JOGOS PARALÍMPICOS EM PARIS!
PARABÉNS BRASIL!
PELA CONQUISTA DAS QUATRO MEDALHAS NESTE SÁBADO!
Sempre
houve tempos difíceis para o ser humano, e não seria gesto obsoleto, nostalgia
do passado, rever as experiências anteriores, que possam ajudar a entender, e
até mesmo dar uma resposta plausível para essa nossa atual situação conflituosa.
E o que se e vive hoje não seria pior que o de eras anteriores, de
confrontações culturais, políticas e religiosas. Alegro-me em reencontrar-me
com Emmanuel Mounier, que foi ponto
de referência da juventude engajada do
meu tempo, um pensador católico, que ao lado da igreja, debateu temos
importantes para a causa social, refutando o totalitarismo que colocava a prova
a cultura ocidental, ameaçando a sociedade e a dignidade da pessoa. O panorama
cultural era parecido com o atual em crise, e o criador do personalismo
cristão, ao relacionar fé e vida, torna-se figura referencial para o cristão. Hoje em dia o ateísmo, sem base plausível, quer interpretar a
realidade e expurgar a força do pensamento cristão do mundo. A DEVENIR EDITORA vai traduzir e publicar La Petite Peur du Siecle XX de Mounier, tendo publicado com êxito livros clássicos de
filosofia e cultura geral, desta feita premiando o leitor com mais uma obra
prima da cultura universal. Aguardemos.
QUATRO DOS MAIS DE 15 TÍTULOS PUBLICADOS PELA DEVENIR EDITORA
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Uma total abertura a tudo que é possível resulta nessa tragédia que se esboça para o homem na atualidade, e vai comprometer irremediavelmente seu futuro. E quando o destino do homem se acha condicionado à extensão de uma liberalidade infinita, da mesmo modo, infinitos são os males que aguarda esse ser indefeso que foi lançado à própria sorte. A identidade sendo substituída pela abundância, mas se Cristo veio para que os homens tenham vida em abundância no sentido de vida espiritual, sem descartar a matéria, um dependente do outra, já que somos constituídos de corpo e alma. Certo, e incontestável, que o ser humano não pode ser reduzido aos critérios do prazer, nem da aceitação sonolenta das coisas que não servem para defini-lo em sua humanidade, e ainda reduz sua grandeza. Grandes os feitos do homem, que já fez uma visitinha à lua, e vive pesquisando o espaço em suas naves tripuladas. Mas se continuarmos nessa disparada, sem alcançarmos o melhor, que é a paz, o que resta, senão lastimar a grandeza trágica da aventura humana?
ANTIGA FOTO DE S. LUÍS - HOJE EM RUÍNAS
Ainda há tempo de nos preservarmos desse triste fim.
RÉPLICA
CONSIDERAÇÕES (REFEITAS)
SOBRE O FIM DO MUNDO E MAIS
POR DO SOL - VISTO DA MINHA JANELA |
Quem na atualidade ainda não experimentou a sensação de vir a testemunhar o fim do mundo? Diante das constantes catástrofes ambientais e das drásticas mudanças na moral e nos costumes, que se nos apresentam aos olhos, tememos o pior. Tempo de acabar com tudo, ou o fim de um círculo, ainda na esperança de um novo recomeço. O mundo avançado em conhecimento científico e tecnológico sinalizando o retorno ao paraíso, que, diga-se a bem da verdade, não houve essa promessa de Deus ao homem, ao expulsá-lo daquele lugar privilegiado, onde tudo lhe era benéfico. Proibido de comer o fruto da árvore do bem e do mal, do que o homem torma conhecimento, e tornou-se o seu novo destino, de sofrimento e morte.
Milênios se passaram até o homem arregimentar-se para a batalha definitiva do bem contr o mal. Na virado do século IX. foi um período difícil, em que muito se falou no fim dos tempos. Mas foi justamente quando por toda parte fundaram-se igrejas, os fiéis reunidos em assembleias de paz. Está próximo o Reino de Deus? Sejamos então dignos dele, era a voz corrente. E, como crianças, as pessoas sentiram prazer em executar a tarefa de se salvar, e ao mundo. A verdadeira esperança cristã, que não é evasão, nem submissão.
