quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Eleanor Powell & Fred Astaire "Begin the Beguine" Tap Dancing
Para encerrar o ano de 2015 em meu blog, escolhi um casal
de dançarinos que encantou o mundo no
século passado, Fred Astaire e Eleanor Powell. O cenário de elegância e beleza,
para onde voltam nossas vistas neste tempo de festa, fugindo da deselegância
que permeia por todo lado. Fred Astaire fez filmes memoráveis que encantaram
minha geração ao lado de grandes parceiras femininas, como Ginger
Roger, Rita Hayworth e tantas mais.
“O ano que passou foi difícil”, é o que se
escuta em toda passagem de ano, na esperança de dias melhores. Mas, se os
números dizem alguma coisa, não vai ser melhor os do ano de 2016, que pode dar
em “nada” na aritmética dos “noves fora”. Enquanto 2015 deu 8, número bom, na
totalidade. Realmente tivemos sorte de não ter acontecido a 3ª guerra mundial, muito embora até o papa diga
que ela está acontecendo, o mundo às voltas com o terrorismo. Fanáticos mulçumanos, como a autointitulado
Estado Islâmico, fortemente armado ataca, com espantosa audácia e crueldade, a
civilização ocidental, e já domina cidades no Oriente com a intenção de formarem
um novo califado, contra o qual europeus e americanos laçam foguetes, para
esfacelar essa facção criminosa islamita.
E nos perguntamos: porque a força e não
o diálogo, a diplomacia? Porque com a barbárie não há conversa, ela quer destruir
e não construir uma civilização. Haveria a remota possibilidade da civilização
acabar, sim, esgotadas as possibilidades de paz. O Ocidente em alerta desde os
ataques terroristas em vários locais de Paris, onde numa boate morreram 130
pessoas. Os ataques que vêm ocorrendo faz algum tempo, com ameaças constantes
dos vários grupos terroristas que se formaram como o Al-Qaeda, cujo idealizador,
Bin Laden, os americanos mataram numa operação cinematográfica. Tem ainda o terrível
Boko-haram na Nigéria e o movimento islamita palestino Hamas. No Afeganistão
tem o Talibã. E quantos mais?
Em Bruxelas os festejos públicos de
fim de ano foram suspensos, e em Paris as comemorações vão sofrer alterações. Nos
estados Unidos, soldados armados estão a postos, nos locais onde a população vai
se reunir para festejar a passagem de ano.
O terrorismo que pode ser fruto da nossa própria incompetência, ainda que
nos consideremos civilizados, pois à barbárie se sobrepõe
os avanços da modernidade, em especial da ciência, que, por último, anunciou a
possibilidade de se fazer a edição de genes, com o perigo, vejam só, da
manipulação genética. E o transplante de fezes, não é mesmo um espanto? De
espanto em espanto vamos vivendo! Até quando ninguém sabe, e parece que Deus não
está nem aí para nossas maravilhosas loucuras. Nem para nossos crimes,
infelizmente.
Em nosso país as previsões para 2016
não são boas, e nos últimos meses as coisas pioraram de tal forma que uma das nossas cidades sumiu na lama que vazou de
uma mineradora, matando 14 pessoas. Além do mar de lama da corrupção que vaza
por todo lado, com a economia aos frangalhos, o que pode resultar no afastamento
da primeira mulher eleita presidente do Brasil, já no início do próximo ano. A temperatura
alta em que vivemos na política, que parece ter esquentado nosso inverno, com
clima de verão. Assim, depois de um inverno quente, o verão chegou para rachar, o que me faz lembrar o
filme “Rio 40 Graus” de Arnaldo Jabor, que se fosse hoje se chamaria “Rio 50
Graus”.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
NOSSO SER SUSTENTÁVEL
Como
seres racionais, temos capacidade de avaliar, discernir, sobre tudo o que se
refere à natureza das coisas e à própria humanidade. Os homens de boa vontade
preservam-se do males, físicos e espirituais ao educarem a mente, ao elevarem sua
alma. Riscos há em se descuidar dos valores que libertam o homem da prisão da
ignorância e do domínio dos instintos, quando o emocional é que domina as ações
e não a hipótese racional. Dores bem menores para quem se dispõe a pensar e
agir de forma adequada à condição humana, do ser racional que somos. E quantas
vezes frustramos nosso ser íntegro, em nome de uma despótica liberdade, que nos
pode esfacelar.
