MESTRE-SALA E
PORTA-BANDEIRA
Para não dizerem que não falei de samba
É carnaval, as
Escolas iniciam sua entrada na passarela do samba, no enredo nenhum assunto fica de fora, meios de expressar a alegria. Alas após alas
os milhares de passistas desfilam frente ao público, com suas fantasias. O
mestre-sala se rende, faz mesuras e se joelha diante da porta-bandeira, cujo
estandarte tremula conforme a habilidade da dançarina, que rodopia para o seu
par. O casal pode ser íntimo, ou pouco se conhece, ainda assim se compreende enquanto
dançam, é como se só esta mulher fosse a alegria deste homem, só este homem fosse
a alegria desta mulher. Dançarinos que tentam se alcançar, mas na vida real
cada um levanta sua bandeira. Naquele momento mágico de amor pela Escola se afastam
de qualquer maldade, estão livres de todo ciúme. Não param de dançar, até o fim
da travessia, proporcionam momento de paz e alegria, é o que importa. O público aplaude, e mesmo se não levarem
a maior nota, fizeram o que podiam para saírem vitoriosos. Por fim, têm os corpos
cansados, mas os corações adoçados pelo amor, no caso, amor ao samba.
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