TEMPO DE RECONCILIAÇÃO
Em recente visita à Turquia, o Papa Francisco recebeu boa
acolhida do patriarca turco, em confraternização pelo que suas igrejas têm em
comum, e respeito mútuo para com as diferenças. Fato que aponta para uma
esperança de reconciliação, entre ortodoxos e católicos romanos. Visita de aproximação que o Papa espera
acontecer também com a igreja ortodoxa russa, da qual aguarda um convite. Duas
igrejas católicas? É isso mesmo, a fé católica dividida entre a igreja Ortodoxa
do Oriente e a Apostólica Romana do Ocidente. Por duas vezes separada, como permanecem
até hoje.
Ocorreu o
primeiro cisma no século IV, quando os ocidentais sofreram a invasão dos povos
germânicos que, acossados pelos hunos transpuseram suas fronteiras do Reno e do
Danúbio, e invadiram o Império Romano. Os católicos latinos então sob forte
pressão dos bárbaros, dos quais se afastaram os ortodoxos. Os ocidentais, também
nada satisfeitos com as heresias que infernizavam a fé católica no
Oriente. No Ocidente a igreja católica, a princípio isolada em mosteiros, de lá
partiram para as iniciativas que resultaram na formação de uma nova
civilização, sendo inevitável a participação dos bárbaros, que eram vencidos e
convertidos.
Francisco, o
papa da reconciliação, também em reuniões secretas em Roma, trabalhou para que
Barack Obama fizesse o esperado gesto de aproximação entre Estados Unidos,
nação capitalista e democrática e Cuba comunista e ditatorial. Como as crenças,
não mais se justifica que nações americanas permaneçam separados, mas tratem de
ajustar suas diferenças e assim possam crescer juntas. Como disse o presidente
americano, “nós falamos a mesma língua”, ou seja, pertencemos ao mesmo
continente — o que é muito importante.
Com as bênçãos do papa Francisco, que surgiu no horizonte como um anjo da boa
nova para um mundo, onde reinem o respeito e a paz entre as crenças, povos,
pessoas.
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