TEMPO, TEMPO, TEMPO...
O agudo vagido do bebê ao
nascer é sinal que o ar entrou em seus pulmões. Sinal exterior de vida, presente
desde a concepção. O primeiro respirar desse ser especial, até que dê o último
suspiro.
A vida é-nos revelada com seus sabores e suas
dores. Além do primordial ar, começamos a sorver o sabor doce da vida com o leite
materno, ao lado da experiência da dor, que a fome revela desde o início.
Em
quase tudo igual e ao mesmo tempo diferente dos outros animais, o homem é um
ser frágil, que necessita de cuidados especiais, assim como vai precisar
de importante aprendizado.
De
corpo e alma entramos na vida. Vem a infância, seguida da juventude, idade
adulta e maturidade. É o tempo que passa, convenientemente delineado e nomeado.
Idades preciosas, que temos de aproveitar ao máximo. E a humana ânsia de viver
não é pouca.
Os
anos passam, e chega o tempo em que o peso da idade nos faz desacelerar.
Sentimos então a paciência se esgotar, o não querer se aguçar, e ainda sobrar
inquietações. Mas estar vivo é um privilégio na velhice, como em qualquer idade.
Se perdemos
energia com o tempo, o sabor da vida parece que melhora à medida que transcorrem
os dias, as horas, os minutos. Quão precioso em nossas vidas é cada segundo! Ter então a graça de ficar velho e
poder confessar que sabe viver, hoje, melhor que tempos atrás.
Sim,
sobram dores e arrependimentos, mas a sorte é que nossa alma é também fonte
inesgotável de esperança e alegria.
Aproveitemos
o tempo precioso dos sessenta anos, e algumas décadas mais.
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