MAIS AMOR, MAIS ATENÇÃO!
Na Austrália uma enfermeira anotou o que diziam seus pacientes em estado terminal,
do que eles sentiam arrependimento na vida. O campeão foi: “Não ter tido coragem
de viver a vida que queria”. A falta de coragem como motivo de frustração. E observando
melhor a questão, todos querem deliberar sobre a própria vida, ter liberdade de
escolha, o que nem sempre a todos é dada a oportunidade, movidos que somos não apenas pelos desejos, mas pelas circunstâncias. Daí vem o segundo arrependimento: “Ter trabalhado tanto”. Vendo
por outro ângulo, não teria cabimento, pois
a falta de trabalho é que mais frustra as pessoas hoje em dia, também não ter possibilidade
de realização no trabalho. E o pior trabalho é aquele que realizamos
desmotivados.
Em 3º lugar:
“Não ter vivido de forma diferente.” Ou seja, não aceitar as escolhas feitas, muitas
vezes por imposição de fora, uma frustração que pode ser aliviada quando se
entende que bastam momentos de alegria e prazer, que se possa recordar com
satisfação. Em 4º lugar vem: “A falta de coragem de expressar os sentimentos”. Mais
uma vez a coragem, ou melhor, sua falta. Talvez o pior arrependimento que se
possa ter, para entristecer, de verdade, principalmente no fim da vida, quando nada
mais pode ser feito. Essa frustração vem acompanhada de outro arrependimento,
mais doloroso ainda, se possível:
“Não ter
se permitido ser mais feliz”. A felicidade que pode estar nos pequenos prazeres
da vida, alguns momentos divinos que deixamos de experimentar, como sentar para escutar alguém, ou
confessar-lhe algo, sentir conforto em confortar. Também encorajar os que
precisam, e, em contrapartida, adquirir coragem.
Quantas
oportunidades perdemos de ser feliz e dar felicidade. Vamos ficando mais velhos
e bate a saudade das pessoas que se foram, e pouco fizemos para alegrar
a vida dos que nos são próximos, e bate a tristeza pelo pouco carinho dado aos mais velhos, e são os que mais prezam a atenção.
Hoje vejo os velhinhos no shopping e lembro-me daqueles com quem convivi e não
tiveram esses momentos de lazer, ficavam horas sentados aguardando que alguém
lhes desse atenção, ao menos lhe dirigisse a palavra. Nem televisão havia para os distrair, apenas rezavam. E para quem
eram as rezas? Para nós, uns ingratos. O consolo é saber que essas santas
criaturas estão ao lado de Deus. E o que nos resta é essa vida corrida, tanto
para o trabalho quanto para a diversão, tudo no mesmo diapasão. Mais amor e mais atenção, minha gente!
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