E

FELIZ DIA DOS NAMORADOS!

                 
                 DÁDIVA

EU E MEU ETERNO AMOR -  PRAIA DE ARAÇAGI- S. LUÍS - MA-  2018

M ulher e mãe que sou, 

 merece essa alegria e esse pranto. 

Velhice é chegada,

sina, dádiva.

Não me falte saúde,

e tenha eu disposição,

para continuar meu recado.


A tela do computador

como uma folha de papel em branco.

A investigação sem fraude, 

mergulho profundo, 

suave emergir.

 A inquietude não me cabe bem. 

Escrevo para para ser feliz.

Ou se constrói o futuro, ou se cai no vazio.

Há o previsível  


e o de todo imprevisível.

Quem somos nós, afinal?

As histórias que nos contam, 

mas temos a nossa própria história.

O que me tomaram  nem pude reclamar, paciência.

Minha fortíssima alma para suportar perdas.

O insustentável que se perde,

e há o que se sustenta, apesar de tudo.

O muito que se tem a ganhar e preservar.

 

Visitas em minha casa,

pessoas que queriam me ver,

os que  precisaram de mim,

ou quem chegou sem ser esperado.

Quando eu podia imaginar as atuais visitas virtuais!

Alguns espinhos pelo caminho.

Quando dói, penso em gritar, mas fico muda.

Sempre há dor, saudade.

Queria de novo experimentar aquele doce,

comer um pedaço do bolo,

que só mãe e vó sabem fazer. 

Meus suspiros têm gosto de glacê.