É ISSO MESMO!
O CONCERTO
Jean de Vermeer faz parte da extraordinária pintura holandeza do
século XVII, um pintor de Delft, que na sua cidade natal, pinta as mulheres na prática dos exercícios individuais da leitura, da
escrita, da música, e que também interagem socialmente, de acordo com a nova situação republicana e reformista da Nação. Pinturas que dizem respeito à universal condição feminina, dotadas que são as mulheres de sensibilidade no sentido da elevação da alma, ou da vida, em suma. No quadro
O
Concerto duas jovens, certamente da próspera burguesia citadina, recebem aula de música com um mestre, até mesmo
um maestro, encarregado de ensiná-las. O instrutor está sentado em frente ao
piano e de costas, com o rosto oculto, para quem de fora observa a lição, tendo à
esquerda uma das moças ao piano, enquanto a outra, a sua direita, canta seguindo
o que está escrito no papel que tem em suas mãos.
As mais nobres ações humanas, às melhores técnicas, os sábios conceitos, as artes, tudo que a mente humana cria para enfrentar percalços, amenizar dores, até mesmo exorcizar os demônios vindos da modernidade, que então se inicia, assim como a República, que acaba e ser implantada no país. A vida urbana também requer mudanças, que vão bneficiar, em especial, as mulheres, o que Vermeer apresenta em seus quadros, e neste mostra duas jovens recebendo aula em uma sala de música. Na parede estão penduradas duas telas de paisagens, em frente aos personagens encenados, além da paisagem, pintada no tampo do piano, dando sentido dúbio ao concerto. Uma das telas tem a vegetação escura e selvagem, com apenas um terço do céu em azul. A outra tela é um esboço de A Alcoviteira pintada por Dick van Baburen, pertencente à sogra de Vermeer. A obscura natureza, o irracionsl, que leva inquietação à alma, enquanto a luz nas mesmas telas lembra o orfismo.
ORGULHO SEM PRECONCEITO
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Ela nunca sentiu
vergonha da situação econômica da família, em comparação aos novos-ricos, com a
ilusão que o dinheiro é tudo na vida. Privilegiada por uma educação, inclusive religiosa,
que fazia a diferença. A jovem sentia orgulho da avó na confecção
de doces para festas, o que lhe podia rebaixar o nível social, conforme
o preconceito à época. Ao contrário, acrescentava dignidade e prestígio à viúva em plena
mocidade, o que só conquistaram as mulheres com seu trabalho nas gerações seguintes.
Naquele
tempo, se as coisas davam certo o crédito ia para a sorte, mas era culpa da
pessoa qualquer coisa que desse errado. E havia um tão grande sentimento de
vergonha, que uma jovem acabou por cometer
suicídio pela nota abaixo da esperada no boletim escolar, em vez da máxima. Ano
em Getúlio Vargas tirou a própria vida com um tiro certeiro no coração,
deixando uma Carta Testamento, em que
dizia: Sai da vida para entrar na
história. O político não suportou a vergonha da lama jogada sobre si vindo
de pessoas próximas. Vergonha, que falta aos políticos de hoje.
Quanto
à jovem suicida, faltou fé em si mesma, sem ter consciência da vida inteira que
tinha pela frente. A igreja católica com sua especial forma de transmitir essa
fé, que está alicerçada na fé em Deus e na vida. Necessária essa força especial,
para não fraquejar e seguir em frente, em especial, ter esperança. A
transformação pessoal que a crença em Deus promove. E jamais a pessoa envergonhar-se
da sua crença, que acredita na hóstia com o corpo de Cristo, considerando-se o quanto se ganha com a
Comunhão.
Vergonha
é matar, o caso do aborto, pecado mortal. Já os pecados, chamados veniais, que
a pessoa sinta arrependimento, e não
volte a cometer aquele erro. Perdoar-se.
ESCURIDÃO
SOPRO
DE VIDA
Quando um sopro de ar entra nos pulmões dá
início ao funcionamento do corpo humano, que reage como o primeiro vagido do
recém-nascido. Não há vida sem o ar, combustível dessa nossa máquina
maravilhosa. Ar que se aquece nos pulmões, produz energia para fazer o sague correr nas veias, e se dirigir
aos demais órgãos. E a prova de que
estamos vivos é o ar que sai dos pulmões pela boca, sopro de vida. E quanto de vida há no interior do nosso corpo,
— faz parte da essência de Deus, o
Criador. O passo a passo da criação acontecido há milhões e milhões de anos no planeta Terra, que gira na imensidão do espaço
infinito.
SER GENTIL
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A PAZ DE UM CAIR DA TARDE |
A vida cumulou Aurora
com doses de gentilezas, que lhe cabem como uma luva, assim como a fez suportar
uma dura realidade, da qual ninguém escapa. E ela tenta imaginar quem era nas várias faces
da vida, ou o que pensa de si mesma e do mundo ao redor. O que não podia era ver
a sua frente, as idas e vindas, as chegadas e partidas, os nascimentos e
mortes, a vida em suma. Justa, ou injusta a distribuição das alegrias e das dores,
tratando-se, todavia, de aprendizado para a pessoa de hoje, que não é a mesma
de antes.
E mesmo que nossa personagem ficasse parada, que andasse devagar, ou depressa, as coisas iam acontecer. A vida indo devagar, depois acelera o ritmo, a ponto de virar de ponta a cabeça. Não mais uma virtude ser bem-educado, até mesmo um defeito. Passa a valer os gritos de protestos como forma de comunicação, ou reivindicação. Mundo agressivo esse de tantos países em guerra, assim como as pessoas são agressivas, até contra si mesmas. Aumentam os casos de doenças mentais.
O segredo da cura é ser gentil, em especial, consigo mesmo.