Mas falamos em perdas, ou que deixamos
de ganhar algo. As coisas avaliadas em perdas e ganhos, de acordo com nossas exigências,
ou mesmo as exigências do mercado, por exemplo, que impõe plena satisfação, a razão
a nos informar da inadequação desse nosso viver como consumidores dos bens
existentes, simples predadores. Viver não é se arriscar em lances perigosos, onde
se perde a noção da realidade. E não se dependa do acaso, ou da sorte, manipulando
dados aleatórios, para uma jogada qualquer, quando podemos contar com dados precisos
oferecidos pela própria natureza, decodificados por nossa mente racional. Dados,
dados, dados a serem buscados sempre, como os dados econômicos, que precisamos ter
em mãos para aferir resultados positivos para a economia do nosso país, que ora
afunda.
Ter como meta lutar por uma vida melhor,
a começar pela família que se sustenta no amor, assim como a sociedade, ao promover
conforto e segurança a seus membros. A vida que existe em abundância, vida
plena, promessa do nosso Deus, no que devemos acreditar piamente. Na peça de Brecht os clérigos teriam rejeitado
o telescópio e optado pela inquisição. Mas justamente aos clérigos devemos quase
todo o conhecimento legado ao mundo moderno. Ateus existem aos montes por aí e
são grandes detratores, conquanto os que creem sejam a grande maioria. O tanto
que a fé favorece a ciência, mesmo que erros tenham sido cometidos, quando
havia as heresias para combater, o que ainda acontece, infelizmente. Desde a
idade média a igreja católica oferece educação e cultura aos jovens nos
melhores estabelecimentos de ensinos e faculdades do país e do mundo. E quantas
lutas a igreja empreendeu em defesa da civilização, o que merece elogios e eterna
gratidão. Uma religião da caridade que, com competência e prudência, ensina o
mundo a ter fé, e desse modo a humanidade alcance o justo prazer da justiça e da
paz. Em especial, a paz de espírito. É o nosso ser sustentável, ou não ser.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
As Melhores Músicas Natalinas Instrumental
PARA MEUS FILHOS MURILO, VIVIANNE E MARÍLIA
RECORDAREM O NATAL DOS TEMPOS DE CRIANÇA.
LOUVADO SEJA DEUS, PELAS BÊNÇÃOS RECEBIDAS!
O SORRISO NOSSO DE CADA DIA
Certos sorrisos nos atingem em cheio, alguns para guardar na lembrança, que a gente nunca esquece, o sorriso dos que sofrem, por exemplo, e mesmo assim sorriem, e de um jeito doce, amigo. Pessoas especiais que, mesmo na adversidade, procuram sorrir, ser amáveis, não para esconder o sofrimento, e sim para
receber em troca o amor que precisam, que merecem. E estejamos sempre prontos para ofertar um sorriso sincero a quem precisa. É amor que doamos ao próximo,
para que a vida seja mais leve para nós e para quem está ao nosso lado. O
sorriso sincero é um ato de amor dirigido ao outro, com retorno certo.
Sorrimos com facilidade quando nos sentimos felizes, mas podemos aprender a sorrir na
adversidade, o que conforta, pois o sorriso atrai amor, mais que
o choro, as lamúrias. Pessoas passam por nossas vidas, quantas e quantas, que nos fazem lembrar
o bem que existe, para além de qualquer mal que nos possa afligir. O sorriso confiante, amigo, o quanto eles nos vale em momentos difíceis. Sorrir quando estamos felizes no
íntimo do nosso ser, não há nada melhor.
No passado dizia-se que muito sorriso era sinal de pouco siso, ou falta
de juízo. Pode acontecer aquele sorriso que mascara a realidade. Não enxergar a dor do outro, ou a nossa própria dor, para lastimar, pois os problemas se resolvem, ás vezes basta não chorar por eles, não fazer
tempestade em copo d`água. Mas encontrar alegria no bem, para seguir adiante, ciente de que é uma força restauradora de qualquer ferida,
refaz qualquer dano. A força de Deus, que é o Bem maior. E que o sorriso nosso de cada dia eleve
nossa alma. Amém!