Passado um milênio, o mundo fica outra vez em choque. Fim do mundo, e porque não organizar as coisas na terra antes da partida? O Reino de Deus que é a consciência cristã, com a qual as pessoas tornam-se donos de si mesmo, capazes de evitar que ocorram danos à sua pessoa, e ao mundo. Permitir-se julgar melhor algumas atitudes contemporâneas, e não ficar acomodado, achando que com a técnica e a ciência, e com a justiça econômico-social todos os problemas do mundo seriam eliminados, os homens para sempre pacificados. Quando parece que a tendência do homem é entrar em contendas, e nunca poder contar com uma paz durável.
O cristão tendo o sustentáculo da doutrina cristã para seu equilíbrio interior, e consequentemente servir de equilibro para o mundo exterior. O pensador cristão Emmanuel Mounier, criador do personalismo cristão, afirma que nada há no ser humano que seja impessoal. Livre do individualismo excludente, assim como do coletivismo marxista e ateu. Contra as más tendências, defender valores nobres, sendo fieis ao próprio espírito, à sua consciência. Mantendo-se o menos equivocado posível. O homem com direito à liberdade, com responsabilidade, sem temer uma catástrofe final para o mundo e para si próprio. Um bem cristão, consequentemente, ser comunitário.
MEMÓRIA E TEMPO
Preservar
é a ordem do dia, em primeiro lugar poupar a natureza da destruição, para não acontecer o pior, o caso das catástrofes
ambientais, que já ocorrem, e tanto nos apavora. Precisamos, pois, cuidar bem dessa
nossa herança natural. Assim como devemos cuidar do passado nosso patrimônio
histórico e cultural. Ficou fora de moda
o culto à personalidade, mas a importância que tem a valorização das nossas
raízes. Uma realidade que faz avançar o turismo nas cidades antigas.
Tempo
da indústria da cultura, e seu consumismo, que se expande através de eventos: festas
e comemorações de toda ordem, levando turista para os fatos antigos e
tradicionais do passado. Simpósios, concertos, exposições, ocorrem nos museus e
outros espaços tradicionais, reformados para receber os amantes das artes e, em
especial, os turistas. O tempo passou e houve desgaste dos antigos prédios, praças
e outros e logradouros, que são reformados e transformados em centros
culturais, museus, hotéis, teatros, todos convertidos em produtores de consumo
cultural e turístico.
As antigas
tradições culturais são cada vez mais prestigiadas.
A memória de um passado culturalmente rico, que também promove ganhos
financeiros, o que promove o capitalismo e se reveste em mais cultura e riqueza.
Cresce a cada dia o turismo nas cidades antigas, patrimônio da humanidade, a
ponto de já causar desgosto dos habitantes desses locais históricos, que veem
suas ruas e praças tomadas por gente de todos os cantos do mundo.
E ver
as ruas apinhadas de gente, como acontece na Europa, é o que Maria sonha para
sua terra natal, São Luís, capital do Maranhão. E não mais encontrá-la arruinada
pelo abandono. Falta turismo, e os recursos que trazem. Uma linda e quatro
vezes centenária que precisa entrar nesse circulo virtuoso, de preservação e ganho
financeiro. As tradicionais festas de São João são prova disso, mas tem que ser
investido mais em reformas e promoção.
FICÇÃO
“Deixa de inventar moda, Maria! “ Palavras
da tia para a sobrinha, com a intensão de preservar o seu disciplinado universo
ameaçado de ser corrompido por indisciplinares modismos. A regra adotada pela linda
e conservadora Carmelitinha era não admitir
a vulgaridade, nem a mutabilidade de um tempo, que incitava as pessoas a seguir
a moda. E Maria queria apenas encurtar suas saias acima do
joelho e experimentar as blusas sem mangas. Considerando-se o início da modernidade pelas mudanças do vestuário e o futuro consumista, que avançava a passos largos. As mulheres modernas com seu bom gosto, também
com a melhoria da vida financeira, numa cidade tricentenária, que tentava a
todo custo se modernizar.
