva, e se recupera no hospital
de um traumatismo craniano. O autointitulado Estado Islâmico assumiu o
atentado, e faz tempo que esse terrorismo assusta toda a Europa. Não está fácil
ninguém, nem mesmo para o Reino Unido, que tem uma situação econômica
sólida, e pode manter sua cara realeza, digo melhor, sua querida e custosa
realeza, o que para eles vale a pena, pelo que ela representa. No caso do
Brexit, houve um quase empate nas votação, e há protestos nas ruas de Londres.
Aqui
no Brasil não sofremos com o terrorismo, pelo menos, por enquanto. Também não
temos essa opção de sair ou ficar na EU. Sem realeza, nem coisa alguma nesse sentido, elegemos como salvador da pátria um presidente
sertanejo e analfabeto. Nada contra o sertanejo, ou a pessoa inculta, brasileiros
como qualquer um de nós. Somos, sim, contra o despreparo para o exercício do
maior cargo do país, em cujas mãos colocamos nosso destino. Faltam bons exemplos
na política, aliás, são péssimos os exemplos que temos. O mau costume dos políticos brasileiros
roubarem o dinheiro público. Certo que tudo seria bem melhor se o comando do
Brasil estivesse nas mãos de pessoas de real nobreza, coroadas pelo caráter.
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