sexta-feira, 23 de agosto de 2024

 


                                                        AINDA HÁ TEMPO


ANTIGA FOTO  DE S. LUÍS - HOJE EM RUÍNAS

 


                                   “A grande inundação da barbárie está às nossas portas” escreveu Nietzsche  em 1873. O filósofo alemão parece que pressentia o que ia acontecer perto dele, que levou o mundo ao mais absurdo patamar de barbárie, afinal foi no seu país que surgiram os crematórios dos campos de concentração. E se chegamos aos extraordinários avanços na ciência e na tecnologia, também avançamos nas guerras, com os mísseis e tudo o mais criado para destruir o inimigo, sempre à espreita. Certo que a barbárie não acontece de repente, mas se anuncia a vidas vazias, cheias de  incoerência e atos estúpidos. E como temia o filósofo do "eterno retorno", também tememos hoje que o mundo seja destruído. Em vez de irmos pelo melhor caminho, vendo as coisas como são de verdade, admirando a beleza da vida, em nossa segueira, teimamos em seguir apressados por destrutivos atalhos. Depois, se houver depois, só resta reclamamar da barbárie, que acaba por inundar nossas vidas, quando nós mesmos demos passagem para suas águas turvas. 

                                      Ainda há tempo de nos preservarmos desse triste fim. 


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