PÉ NA ESTRADA
Planejar uma viagem, fazer as
malas, ir de avião, ou navio, carro, bicicleta, até mesmo seguir a pé para algum lugar
escolhido. Atitudes que podemos tomar a qualquer dia e hora para ser feliz. Sem esquecer que o melhor de
tudo é estar de bem com a vida. Deixar o conforto de casa e
experimentar momentos especiais, fora do cotidiano é sempre possível e mesmo
necessário que se faça. Estradas, caminhos, lugares que nos propomos a
percorrer uma vez que seja. Ou voltar sempre. Sem pressa de partir ou chegar, e
com tempo suficiente para olhar, sentir, viver.
Ter olhos para ver e coração para enxergar. Viajar é confortar a alma, é dar asas à imaginação.
Na estrada, se não der para caminhar,
ou pedalar, melhor dirigir o carro, quando o intento é ver de perto o mundo, suas
maravilhosas belezas naturais, e as que o homem ergueu com fé e determinação. Reservar um pouco do nosso precioso tempo para conhecer lugares, ou retornar à
antigas andanças. E ter boas reservas financeira, se o intento é ir mais
longe. Mas vale a pena, simplesmente, fugir do dia a dia andando por perto. Sem
esquecer que as florestas e cachoeiras brasileiras estão à nossa espera.
Um dia envelhecemos, é quando
se faz as melhores viagens, que há um tempo certo para cada pessoa. Partir, enquanto
a saúde permite e as pernas aguentam, e elas parecem que não se cansam nunca. Como é esplêndido viver um momento como esse, e Maria chegou a sentir pena de quem não reserva tempo para realizar seus sonhos. Por certo que há dias maravilhosos para todos, mas jamais tão especiais como dos peregrinos que fazem o Caminho de Fátima, ou de Santiago de Compostela. Lógico que é mais importante ir pelo caminho de terra, em vez de seguir pelo asfalto. Éramos cinco, acomodados no
carro, com tempo para trocar ideias, rememorar acontecimentos, ou, simplesmente,
sentir em silêncio a beleza da vida, sorvendo a felicidade do momento.
- Oh, tempo esplêndido, de encontros e partidas rumo ao destino certo! - Foi o que Maria conseguiu dizer antes de pegarem a estrada.
Mudando de assunto, já disseram que certo luxo do passado era o amor que as pessoas tinham pelo que faziam. Torna-se o luxo atual, e para o futuro. Verdade. Ter um oficio é se resguardar da miséria material, assim como cultivar uma arte, ter uma fé, é estar livre da miséria espiritual. Alguma coisa há que fazer. Entenda-se, uma grande alma é como viver no paraíso. Enquanto uma alma pequena pode ser um inferno. Antes de tudo, parar de atravancar, ou estressar o cotidiano. Com o tempo, abandonamos o desejo de competição acirrada, mas nunca deixemos de lutar. Se lutou é de alguma forma vencedor, quando então é bom “relaxar e gozar’, como disse a deputada petista, uma estressada. O estresse viciante do poder, igual a qualquer droga proibida.
Que os sonhos não sejam
apenas de conquistas vãs, mas projetos de vida para chegar a algum bom lugar.
No aprendizado do bem ir ao encontro da segurança, do amor
e da paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário