COISAS DA VIDA
Crescer e mudar, perder e
ganhar, reencontrar-se, ao se perder, achar uma saída, são coisas da vida. E
que se tenha coragem para enfrentar com
serenidade e sabedoria os desafios, sejam eles grandes ou pequenos. Em primeiro
lugar, vencer a si mesmo, seu egoísmo, sua soberba e ainda falar de humildade. Uma
fase difícil para quem vive no Brasil, quando forças se unem, não para ajudar,
mas para o tudo, ou o nada, pessoal, partidário. Justo quando vivemos um tempo
memorável, de progresso e avanços sociais, famílias saindo da miséria, com motivos
para comemorar, e o que se vê, ouve, lê e pura beligerância.
O ser humano parece que não tem
mesmo jeito. E sabemos que tudo isso é fruto da falta de amadurecimento das nações,
das instituições, das pessoas, que se encontram plenas de empáfia e nada mais,
vazias de dar dó. Mas chios de agressividade, de medo, que transborda do plano inferior
para o superior, ou vice-versa. Resquícios de muita coisa ruim, inclusive da ditadura
militar, que lutou contra uma suposta invasão comunista no país, uns poucos
revolucionários, coitados, mas o medo a perdurar até hoje, infundado, ou não.
Outros pobres coitados são os autointitulados
atues, que esbravejam por um estado laico, e instigam os religiosos com a
defesa do casamento gay, do aborto e de outras insanidades. E a recém eleita presidente
Dilma Rousseff tendo grandes desafio pela frente. Em primeiro lugar, conciliar
o país, que parece dividido, mas só até o próximo carnaval, o que dizem os
entendidos no assunto. Brincadeiras à parte, foi brabo o enfrentamento dos dois
ilustres mineiros pela conquista de votos. Guerra feroz, como nunca se viu antes
no país, deixando o ranço do ódio, que percorreu todo o pleito.
Absurdo dos absurdos os nordestinos serem
odiados pelos votos dados à vencedora, insultados de ignorantes, preguiçosos,
até bovinos, como expressou Mainardi, em seu odiento discurso contra o
resultado das urnas. Quando foi Minas que decidiu a eleição, descontente com o
ex-governador Aécio Neves, candidato do PSDB. Enquanto o Nordeste votou em peso
na candidata do PT, contente com o governo que seria o único responsável de grande número de
brasileiros ter saído da extrema pobreza, enquanto outros tantos puderam ascenderam na escala
social, o que tinha de acontecer com PT e sem PT. Não sou aecista nem dilmista,
certo?
“Vocês
têm que me engolir” podia ter dito a presidente recém-eleita para um segundo mandato, que fez, todavia,
um discurso conciliador logo após a vitória. Mas que não pode dizer que “tudo será como dantes no quartelo de
Abrantes”. O mundo mudou e muita coisa também
se modificou em nosso país. Menos ideologia, discriminação, ódio, e mais dedicação
dos brasileiros para que nosso Brasil possa mostrar ao mundo a grande nação que é de verdade.
Situação e oposição devem estar ciente
que a governabilidade depende de acordos mútuos, os votos divididos meio a meio.
A maioria talvez não quisesse nenhum dos dois candidatos, mas era o que tinha. Bom perguntar a quem interessa, a guerra
vai continuar? Para os petistas ceder ao outro lado é quase como acender uma vela para Deus (os
pobres) e outra para o diabo (o poder econômico). Heréticos petistas que encheram
os próprios bolsos. Só que não há anjos e demônios, e não se venha dizer da
presidente Dilma que ela “ganhou mais não levou”.
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