Maria
teimava: Gosto não se discute. Quando então a tia revidava. “Gosto se discute, sim.” A sociedade moderna
sendo reestruturadas segundo o ditame da mudança, ou da moda, com sua lógica da
sedução, da renovação permanente. Prestigiada a aparência e sua inconstância. A
moda, em seus vários seguimentos, possibilitando a valorização do novo em
detrimento do antigo, que chegaria ao auge na pós-modernidade. E seria, por
conta da subjetividade do gosto, que o indivíduo se afirmaria socialmente, ou
da falta de gosto que o diferençava dos demais. Questão de gosto e ponto. Uma revolução
que ia subverter a mentalidade então vigente e seus valores tradicionais.
A tia
de Maria, sem se dar conta disso tudo, e no futuro ia adoecer do mau de Alzheimer,
em sua cidade natal, de onde nunca arredou pé. A antiga cidade também seria
esquecida em grande parte viraria ruínas. Hoje a
sobrinha dá razão à tia, que deu à luz a meio time de futebol e não um time
inteiro como o marido queria. Até que a moda é não ter filho. Digo isso porque
passamos a viver o paradoxo da individualidade. Como a envelhecida tia de
Maria, o mundo passou a viver sem memória. E mesmo com todo tecnologia e ciência, possível de imaginar, na verdade, simples
paliativos para suportar a decadência vigente no mundo.
DEPOIMENTO DE FÉ
RESTA APENAS A LEMBRANÇA DA MAIS ANTIGA IGREJA DE S.LUÍS-MA (DEMOLIDA) |
Questão de honrar a fé que a
pessoa professa, antes das atuais interpretações relativistas e niilistas. Antes
da perda dos referenciais, que afastavam o ceticismo e nutriam os ideais
superiores. Mas, por capricho do destino, tínhamos ido ao encontro da diversidade
dos caminhos abertos pelos avanços tecnológicos e o sucesso financeiro. Mas nada
vem de graça, e o preço a pagar é que hoje sofremos de ansiedade, e de outros
males, que se agravam. Remédio melhor não há que Deus, crença que é o amparo da
nossa natural espiritualidade, em vez de se perder na descrença.
No mundo materialista de hoje prioriza-se a descrença, inclusive, quanto aos originais gêneros masculino e feminino, caindo em
pecado de traição a nós mesmo. E a tal ponto
os males se agravam, que é da maior urgência voltar à verdade, honrar o que foi
recebido naturalmente da vida, e o que cultivamos para o bem da nossa
humanidade. Urge tomar posse daquilo que parece perdido, ou seja, os bens
espirituais herdados de ancestral tradição. A fé católica sempre na vanguarda.
E na modernidade tem as crenças weberianas que se empenham em transmitir sua fé
religiosa de reivindicação particular, como forma da pessoa construir-se, ou
reconstruir-se, afirmar-se, em suma, se fazer reconhecer particularmente como
indivíduo.
Em tempo: Por conta desse ideal na Olimpíada
2024, em Paris, os atletas crentes, em
sua maioria, manifestaram sua fé em Deus, na confirmação de estarem ali pessoas
moralmente íntegras, além de serem os mais bem preparados profissionais nas
diversas modalidades esportivas.
COMENTÁRIO
COMENTÁRIO SOBRE A OLIMPÍADA 2024 EM PARIS
REBECA ANDRADE E RAYSSA LEAL |
LAICIZAÇÃO
Emancipar-se da história, livrar-se
da tutela da religião, e viver o presente, é a proposta para os novos tempos. A
modernidade progressista torna-se o passado de desencanto, assim como a desencantada
pós-modernidade, eufórica com o progresso, e de todo vulnerável. O mundo, pressionado
pelo terror das mudanças climáticas e da devastação do solo, não teria futuro.
Eras passadas. Chega-se a definitiva Era tecnológica e científica. O novo e
alvissareiro mundo da IA. Como tudo o que fora possível já teria sido feito.
Que outra saída senão buscar o impossível?