BOAS FESTAS!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
O
SER HUMANO EM MOVIMENTO
A
vida pressupõe mobilidade, no sentido de mudança, crescimento, sujeita que está
à evolução. Não que o ser humano seja de natureza errante, com tendência a sair
por aí atoa, ao contrário, tende a acomodar-se, assentar-se, mas nunca ficar de
todo parado, pois cada estágio da vida é uma etapa a vencer. Crescemos ou
definhamos. O corpo definha na velhice até a morte, enquanto a mente, como numa
escada, avança a cada degrau, numa subida ao topo, o que é próprio de
cada um. Mudar de território, emigrar, foi
por séculos procedimento da espécie Homo, certamente ansiosa por explorar novas
terras, em busca de uma vida melhor, como acontece até hoje. Quando em movimento a pessoa sabe o que quer, o que vai
semear e colher. Assentado o homem civilizado tem em mente o bem-estar pessoal,
que comunga com a sociedade a que pertence.
Não
resta dúvida que a fé nos deuses, depois no Deus único, contribuiu para que o
homem atingissem o estágio de vida assentada, civilizada. Um ser racional, mas
também espiritual, desse modo, criador de meios para se ligar ao alto, assim como
de técnicas para progredir na terra. O tanto que custa tempo e esforço se chegar
a algum lugar, que faça sentido estar ali. E veja bem, mesmo a pé, mas com fé, nossos
antepassados foram longe em suas ambições terrenas e espirituais. Inventores e
progressistas, supriram suas primeiras necessidades de locomoção a partir da invenção
da roda e do carro de boi, utilizados, por séculos e séculos na locomoção
humana. Até que se chegasse ao mundo apressado em que se vive hoje, com trens
elétricos, carros movidos à gasolina, aviões e até mesmo os foguetes espaciais.
A terra rasgada pelas estradas de ferro, e logo a seguir pelas estradas de
rodagem. As invenções não pararam, para a
locomoção e muito mais. Na atualidade do mundo tecnológico os avanços tornaram-se
de tal monta que assustam. Chegamos aonde chegamos, inclusive à lua. Ufa!
A
grande invenção da eletricidade, de
início para livrar o homem da escuridão das noites, mas que deu largada a uma
corrida desenfreada de criatividade e progresso sobre a terra. Até lá em cima, nas
“nuvens”, para onde dizem que vão os dados colocados nos computadores. Inventamos
um novo céu! Também uma nova terra, que é pródiga em insumos, capaz de fazer movimentar
a indústria na produção de coisas do arco-da-velha, como diriam nossos avós. Acham
os conservadores que, se é de bom alvitre
acreditar no céu, melhor ainda é manter os pés firmes na terra. E do homem das
cavernas ao ser civilizado – ainda bárbaro, como ele se apresenta em certos
casos – será que chegamos aonde deveríamos chegar? A tecnologia que nos levaria
ao melhor dos mundos, não fossem as imposições à reboque das invenções, que
inovam os costumes, trazem novidades para o centro das atenções.
A boa
nova da mídia televisiva, que se tornou um meio compulsivo de informação, assim
como seus expectadores, que pensam viver, ora no melhor, ou no pior dos mundos.
Com a internet e as redes sociais as pessoas certas de que fazem amigos e
influenciam pessoas à distância. Mas é justamente o local em que a boa
consciência se perde, diante dos ruídos das mensagens, de todos os níveis,
inclusive de inveja, cobiça, até mesmo ódio. Fomos longe, sim, e podemos estar
em qualquer lugar em algumas horas de viagem. E mesmo no conforto da casa,
acessar o mundo todo, que maravilha! Mas, na verdade, vivemos um tempo de exclusão.
Os “eus” que querem se sobrepor uns aos outros. E o tanto que queremos ser felizes,
mas o que temos é seu avesso, uma vez que falta o principal - a paz. Diante
disso fica difícil viver, sonhar, amar com dignidade. No calor das refregas, evaporam-se
os valores morais, universais, sabendo-se o quanto eles são necessários,
principalmente no mundo atual.
