CULPAS, DESCULPAS, PERDÃO
Era jovem, quase uma criança, quando saiu
sozinho do interior em busca do saber, levando consigo o respaldo familiar e
toda a esperança e coragem. Ao tempo de cursar o ginasial veio juntar-se a ele
o irmão mais novo, com grande chance de também chegar longe, e assim seguiram
em frente. Bons companheiros, tiveram os estudos conduzidos por uma elite de
professores ao lado de jovens como eles, Deus a velar por todos que confiam e
fazem por merecer. Os tempos duros longe de casa, mas em meio à paz da pequena e
encantadora capital maranhense, conhecida então como Atenas brasileira, verdadeiro
paraíso na época, para quem tem alma para sentir, e os poetas a têm.
Também morrem os poetas de paixão. Somos
aquilo que pensamos ser, e alguém bem conduzido nos estudos, vitorioso na vida,
lastimar ter perdido os folguedos infantis, é coisa que ao meu ver não merece
crédito. Mas lançada a dúvida no ar, pergunto: um cidadão brasileiro teria
perdido a infância ao construir o melhor futuro para si em tempo felizes, de grandes oportunidades? Como
disse Machado de Assis, “a ingratidão é um direito do qual não se deve fazer
uso”. Mas é um sentimento inerente ao animal homem. Falo pelo irmão tranquilo e
feliz. Grave erro alguém não reconhecer a oportunidade ganha e os bens que
agregou para transmitir aos que vieram depois.
Querer se vingar e ser infeliz por
toda a vida, ou agradecer e, mesmo, pedir perdão? Uma vez pedido e dado o
perdão, ter a alma apascentada, invadida que foi por força estranha. Assim seremos
livres de todo mal. Amém!
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