COMENTÁRIO SOBRE A FOTO
CINE EDEN - S. LUÍS-MA |
O cinema Eden, fundado em 19 de Abril de 1919, era um dos mais belos prédios construídos no país para a exibição dos filmes, que iniciava uma trajetória de sucesso. Meus avós iam ao cinema com frequência, e contam que minha avó brigava com meu avô com ciúme das atrizes. Já viúva, e não mais frequentadora das salas onde se exibia então chamada sétima arte, costumava falar sobre os filmes que assistira com o marido, lembrando o talento de Pola Negri, o quanto era bela. O primeiro filme exibido no Eden foi Chispas de Fogo estrelado por Dorothy Dalton, e acredito que o jovem casal esteve presente. A filha mais velha, minha mãe, nasceu em 1917. Saudade de um tempo que desejaria ter vivido e do que eu também vivi como frequentadora do Eden onde lembro ter assistido Marcelino Pão e Vinho, visto por um plateia elegantemente vestida na sua estreia, como era o ostume .
PLATÃO E ARISTÓTELES |
Maria lembra-se do Dr. Djalma Marques, que bastava olhar o
doente, e antes mesmo de examiná-lo já sabia do que padecia. Muita gente curada
dessa forma, quando os exames de laboratório eram raros. Enquanto hoje em dia há
médicos que não sabem decifrar os gráficos dos exames, imprescindível para o
diagnóstico, e ainda perderam aquele faro antigo. Outra figura emblemática na
medicina de S. Luís foi Dr. Carlos
Macieira, um mito na cidade Patrimônio Universal da Humanidade, Cirurgião da mais alta competência,
além da confiança que transmitia a todos que operou com suas miraculosas mãos, possuindo o que hoje se chama empatia.
Éramos felizes e não sabíamos, pela ética das pessoas, em todas as profissões, que além de privilegiadas com o saber, eram vocacionadas para exercerem seu ofício, e não apenas pelo dinheiro. Hoje a preocupação maior é saber se a profissão é rendável, mesmo que não haja talento e vocação para exercê-la. Imprescindível a competência para exercer qualquer profissional, assim como a ética, que é um conjunto de valores morais e princípios de conduta humana. Respeito, prudência, ética, em suma, exigida nas relação entre grupos e indivíduos. Os padrões éticos bem fundamentados e estabelecidos de forma racional, para que haja benefício próprio, comungado com os demais.
EM TEMPO -- França, cede da Olimpíada de 2024. E sua linda Paris! Mas um dia cantou o poeta cearense Tomaz Lopes(1874-1913): “Paris, é velha meretriz, devassa, / Que estrbucha e dança sobre a latina raça”... Versos, que parecem dirigidos para Paris do novo milênio por conta da escandalosa cerimônia de abertura dos Jogos.
INTERPRETAÇÃO
Luxo é o que se agrega de supérfluo à vida e a si próprio, ou seja, tudo que a pessoa não precisa, mas quer ter para impressionar, causar admiração, principalmente, inveja. O luxo estaria à venda nas lojas para as pessoas comprarem com dinheiro, e só os ricos podem, menos aqueles a quem falta grana para esbanjar. Luxo é o que se tem sem necessidade, e mais por vaidade. E vaidade das vaidades é querer ser amado pelas pessoas, simplesmente isso. Há necessidade de se amar e ser amado por uma determinada pessoa, pelos filhoe, pais, amigos. o que não é um luxo. Luxo e disperdício é querer ser amado por todos, mesmo que tenha muita gente assim, vaidosa, até mesmo paranoica. O amor é espontâneo e ninguém tem obrigação de amar você, e seria um total disperdício de amor, o que as pessoas de bom senso repudiam. Só se explica esse amor com os artista que vivem do público que os assiste, e tem os fanáticos. Nada de luxo e vaidade em questão de amor, do contrário, significa posse, não doação, o que requer o amor verdadeiro. Gostar de alguém só é um luxo quando se busca amores aos montes para se sentir o maioral. Abraços, beijos, risos, nada disso é luxo, mas necessidade humana. Brincar com os netos só é luxo quando o amor é escasso, pela falta convívio, doação, amor. Clint Eastwood tem motivo para falar o que falo por viver em Hollywood.