Nos
últimos anos a situação do nosso Brasil nos faz lembrar dois personagens
bíblico: José, no Egito, que interpreta o sonho do faraó de sete anos de
abundância depois dos sete anos de fome, enquanto o profeta Jeremias,
em Judá, confirma em suas lamentações a inutilidade e efemeridade do poder
mundano. Perdidas as ilusões, principalmente no que se refere à política, de
onde viria a salvação, mas, em vez do prometido paraíso sobre a terra, os
políticos oferecem o inferno. Importante aferir com convicção o que é bom e tem
qualidade, pois, se evoluímos em certas coisas, regredimos em outras que só nos
desfavorecem os anseios maiores. Nós brasileiros, assim como o mundo todo, temos
hoje muito a lamentar. Mas como se faz uma nação próspera e feliz? Nossa
cultura nacional é como um arca, concebida para acomodar a pluralidade, forças
que se agregaram para superar adversidades, e constitui nossa história. E não nos
afoguemos em dores, da miséria, do preconceito, mas por nosso passado construamos
um futuro melhor.
E neste
fim de ano de 2015 só me resta invocar as forças do bem, que se movimentem, em
sua totalidade e intensidade, para fazer a humanidade avançar na paz. O tanto
que a paz faz falta nos dias de hoje. O mundo a se debater num mar de
insensatez, onde o terrorismo impera. Mas que desse dilúvio se resgatem o
discernimento e a prudência, necessários à condução da vida.
Que Deus, o Bem supremo, nos ilumine,
nos salve!
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
NOVAS SUGESTÕES DE LEITURA
Durante
a minha última estada em S. Luís, Maria
Laura, minha amiga de infância e juventude pediu-me sugestão de livros. Com
algum atraso, faça a indicação de dois livros de minhas leituras, que li por
ocasião das minhas pesquisas sobre a pintura de Vermeer. São eles: “Estilo”, de
Joan De Jean, livro que por sinal me remete à avó dessa amiga, uma grande estilista,
que certamente faria sucesso e dinheiro se morasse no Rio e quisesse se dedicar
à alta-costura. Acontece que dona Maria Laura Jucá de Castro costurava apenas
para as netas e umas poucas privilegiadas, incluídas eu e minha irmã mais nova,
que tivemos esse privilégio. Lembro bem do quanto me senti elegante dentro dos
vestidos confeccionados por dona Laura, roupas do mais perfeito corte, do mais
refinado gosto, experiência que ficou registrada
na minha memória.
O livro “A essência do Estilo”, escrito
por Joan De Jean, professora da Universidade da Pensilvânia, que trata da
França como berço da moda e de tudo o mais que, à época de Luís XIV, alavancou
a economia do país. São páginas escritas com inteligência e elegância, onde a
autora expõe como os franceses inventaram a alta-costura, a gastronomia, os
cafés chiques, as festas regadas a champanhe. Esse vinho borbulhante, também foi
inventado pelos franceses, um monge beneditino da abadia de Hautvillers,
perto de Reims, bebida que fez aumentar a sofisticação nos salões da corte. Os franceses trataram de colocar a tecnologia
a serviço do glamour, como os espelhos, que eram poderosos na demonstração de riqueza e poder. Perfumes,
cosméticos, mobiliário, decoração de interiores, tudo que a França inventou, e desde
o século XVII exporta para o resto do mundo. E todos querem conhecer Paris, a
mais bela e sofisticada cidade do mundo.
A
segunda sugestão de leitura é o livro “Giordano Bruno e a tradição hermética”
de Frances A. Yates. Este livro da editora Cultrix também fez parte da minha
pesquisa sobre o pintor Vermeer, e cito-o porque sei o interesse de Maria Laura
pelo assunto esoterismo.
“Giordano
Bruno e a tradição hermética” contém vasta pesquisa sobre o mago renascentista, que morreu na fogueira
da Inquisição. A autora Frances A. Yates vasculha as entranhas da época,
repleta de heresias, influenciadas pelo hermetismo, do qual o mago era adepto.
Pesquisa isenta de julgamento, sendo a autora benevolente com o hermetismo do
monge agostiniano, que Olavo de Carvalho não perdoa, ao considerar Giordano
Bruno adepto da prática da idolatra do hermetismo, um traidor, cuja disposição
pró-egípcianismo o fez inimigo da igreja Católica romana.
sábado, 12 de dezembro de 2015
ACORDO EM PARIS
COP-21 - PARIS - 2015 |
Paris nas duas últimas semanas sediou a COP-21, conferência do clima da ONU, para tentar resolver o problema crucial do mundo no futuro próximo, a preservação do meio ambiente. E após intensas negociações, foi assinado neste sábado um acordo inédito, em que os 197 países presentes ao evento comprometem-se num esforço comum reduzir as emissões de carbono e conter as mudanças climáticas. O compromisso colocaria em curso uma mudança radical no jeito de produzir e consumir energia. Que assim seja!
Paris ainda está em choque com o terrível atentado que sofreu em novembro passado, mas cumpre sua vocação democrática, sendo local do encontro entre as pessoas do mundo todo, o caso do intenso movimento de turistas que acorrem à capital francesa.
sábado, 5 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
CONVITE À LEITURA
PARA OS INICIANTES, QUE DESEJAM ADQUIRIR CONHECIMENTO DA LITERATURA UNIVERSAL, CLÁSSICA, UMA BOA DICA É UMA PUBLICAÇÃO DA EDIOURO DUETTO EDITORIAL.
TRATA-SE DE UMA COLEÇÃO DE QUATRO VOLUMES QUE REÚNEM EM SUAS PÁGINAS ESPECIALISTAS DO MUNDO INTEIRO, COM TEXTOS SOBRE AS OBRAS DE 7 CLÁSSICOS FRANCESES, INGLESES, RUSSOS E AMERICANOS.
À LUZ DO QUE DIZEM OS CRÍTICOS NO LIVRO 7 CLÁSICOS FRANCESES, TEMOS UMA VISÃO RESUMIDA, LÓGICO, DA VIDA E OBRA DE BALZAC, STHENDHAL, VICTOR HUGO, FLAUBERT, PROUST, SARTRE, CAMUS.
DA MESMA FORMA NO VOLUME 7 CLÁSSICOS INGLESES ESTÃO SHAKESPEARE, JOYCE,WOLF, BECKETT, AUSTEN, DICKENS E CARROLL.
ESCOLHIDOS PARA CONSTAR NO 7 CLÁSSICOS RUSSOS ESTÃO DOSTOIEVSKI, TOLSTOI, TCHEKHOV, GÓRKI, GOGOL, PÚCHKIN E MAIAKÓVSKI.
DESTACAM-SE 7 CLÁSSICOS AMERICANOS : POE, MELVILLE, FAULKNER, HEMINGWAY, FITZGERALD, JAMES E WHITMAN.
DA MESMA FORMA NO VOLUME 7 CLÁSSICOS INGLESES ESTÃO SHAKESPEARE, JOYCE,WOLF, BECKETT, AUSTEN, DICKENS E CARROLL.
ESCOLHIDOS PARA CONSTAR NO 7 CLÁSSICOS RUSSOS ESTÃO DOSTOIEVSKI, TOLSTOI, TCHEKHOV, GÓRKI, GOGOL, PÚCHKIN E MAIAKÓVSKI.
DESTACAM-SE 7 CLÁSSICOS AMERICANOS : POE, MELVILLE, FAULKNER, HEMINGWAY, FITZGERALD, JAMES E WHITMAN.
APURADO O GOSTO, É SÓ SE APROFUNDAR NO ASSUNTO, LER AQUELE AUTOR QUE MELHOR LHE TOCAR A ALMA, O SENTIMENTO.
.
PARIS
DE SANTA GENOVEVA -
ORAI
POR ELA!
Panteon de Paris |
Na
paisagem parisiense do início do século XIX casebres cercavam a catedral de
Notre-Dame e também a parte mais antiga do Louvre. Apenas uma promessa do
que se transformou Paris de hoje, que haveria de crescer entre os grandes bulevares
do norte e ao sul, às margens do Sena. Por ocasião da Revolução Francesa de
1789 o centro de Paris era apenas um entrelaçamento de ruelas estreitas,
insalubres. O rei Luís XVI é apeado do trono, e executado no ano seguinte. Mas os
revolucionários que vieram para salvar a França provocaram um derramamento de
sangue sem precedente, e fez com que a França passasse para as mãos de Napoleão
Bonaparte, que tomou o poder dez anos depois, em 1799. O soldado corso trata então
de restaurar a monarquia tornando-se soberano, inclusive, de parte do mundo. E a
reboque de suas vitória Napoleão resolve transformar Paris, construindo pontes,
que marcou com a letra N. Ergueu o Arco do Triunfo em homenagem às suas vitórias
militares, e fez do Champs Elysées o passeio preferido dos parisienses, e quem
mais por lá desembarque em busca de encanto e beleza. A bela Place de la
Concorde seduz quem visita o local, antes um chão vazio, onde a guilhotina havia
trabalhado sem parar, decepando as cabeças, inclusive dos revolucionários, pois
ninguém era poupado – local que desde o
reinado de Luís XV é ornado por grandiosos prédios, testemunhas daqueles fatos escabrosos.
