FIM
DOS TEMPOS OU DAS ILUSÕES
Nada
como o carnaval para nos fazer refletir sobre a loucura da vida. Enquanto uns
sambam outros sofrem as dores de um mundo convulsionado por guerras e toda
sorte de desentendimentos e misérias. Festejamos a folia de Momo mesmo inseguros,
que ninguém está seguro nesse mundo, a bandidagem no Rio, como sempre, a fazer
vítimas, tendo um turista alemão recebido, em vez de confete e serpentina, duas
facada no abdome por não entregar sua máquina
fotográfica ao bandido.
A
realidade da vida é osso duro de roer, com ou sem carnaval. Problemas e mais
problemas para resolver, além dos insolúveis. Aqui e ali sempre uma catástrofe
ameaça o mundo, e a cada um de nós em particular, o caso do câncer. Mas é bom
viver, apesar dos pesares, e já que estamos aqui, a nossa revelia, ou escolha (para
quem acredita em reencarnação).
De
uns tempos para cá o ideal é o conforto, esse motor que faz girar a engrenagem
do mundo moderno, quando se passou a acreditar que se pode viver melhor o dia a
dia, consumindo coisas e loisas. E mesmo com todo o avanço científico e
tecnológico, há um imenso desgaste das ilusões, em especial para as mulheres,
que abandonaram a religião e a maternidade para seguirem uma vida secular e profissional
pouco satisfatória, quando excludente.
Cada
tempo tem sua virtude, hoje é estar bem informado, ter emprego e cuidar da
saúde, e por aí vai, coisas que nos colocam num patamar elevado de progresso físico
e material. Nossa humanidade ajustada, todavia, a um modelo narcisista e
individualista, que nos coloca quase num beco sem saída, o que seria prenúncio
de um fim nada honroso para nossa civilização.
Quem
dera houvessem mais dessas famílias especiais, quase sumidas da sociedade, hoje constituída de falsos profetas, de predadores. Raras as famílias
exemplares no convívio com as demais pessoas, beneficiadas com o que há
de melhor, tanto no campo profissional, quanto espiritual. Um privilégio, que o
poder dominante da ignorância não dá mais valor. Se o mundo desmoronar de vez, o jeito é recomeçar a
jornada fumando cachimbo e tocando tambor, primitivas expressões culturais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário