NÃO ALCANÇAMOS O NIRVANA
No mundo contemporâneo o que mais se
vê de inusitado são pessoas obcecadas, numa busca insensata por qualquer coisa,
ou “causa”, certamente para suprir o vazio existencial em que as vidas se
transformaram. Não chegamos ao nirvana
mas num estágio de tédio, com o materialismo arrogante sugando as energias, em
troca de nada, ou de grande insatisfação. Esse ser, dito homem moderno, ambicioso
e ansioso que ultrapassou seus limites para chegar a níveis de progresso, mas
também de frustação, nunca antes atingido. Por exemplo, os jovens tomando
Viagra para aumentar seu desempenho sexual e fazer bonito, o que pode causar
até morte.
A religião nos aponta um sentido para a
vida, mas o mundo deixou de existir nos moldes do passado, mães que buscavam
alento na profundidade religiosa, o que acabaram trocando pela superficialidade
e intensidade contemporânea. As famílias hoje reduzidas a quase nada, num mundo
superpovoado, com pessoas dedicadas ao consumo de coisas materiais. A
espiritualidade consumida como um produto qualquer, comercializado com má-fé.
Bem verdade que hoje as mulheres são mais
valorizadas como profissionais competentes e também mães. Mas olhando ao redor vemos
pessoas frustradas pelo desejo de terem ao menos um filho que seja. Os homens que
não podem ou não querem fecundar as mulheres para não se comprometerem, nem
tirá-las do mercado de trabalho. A que ponto chegou a ambição no nosso mundo
que se tornou estéril, além de continuar machista. A culpa vem lá de trás, quando a mulher era mantida em
casa procriando sem parar.
A
humanidade fértil na medida certa e não como coelhos, é o que proclama o papa
Francisco. O momento de libertação para a mulher, o tanto que ela se virou para
povoar o mundo, tendo hoje que reduzir a prole a níveis compatíveis com a
oferta de bens disponíveis na natureza para serem explorados. A visão real
diferente da visão ideológica, inclusive no sentido da procriação, os futuros
pais convictos dos filhos que querem ter, ao dizerem sim à excelência, em vez da simples sobrevivência
da espécie.
Aceitar a realidade requer maturidade. Observo
rapazes de tão boa compleição física, adquirida à custa de muita vitamina e
também nas academias, de onde sinto partir uma ponta de desconfiança, mesmo
preconceito, para com os mais velhos. Foi nos anos 60 que surgiu a ideia de que
os jovens iam inventar um mundo melhor, mas o que vemos é uma geração de
retardados mentais em termos de moral. Um grande contingente que veio das
camadas mais medíocres da população, estimulados em seus arroubos consumistas,
desde crianças.
As pessoas hoje, excessivas em tudo,
principalmente na crença em si mesmo. Mimados e andrógenos, em vez de homens e
mulheres dispostos ao trabalho e a contribuírem de verdade para um mundo melhor.
A formação que nos define, não nascemos pleno. A boa formação, pois cada um tem
o dever de preencher com sabedoria o que lhes falta, e não se tornem retardados
mentais, seres improdutivos, masturbadores inférteis. E sejam cumpridos os
desígnios da natureza, para que se possa viver em harmonia e equilíbrio pessoal
e social. Com respeito e sem preconceito.
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