Paris da intelectualidade, onde em 1815 encontra-se Honoré de Balzac,
na situação de filho de funcionário
público, ao lado do poder, qualquer que fosse, posição que lhe
assegurava ser bem-visto na sociedade. O jovem absorvia os ares da cidade, acompanhando de camarote as derrotas de
Napoleão, quando da sua terrível e frustrada expedição a Moscou e com a tomada
de Waterloo, nas duas vezes em que os aliados tomaram Paris para colocar a França em
ordem. Cidade tantas vezes humilhada. Foi o que aconteceu com o
atentado terrorista do dia 13 de
novembro de 2015! E podemos dizer que os inimigos não param de atacar Paris. Mas seus defensores também não cansam de a defender. A capital
francesa, que é também capital da civilização ocidental, que dizem ter sido atacada
por tropas de Átila, rechaçadas devido a intervenção milagrosa de Santa
Genoveva, que escapou do cerco ao seu convento e enfrentou os invasores,
incentivando os homens a reagirem até à vitória. A santa é considerada
padroeira da cidade e venerada pelos parisienses.
Paris tem muita história! Tanta história
tem Paris para contar que Balzac faz de da capital francesa “personagem” dos
seus romances, e se expressa na seguinte frase em um dos seus livros: “Paris
tem fisionomia humana, que imprime em nós certas ideias contra as quais não
temos defesas.” A mistificação e exaltação das qualidades e defeitos de Paris é
fonte de sedução, que acarreta sobre ela o amor e o ódio em iguais proporções. Os
últimos ataques terroristas que sofreu a Cidade Luz afrontam o lema de Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, do qual os franceses muito se orgulham. Mas se tais itens
são obedecidas é outra história, da qual os franceses devem prestar contas. Seria
essa a intenção dos terroristas? Fazer Paris tremer de medo, e da forma mais
cruel, como costumam agir as forças do mal, que matam inocentes, no caso recente, no
Bataclan? Jovens pegos de surpresa quando assistiam uma banda de Rock, divertimento
tido como pecaminosos por esses fanáticos, que de religiosos eles não têm nada.
A falta de integração que sofrem os imigrantes, uma minoria mulçumana, no caso específico de ataques terroristas.
Devido
aos fatos recentes em Paris lembramos de Albert Camus, outro expoente da
literatura francesa, ganhador do Nobel de 1957, filho de colonos franceses, que viveu o dilema de ser argelino
de descendência francesa. Perdeu o pai na primeira guerra e conheceu de perto a
miséria. Na Argélia natal, o escritor sente “o poder daquela civilização
mediterrânea que, indiferente às promessas de eldorado na terra, aposta na
noção de limite e no equilíbrio entre história e natureza”. Mudou-se para
França em 1938 pouco antes da ocupação alemã e participou da Resistência. Estrangeiro,
era como Camus se sentia, e também todos seus personagens em “busca de
enraizamento”, ao mesmo tempo que sente o “travo da hostilidade primitiva do
mundo’”. O mundo elementar (ao mesmo tempo rude e voluptuoso) e as ironias da
modernidade movem o autor em suas reflexões. O “sentimento do absurdo” seria o
divórcio entre o homem e sua vida, como um “ponto zero“, para o qual convergem
as representações literárias, personagens, meditações de Camus. Temas abordados,
os do século XX, alguns dos quais persistem: "a gratuidade, ausência de sentido,
crise de identidades estáveis, totalitarismo, rebelião, utopia". Camus tratou
sempre com a noção de limite, que lhe era imposto pela consciência, pela indignação
ética. Dizia: ”Tenho uma pátria, a língua francesa.” A alguém confidenciou:
“Vou lhe dizer uma coisa, meu caro, não espere o juízo final. Ele realiza-se
todo dia.” O juízo final que impõem as
guerras, vivenciado por Camus. Além das guerras, agora o mundo sofre com o terrorismo.
As mortes em Paris de 2015 é como o juízo final, que os terroristas querem
impor ao mundo civilizado. Absurdo dos absurdos! É mister reagir ao mal, com todas as armas, em especial, com FÉ
E ESPERANÇA!
FONTE DE LEITURA : COLEÇÃO 7 CLÁSSICOS
(DUETTO POCKET)
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